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Cade aprova acordo entre empresas para produção de genérico do Cialis
30/10/2014 - Portal Valor Econômico

BRASÍLIA - A autoridade brasileira antitruste aprovou o acordo que permitirá à suíça Novartis comercializar no Brasil um medicamento para disfunção erétil à base de Tadalafil, princípio ativo cuja patente é da americana Eli Lilly. Em despacho publicado no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informa que não tem restrições ao contrato de associação firmado entre subsidiárias brasileiras das duas farmacêuticas.

A subsidiária detentora da patente no país é a Eli Lilly do Brasil Ltda., que oferta o Tadalafil sob a marca Cialis, concorrente do Viagra (Sildenafil), da Pfizer. Do lado da Novartis, o contrato é assinado pela Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda., a quem é concedido o direito de promover, distribuir e vender produto com o mesmo princípio ativo em todo o território nacional.

“A operação representa o ingresso prematuro de um medicamento genérico no mercado, o que aumentará a oferta de produtos para disfunção erétil”, argumentam as empresas na documentação entregue ao Cade. Na visão delas, a associação tem, portanto, caráter pró e não anticompetitivo.


Vacinação contra pólio e sarampo tem início no dia 8
31/10/2014 - Folha de S.Paulo


Entre os dias 8 e 28 de novembro, os postos de saúde do país vão vacinar as crianças com idade entre seis meses e cinco anos de idade contra a poliomielite.

No mesmo período, crianças de 1 a 5 anos receberão a vacina contra o sarampo.

A imunização contra a pólio oferecida em novembro é uma dose de reforço anual, dada mesmo a quem está com o cartão de vacinação em dia, e será ofertada em gotas.

Apenas crianças que não tiverem tomado nenhuma dose contra pólio até agora tomarão a dose contra a paralisia infantil pela via injetável.

Já a vacina contra o sarampo é um reforço que costuma ser dado, no Brasil, em intervalos de cerca de cinco anos --desta vez, foi antecipada.

Entre 2013 e 2014, o Brasil teve o maior surto de sarampo desde que a transmissão da doença foi interrompida no país, nos anos 2000, o que ocorreu com a disseminação a partir de casos "importados", contraídos fora do país.


REFORÇO NA VACINAÇÃO


QUANDO
De 8 a 28.nov, em 100 mil postos de saúde do país

PÚBLICO-ALVO
Pólio: crianças com idade entre 6 meses e 5 anos

Sarampo: crianças com idade entre 1 e 5 anos


Pesquisa e desenvolvimento

 

Estímulo na medula espinhal melhora parkinson
31/10/2014 - Folha de S.Paulo

A estimulação elétrica da medula espinhal de saguis, realizada por meio de um implante sob a pele nas costas, reverteu sintomas motores equivalentes aos de mal de Parkinson, segundo estudo liderado pelo neurocientista Miguel Nicolelis e que está na edição desta quinta (30) da revista "Neuron".

Em 2009, o grupo liderado por ele já havia divulgado resultados da técnica para parkinson, mas em roedores. Na época, o cientista esperava fazer testes em humanos já em 2010. Mas, agora, a pesquisa foi feita com saguis.

Nicolelis afirmou à Folha que o aparelho usado nos primatas em Macaíba (RN), no Instituto Internacional de Neurociências, é similar aos implantados hoje em pacientes com dores crônicas.

Segundo ele, a doença de Parkinson pode ser comparada a uma crise epilética.

"Ela gera uma sincronia patológica de um grande número de neurônios. Quando mandamos corrente elétrica pela medula, eles deixam de disparar todos juntos e a crise é desorganizada'."

O estudo observou melhora de sintomas como rigidez, movimentos repetidos e falta de coordenação motora nos saguis.

Uma pesquisa com humanos já está em curso no Hospital das Clínicas de São Paulo. O neurologista Manoel Jacobsen, do Grupo da Dor do HC, afirma que dez pacientes que têm dor crônica e parkinson receberam o implante de um aparelho de neuromodulação. Os primeiros resultados devem ser obtidos no ano que vem.

Hoje, além de medicamentos, os doentes com parkinson podem receber estimulação cerebral profunda, uma técnica que implanta eletrodos no cérebro. A estimulação da medula é menos invasiva do que a cerebral e não requer internação.

Este é o primeiro artigo publicado por Nicolelis desde a demonstração de seu exoesqueleto robótico na abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, em junho deste ano.

Esperava-se, com base nas declarações do cientista, que um jovem paraplégico se levantaria, andaria e chutaria uma bola de futebol usando a veste robótica controlada por seus pensamentos.

No entanto, a demonstração teve só três segundos de transmissão pela TV e mostrou o atleta Juliano Pinto, 29, amparado por duas pessoas, tocar a bola com o pé direito.

"A Fifa havia nos prometido 29 segundos", diz Nicolelis. Apesar do problema e das críticas recebidas pela apresentação, ele diz que a repercussão internacional da demonstração na comunidade científica tem sido boa.


Contra o câncer, a saliva do carrapato
31/10/2014 - O Globo


O Brasil está mais perto de desenvolver sua própria terapia contra o câncer, numa batalha em que o país ainda é coadjuvante, já que ela requer investimentos bilionários e alta tecnologia. Mas uma pesquisa realizada integralmente em solo brasileiro pelo Instituto Butantan, de São Paulo, está prestes a entrar na última fase e gera grande expectativa entre cientistas. Inclusive porque a arma de combate ao câncer é um tanto inusitada e foi descoberta por acaso: uma molécula extraída da saliva do carrapato- estrela com ação contra tumores do tipo melanoma (pele), pâncreas e renais.

— O diferencial desta abordagem é que conseguimos matar as células tumorais sem oferecer perigo para as saudáveis — comentou Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, responsável pelo Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantan.
A pesquisa, que vem sendo realizada há mais de uma década, pedirá agora autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa) para experimentar a molécula em humanos, na fase chamada teste clínico. Isso significa que ela foi reconhecidamente bem-sucedida em todas as outras etapas, ou seja, em testes in vitro em laboratório, em animais e em células humanas. Em geral, a grande maioria das pesquisas com foco terapêutico empaca na fase de testes com animais.
ASSÉDIO DE GRUPOS DE PESQUISA
Ana Marisa Chudzinski-Tavassi não esconde a animação com o progresso do projeto e conta que vem sendo assediada por toda parte:
— Confesso que está bem legal. Empresas e universidade do Brasil e de outros países estão fazendo contato. Há colaboração de muita gente.
A pesquisadora lembra que o processo começou despretensiosamente em 2003, quando uma aluna de mestrado passou a estudar a bioquímica do carrapato- estrela ( Amblyoma ca
jennense), que pode transmitir a febre maculosa, uma doença mais comum nas zonas rurais. Na ocasião, eles buscavam novos agentes para inibir a coagulação sanguínea e sabiam que o carrapato, por se um parasita que se alimenta de sangue ( hematófago), provavelmente teria componentes eficientes para a tarefa.
Durante as análises do sequenciamento genético da espécie, eles se depararam com uma molécula na glândula salivar do aracnídeo que tinha esta característica e que ainda não havia sido descrita na literatura médica. Com mais estudos de sua estrutura, descobriram que ela integrava uma classe que já estava sendo descrita em outros estudos como capaz de inibir a proliferação celular. Foi quando a pesquisa mudou o foco e passou a investir energia para analisar sua ação contra os tumores.

O Instituto Butantan firmou uma parceria com a empresa brasileira União Química Farmacêutica com o objetivo de desenvolver uma fórmula para ser utilizada nos testes. A molécula já não era mais extraída do carrapato, mas produzida em larga escala em laboratório por meio de um sistema de expressão de proteínas recombinantes, ou seja, manipulando bactérias ou leveduras para imitar suas propriedades. Os pesquisadores obtiveram ainda a patente da molécula, batizada de Amblyomin-X, registrada no Instituto de Propriedade Industrial (INPI). Além disso, o estudo está sob proteção do Patent Cooperation Treaty (PCT).
— Isso nos deu mais segurança para trabalhar sem pressa e, inicialmente, num processo sigiloso, já que a molécula tem este grande potencial terapêutico. Fomos divulgando as informações aos poucos — explica Ana Marisa.
A pesquisa custou até o momento em torno de R$ 20 milhões, investidos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ( Fapesp), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico ( CNPQ) e, principalmente, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Caso seja aprovada para testes em humanos, o montante empregado será bem maior, mas ainda não há uma estimativa. A título de comparação, em grandes indústrias farmacêuticas internacionais, o desenvolvimento de novas drogas contra o câncer pode superar US$ 1 bilhão.
— Nem 1% dos ensaios básicos de laboratório chega ao paciente. Por isso, é realmente um grande passo — avaliou o farmacêutico Robson Monteiro, professor associado do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ. — Será muito interessante se tiver sucesso em humanos, principalmente porque todos os processos estão sendo feitos no Brasil, desde a demonstração da molécula na saliva até sua produção artificial e a conclusão dos testes pré-clínicos.
Monteiro integra o Laboratório de Trombose e Câncer da universidade e também trabalha com os hematófagos, grupo que inclui ainda morcegos, sanguessugas e alguns insetos. O laboratório, por exemplo, já analisou a molécula ixolaris, presente em outra espécie de carrapato, que apresentou efeito contra a trombose e o câncer.
— Tivemos resultados positivos, mas neste caso não avançamos para testes em humanos, porque isto demandaria produção em larga escala da proteína. Além disso, o National Institute of Health (NIH), dos Estados Unidos, já tinha a patente da molécula — afirma Monteiro, que defende a pesquisa com os hematófagos. — Esses seres têm moléculas muito diferentes e interessantes. Algumas propriedades já foram verificadas, como a antitrombótica, mas certamente há outras ainda a serem descobertas — anima-se.
Monteiro também explica que a trombose e o câncer têm estreita relação: por um lado, pacientes com câncer têm mais propensão à trombose (que é a coagulação dentro dos vasos sanguíneos), e a ocorrência de trombose durante o câncer faz com que o tumor se torne mais agressivo. Esse conhecimento, agora com as novas informações da pesquisa do Butantan, podem abrir uma nova linha de pesquisa.
Apesar da empolgação dos cientistas, os testes em humanos são uma fase tão arriscada quanto as demais e podem não surtir o efeito desejado. Mas, até agora, os testes tiveram bons resultados quando avaliados em camundongos e, depois, em animais mais complexos, como coelhos.
MECANISMO AINDA MISTERIOSO
Nesta etapa, a fórmula foi testada em animais saudáveis e com câncer. Os pesquisadores notaram que ela tinha ação apenas nos animais doentes, enquanto que nos demais a substância era eliminada pela urina. Além disso, a reação só ocorria em células tumorais, sem qualquer efeito sobre as normais. As cobaias começavam a melhorar depois de 14 dias de injeções diárias, e os tumores desapareciam após cerca de 40 dias de tratamento. Os mamíferos foram acompanhados por seis meses, período em que não houve recidiva, ou seja, a volta do tumor maligno. Os cientistas descobriram que a Amblyomin-X consegue inibir, dentro da célula, o chamado proteassomo, estrutura responsável pela “limpeza celular”. E essa inibição leva à morte das células, no caso, das tumorais.
— Como a molécula faz essa seleção entre a célula tumoral e a normal ainda está sendo estudado. Precisamos desvendar este mecanismo — diz Ana Marisa.
O motivo por que ela teve ação sobre tipos específicos de câncer foi uma escolha dos próprios pesquisadores, que decidiram focar naqueles de mais difícil tratamento, como o de pâncreas. De difícil detecção e comportamento bastante agressivo, este tipo de tumor apresenta alta taxa de mortalidade. No Brasil, 7.726 pessoas morreram em 2011 por causa dele, segundo os dados mais atualizados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

 


Saúde

 


73% dos brasileiros estão satisfeitos com a vida, diz pesquisa da Pew
30/10/2014 - Portal Valor Econômico


Quase três quartos dos brasileiros mostram-se bastante satisfeitos com as suas vidas, segundo pesquisa do instituto Pew Research Center, realizada em 43 países. Divulