37015
ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

83507
PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS
  

 

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde



Medicamentos

 

Biolab a caminho de Minas Gerais
03/11/2014 - IstoÉ Dinheiro

O Biolab, um dos maiores laboratórios farmacêuticos do País, vai investir na construção de uma fábrica em Minas Gerais. O laboratório assinou um protocolo de intenções com o governo do Estado e planeja aportar R$ 200 milhões na nova unidade. Atualmente, a empresa tem duas fábricas e um centro de distribuição em São Paulo. A Biolab, que deve alcançar um faturamento de R$ 1 bilhão neste ano, planeja o início das obras para o próximo ano.
 




Pesquisa e desenvolvimento

 

Um novo teste para detectar câncer de próstata
03/11/2014 - Brasil Econômico

Carl Berg, bilionário do setor imobiliário do Vale do Silício, acredita ter encontrado um teste de câncer de próstata melhor e está investindo centenas de milhões de dólares para levá lo ao mercado. A Berg LLC pretende lançar um teste de sangue que promete detectar com mais exatidão quem vai desenvolver esse tipo de câncer, incluindo os milhões de homens que já apresentam sinais da doença, mas que podem nunca desenvolvê-la. A empresa de capital fechado coletou centenas de milhares de amostras de tecido do Departamento de Defesa dos EUA e analisou trilhões de proteínas e combinações genéticas para identificar os marcadores comuns.
O teste do câncer que utiliza o antígeno prostático específico, o PSA,movimenta US$ 3 bilhões. É uma ciência imperfeita e leva a tantas biópsias e tratamentos injustificados que a força-tarefa canadense no Cuidado Preventivo da Saúde recomendou no dia 27 de outubro que os médicos parassem de usar esse teste.
“Ele simplesmente não funciona”, disse James A. Dickinson, professor da Universidade de Calgary e membro da força tarefa. Abbott Laboratories e Eli LillyCo. estão entre as principais companhias farmacêuticas a oferecer os testes de PSA. Na liderança da iniciativad e Berg está Niven R. Narain, exdiretor de pesquisa sobre câncer de pele da Faculdade de Medicina Miller da Universidade de Miami. Berg ficou intrigado com Narain, que propunha identificar tratamentos alternativos usando supercomputadores para analisar áreas de tecido e dados de pacientes.O viés tecnológico foi o que atraiu Berg.



Alzheimer in vitro
03/11/2014 - Veja


Poucas doenças desafiam a medicina por tanto tempo quanto o Alzheimer, descrito pela primeira vez em 1906. Apesar dos avanços dos exames de imagem e do aprofundamento dos conhecimentos em neuroquímica, o diagnóstico ainda é feito por exclusão, os remédios são paliativos e os fatores de risco permanecem obscuros. Quando identificado numa pessoa, o Alzheimer já deu seus primeiros sinais. No inicio, tende a ser confundido com o processo natural de envelhecimento — confusões de memória, alterações sutis de comportamento e dificuldade de expressão. Conforme avança, mais e mais neurônios morrem, apagando datas, nomes, rostos e lembranças. No fim, o doente está alienado do mundo e de si próprio. Poucas doenças são tão cruéis quanto o Alzheimer. Recentemente, pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, deram um enorme passo rumo a uma maior compreensão do distúrbio e à elaboração de novos medicamentos. A partir de células-tronco embrionárias, eles desenvolveram em laboratório células cerebrais e injetaram nelas as mutações genéticas características da doença — o 'Alzhemier in vitro". Entre seis e oito semanas depois, sob as lentes do microscópio, acompanharam a agonia e a morte dos neurônios. "Em pouco tempo, tínhamos em mãos um modelo de Alzheimer tal qual ele acontece no cérebro humano", disse a VEJA o neurologista Rudolph Tanzi, um dos coordenadores do estudo. 0 trabalho foi publicado na prestigiosa revista científica Nature.
A pesquisa de Harvard foi recebida com entusiasmo pelos especialistas. Será possível, agora, acompanhar passo a passo a evolução do Alzheimer. A doença surge do acúmulo exagerado de duas proteínas no cérebro. Tudo co meça com a beta-amiloide. Derivada de um subproduto do metabolismo celular, ela se aloja ao redor dos neurônios. 0 mau funcionamento da beta-amiloide. acreditam os estudiosos, compromete a ação de outra proteína, a tau — composto que. em um organismo saudável, participa da manutenção da estrutura celular. Juntas, as duas proteínas formam placas e emaranhados de fibras que sufocam, atrofiam e matam os neurônios. No laboratório, ao interromperem a produção de beta-amiloide. os pesquisadores conseguiram suspender a síntese de tau e frear a progressão da doença. As principais linhas de pesquisa para medicamentos contra o Alzheimer estão baseadas, sobretudo, na inibição de beta-amiloide (veja o quadro abaixo).
Até agora, só havia uma forma de fazer estudos mais detalhados do Alzheimer — com o paciente morto, a partir da dissecação de seu cérebro. Além disso, com o "Alzheimer in vitro", será possível agilizar as pesquisas para a criação de remédios. Antes, os testes eram feitos em ratos — que demoravam cerca de um ano para desenvolver o distúrbio e, tendo ficado doentes, não apresentavam as mesmas características dos humanos. Diante das dificuldades, não é de estranhar que até hoje haja apenas dois tipos de medicamento contra o Alzheimer. Ambos retardam a progressão da doença. E, mesmo assim, só funcionam por dois anos.
Embora a ciência já tenha comprovado que o acúmulo de beta-amiloide esteja na origem do Alzheimer. permanece um mistério a causa desse desequilíbrio. É certo que a doença possui um componente genético. Já foram identificados pelo menos quatro genes associados ao distúrbio. Uma anomalia no gene ApoE, envolvido no transporte de colesterol para o cérebro, é a mais comum. Cerca de 25% dos doentes de Alzheimer carregam a variante ApoE-e4. Os portadores dessa anomalia genética apresentam um risco de três a oito vezes maior de vir a desenvolver o distúrbio.
Perante uma doença tão complexa, evidentemente, o modelo criado em Harvad é uma grande conquista, mas não representa a bala de prata para o Alzheimer. "A grande revolução no tratamento virá com a descoberta de um método de diagnóstico precoce", diz o psiquiatra Wagner Gattaz, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. O acúmulo de beta-amiloide e tau no cérebro tende a começar entre três e quatro décadas antes dos primeiros sintomas, que aparecem aos 60 anos. Há dois anos, pesquisadores americanos desenvolveram um composto químico capaz de indicar, em uma tomo-grafia, as placas de beta-amiloide no cérebro. É um extraordinário progresso, mas ainda está longe da revolução imaginada pelo psiquiatra Gat taz. "O exame de imagem é um instrumento apenas complementar ao exame clínico", diz Salvador Borges-Neto, professor de radiologia da Universidade Duke, nos Estados Unidos.
Principal causa de demência em pessoas a partir dos 60 anos, o Alzheimer tornou-se mais comum com o aumento da expectativa de vida, fenômeno global. Atualmente, 44 milhões de pessoas no mundo sofrem do mal, 1,2 milhão delas no Brasil. Até 2030, o número de doentes brasileiros deve dobrar. "Hoje em dia, conseguimos prevenir e tratar uma série de doenças do envelhecimento. Mas o Alzheimer des-trói qualquer perspectiva de uma velhice saudável e independente", diz o neurocirurgião Arthur Cukiert, presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Funcional. A esperança é que o "Alzheimer in vitro" reverta essa situação e permita frear o triste trem de alheamento, lento e inexorável, de uma doença dramática.

 




Saúde


Contra ebola, Brasil vai medir febre em aeroporto
01/11/2014 - Folha de S.Paulo

O Brasil passou a medir, nesta sexta-feira (31), a temperatura de passageiros que desembarcam no Brasil e estiveram, nos 21 dias anteriores, na Libéria, na Guiné ou em Serra Leoa, como medida de controle contra o ebola.

Os três países africanos têm o maior número de casos do vírus. O viajante que vier desses locais também receberá informações sobre os sintomas da doença e será orientado a buscar um serviço de saúde caso eles se manifestem.

Essa ação começou às 5h desta sexta no aeroporto internacional de Guarulhos, que recebeu 78,4% dos passageiros vindos desses países em 2014.

Apenas 529 pessoas vindas desses locais desembarcaram no Brasil neste ano. Cerca de 40 mil viajantes chegam por dia a Guarulhos.

Um cartaz vai orientar esses passageiros a se identificarem ao oficial da imigração no momento do controle dos passaportes. A busca desse dado também será feita por quem avalia o documento.

A temperatura será medida "de forma não invasiva", com uma "pistola". O viajante também será entrevistado e receberá um material com detalhes sobre o atendimento gratuito na rede pública de saúde e a data limite de incubação da doença (21 dias).

O passaporte será devolvido apenas após o procedimento, com a permissão de entrada no território.

O Ministério da Saúde afirma que não vai restringir viagens, apenas incluir o monitoramento e a distribuição de informações na chegada aos aeroportos brasileiros.

A medida deve ser implementada até o fim deste mês em aeroportos que recebem passageiros de países afetados --Guarulhos, Galeão, Viracopos e os aeroportos de Brasília, Fortaleza e Salvador.

Não há voo direto para o Brasil de nenhum dos três países afetados pela doença.

O ministro Arthur Chioro (Saúde) voltou a dizer que é muito baixa a possibilidade de uma pessoa infectada com o ebola chegar ao Brasil.

"Estamos tentando desenvolver uma abordagem que estimula quem vem desses países com sintomas a procurar o serviço de saúde e já chegar com uma ficha de informação que reporta ao profissional da saúde se está no período de incubação."

Até aqui, o governo não havia estabelecido formas de busca ativa de passageiros vindos dos países afetado. Nos aeroportos, as equipes vinham sendo acionadas quando algum passageiro de voo internacional apresentava sintomas ""como febre e vômitos.

Nesses casos, a aeronave estaciona em área remota e o viajante sob suspeita é retirado e encaminhado para o hospital de referência.

Antes de saírem dos países afetados, os passageiros são questionados sobre a presença de sintomas ou se tiveram contato com infectados.




Campanhas alertam sobre câncer infantil e de próstata
01/11/2014 - Folha de S.Paulo


Após o "Outubro Rosa", mês de conscientização sobre o câncer de mama, neste mês é a vez do "Novembro Dourado" e o "Novembro Azul" para chamar à atenção sobre o câncer infanto-juvenil e o de próstata.

Todos os anos, 14 mil novos casos de câncer são descobertos no país em crianças e adolescentes. A estimativa é de que somente em 2014, 69 mil novos casos sejam descobertos de câncer de próstata.

Falha no pré-natal causou 11 mil casos de sífilis em recém-nascidos
01/11/2014 - Folha de S.Paulo


Falhas no pré-natal fizeram com que, em 2012, o país registrasse 11.316 casos de sífilis congênita, situação em que a gestante infectada transmite a doença para o seu bebê.

A taxa de incidência da doença congênita foi de 3,9 casos por 1.000 nascidos vivos, segundo informa um estudo do Ministério da Saúde. A meta, para o Brasil e outros países das Américas, é reduzir esse índice para até 0,5 ""a partir do qual não é mais considerada problema de saúde pública.

A doença pode provocar a perda da gravidez e doenças no bebê, que afetam coração e audição, por exemplo. Ela pode ser evitada em quase 100% dos casos, desde que corretamente identificada e tratada.

O governo também identificou 16.930 casos da doença em grávidas em 2012 ""número considerado subestimado. Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério, diz que os dados "revelam a necessidade de qualificação do pré-natal".


Novo vírus espalha medo em cidade baiana
02/11/2014 - Folha de S.Paulo

Dobrado, contorcido de dor. O significado de chikungunya na língua maconde, um dos idiomas oficiais da Tanzânia --onde a "prima da dengue" nasceu-- está na boca do povo de Feira de Santana, 108 km de Salvador (BA).

A cidade, de 600 mil habitantes, vive uma epidemia da doença que está se alastrando pelo país e promete ser a nova preocupação do verão.

"Deixa a gente travado, dói todas as juntas do corpo, mãos, braços, pernas. Até pra pegar um copo é difícil", diz Luiz André Pereira da Silva, 33, morador no bairro George Américo, que concentra quase 40% dos 371 casos confirmados e 1.161 suspeitos.

Na rua onde ele mora, T1, ao menos oito vizinhos tiveram "chiku", como a doença foi apelidada. Nas ruas próximas, todas com letras em vez de nomes, a cena se repete. A febre chikungunya já visitou o alfabeto inteiro.

O vírus é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue (Aedes aegypti). Dor, muita dor nas articulações é a principal queixa dos moradores, embora na fase aguda a doença também provoque febre alta, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo --assim como na "prima" dengue.

Dados da literatura médica mostram que 95% das pessoas infectadas pelo chikungunya terão os sintomas. Na dengue, eles se manifestam só em 40% a 50% dos casos.

"Não mata, mas deixa a gente quebrado. É uma dor que você não aguenta", relata o pedreiro Joselito Pereira dos Santos, 49, que convive com o sintoma há dois meses.

Nos momentos de maior crise, ele vai até o posto de saúde em busca de injeções de dipirona para aliviar a dor. Na família dele, mulher, filho, nora e cunhadas já tiveram "chiku". Todos se queixam que a dor, em maior ou menor intensidade, ainda continua mesmo após semanas do diagnóstico.

A letalidade da doença é baixa (1 morte para 1.000 casos). Em até um terço dos casos, as dores articulares continuam por um mês ou mais.

Em 10%, podem durar anos e até resultar em artrite crônica. "São realmente dores muito fortes e inchaço, especialmente nas articulações das mãos, pés, cotovelo e joelho", explica o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo.

'CHIKUMACONHA'

Entre a molecada da Pedra Ferrada, bairro pobre, com ruas sem asfaltamento e que concentra altas taxas de criminalidade, a doença já ganhou outro apelido: "chikumaconha". Ninguém quis explicar a razão do nome.

"O Moisés tá com chikumaconha, Moisés tá com chikumaconha", dizia Samuel, 8.

O primo Moisés, 16, abatido e ainda se recuperando da doença, foi se queixar com a tia Marinalva Gonçalves, que também já teve "chiku". "Não gosto dessas brincadeiras, tia. Vou bater nele." Samuel parou imediatamente.

A febre chikungunya não escolhe idade. Embora 56% dos casos de Feira de Santana estejam concentrados entre 20 e 49 anos, nove crianças abaixo de um ano e 21 idosos acima de 80 estão entre os casos investigados.

Nos mais velhos, os sintomas de dor tendem a ser piores. "Já tomei três injeções pra dor e a danada não passa. Não desejo isso nem para os inimigos que eu não tenho", comentava o aposentado Antônio Almeida Borges, 64, numa unidade de saúde da família do bairro.

A poucos metros dali, a aposentada Tereza de Souza, 61, saía mancando do ambulatório após também receber uma injeção para as fortes dores e inchaço nas articulações. "Dói, menina, dói. Já tive dengue, mas chiku é muito pior."

Diabética e hipertensa, Tereza faz parte do grupo considerado de risco para o agravamento dos quadros de chikungunya e que precisa de acompanhamento médico.

"Quanto mais idade e comorbidades [outras doenças associadas], mais chance de ter artrite e precisar de tomar corticoides e imunossupressores. Já houve relato até de idoso que precisou de prótese de quadril", diz o infectologista Esper Kallás, professor da USP.


O mundo ficou pequeno, as doenças cresceram
03/11/2014 - IstoÉ


Pelo menos 12 mil surtos de doenças acometeram a Terra entre 1980 e 2013. Os dados são de cientistas americanos da Universidade de Brown. Os pesquisadores alertam para dois fatores: a globalização, que aproximou radicalmente pessoas e continentes, e a intervenção do homem no meio ambiente - o desequilíbrio ecológico libera muitas vezes micro-or-ganismos a exemplo do que aconteceu com o vírus do ebola (morcego como hospedeiro). Algumas das principais enfermidades que constam da pesquisa: gripe pelo vírus H1N1, hepatite B, antrax, dengue, disenteria, tuberculose, cólera, sarampo, caxumba, coqueluche.


Serra Leoa registra quinto caso de médico local contaminado por ebola
02/11/2014 - Portal Valor Econômico

SÃO PAULO - Autoridades de Serra Leoa informaram neste domingo (2) que mais um médico apresentou resultado positivo para teste de ebola.
O chefe do serviço médico do país, Brima Kargbo, confirmou o resultado do teste. É o quinto médico do país a se infectar com o vírus.
Todos os outros quatro morreram em consequência da doença.
O médico doente é George Godfrey, superintendente médico do hospital do governo em Kambia, no norte do país.
Ele foi levado para a capital, Freetown, depois de reportar que não estava se sentindo bem.
Médicos e enfermeiros têm sido os mais vulneráveis ao ebola. Ao todo, 523 trabalhadores de saúde contraíram a doença, e cerca da metade deles morreu.
No sábado, a França informou que estava tratando um funcionário da ONU que havia contraído o ebola enquanto trabalhava em Serra Leoa.
O governo do país anunciou em um comunicado que o funcionário foi retirado do país africano em um voo especial e estava sendo tratado em um "isolamento de alta segurança" no Hospital de Treinamento do Exército Bégin, perto de Paris.
O país não identificou nem o paciente nem a agência da ONU para a qual ele trabalha.
(Folhapress)


França recebe mais um paciente com ebola para tratamento
02/11/2014 - Portal Valor Econômico

SÃO PAULO - A França recebeu em um hospital público uma pessoa contaminada com o vírus do ebola, informou neste domingo o Ministério da Saúde francês.
O paciente contraiu a doença enquanto trabalhava para uma agência da ONU em Serra Leoa, diz o comunicado, e foi encaminhado pela Organização Mundial da Saúde, que emitiu uma petição para que o país acolhesse a pessoa — não se sabe sua identidade nem nacionalidade.
É o segundo caso de ebola tratado em território francês. O primeiro foi de uma enfermeira que foi contaminada enquanto trabalhava para a ONG Médicos Sem Fronteiras na Libéria. Ela foi curada e recebeu alta em setembro.
O novo caso foi transportado de Serra Leoa em um avião especial que evita o contato do paciente com qualquer outra pessoa. O paciente foi internado no hospital militar de Bégin, na região metropolitana de Paris.
O governo reafirmou que nenhum caso de contaminação em território francês foi constatado, e que o novo paciente não coloca os cidadãos do país em risco.
Austrália e Canadá anunciaram nesta semana que não concederão vistos para cidadãos dos países mais afetados pela doença, na África Ocidental.


Mais diálogo pela saúde
03/11/2014 - Folha de S.Paulo

O debate sobre saúde pública praticamente passou em branco no período eleitoral, e o que vai acontecer nos próximos anos de governo de Dilma Rousseff (PT) ainda é uma incógnita.
A começar pelo rompimento entre o governo petista e as entidades médicas, ocorrido há um ano e quatro meses, após a criação do programa federal Mais Médicos.
Como pode um país, em que a saúde figura como a principal preocupação dos moradores, passar mais quatro anos nesse embate sem sinal de trégua? Os ânimos saem ainda mais acirrados após as eleições, já que as entidades médicas apostaram as fichas na vitória do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB).
A vinda dos médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma, que centralizou as discussões ano passado, parece estar saindo de foco. Ganham espaço agora outras discussões, como o rumo das especialidades médicas.
Artigo da lei que instituiu o Mais Médicos determina que as certificações de especialidades médicas concedidas pelos programas de residência ou pelas associações médicas submetam-se às necessidades do SUS.
A AMB (Associação Médica Brasileira), que desde 1958 concede títulos de especialistas, teme que, no frigir os ovos, perca a autonomia que tem hoje nessa área.
Médicos especialistas é um dos grandes gargalos do SUS. Em São Paulo, os pacientes aguardam hoje 284 dias, em média, para ter a primeira consulta com cirurgião especialista em diversas áreas, como cirurgia ginecológica ou de ouvido e garganta.
Uma das principais promessas da campanha petista é a criação do programa Mais Especialidades, rede de clínicas públicas e privadas para consultas e exames. Dilma, no entanto, ainda não especificou como viabilizará a proposta. Especialmente sem a parceria dos médicos.
Não é só isso. Neste ano, um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) mostrou que a maioria dos 116 hospitais públicos mais procurados pela população beira o caos. Em quase 80% deles, atendimentos já foram cancelados por falta de remédios ou materiais básicos como seringas e esparadrapo.
Muitos pacientes só estão conseguindo tratamentos e internações por força de liminares, o que tem feito dos Tribunais de Justiça a "segunda porta" de acesso ao SUS.
Os especialistas são unânimes em dizer que melhorias só virão com mais financiamento, melhor gestão administrativa, médicos mais capacitados e um bom sistema de controle e avaliação.
Mas nada de concreto sobre esses pontos consta no programa de governo da presidente reeleita. Dilma vem dizendo estar aberta ao diálogo. Não é hora desse diálogo incluir saúde? CLÁUDIA COLLUCCI é repórter especial da Folha.


Apesar da seca, cidades temem risco de dengue
02/11/2014 - Folha de S.Paulo

Municípios que apresentaram altos índices de infestação de larvas do Aedes aegypti no início do ano temem um surto de dengue com a chegada dos períodos tradicionalmente mais chuvosos.
Na região, Ribeirão Preto, Jaboticabal e São Joaquim da Barra apresentaram risco de infestação de dengue segundo o último Liraa (Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti) divulgado pelo Ministério da Saúde.
Com a proximidade do verão, época em que o mosquito tem mais chance de se proliferar, as prefeituras ampliaram a ação preventiva.
Segundo o professor de infectologia Benedito Antônio Lopes da Fonseca, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, o mais importante é retirar entulhos e evitar possíveis criadouros.
De acordo com ele, o ovo do Aedes pode resistir até dois anos sem água. "Quando a água chega, ele pode eclodir na hora." É nesta fase que, segundo o professor, o combate é mais complicado. "Quando o mosquito está na fase alada ou em larva há pesticidas para o ar e para a água. Já o ovo é mais resistente", afirma Fonseca.
Por isso, em locais em que o Liraa apresentou altos índices há o risco de novas epidemias quando a chuva chegar. "Infelizmente, o poder público tem uma ação limitada. Há criadouros dentro das casas e não é em todas que a Vigilância consegue entrar", diz.
O problema é enfrentado em São Joaquim, onde um mutirão foi feito para visitar casas e checar focos.
"Infelizmente não acredito que nosso índice [Liraa] baixou, há ainda muitos focos na cidade", declara Helen Bragantin, coordenadora da divisão epidemiológica.
Em Ribeirão Preto, a equipe de Controle de Vetores realizou desde o início do ano mais de 280 mil visitas em casas para eliminar criadouros.
A cidade é a única das três que realizou um novo Liraa desde o índice divulgado em março --de 4,9, passou para 2, ainda assim acima do ideal.
O secretário da Saúde, Stenio Miranda, disse que há ainda preocupação em relação à chikungunya, doença "prima" da dengue transmitida pelo mesmo mosquito.
A equipe da Secretaria da Saúde recebeu treinamentos sobre como atender casos suspeitos da doença.
Em Jaboticabal, a prevenção também foi intensificada, segundo Maura Guedes Barreto, responsável pela Vigilância Epidemiológica.
A baixa quantidade de chuvas neste ano foi um dos fatores que, segundo especialistas, auxiliaram na redução dos casos de dengue.
Até setembro, os casos confirmados em Jaboticabal foram 52, ante 925 de 2013. Em Ribeirão Preto, foram 361 (13.105 no ano passado) e, em São Joaquim, 16, ante 869.

 

Icone do VLibras Widget. Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana.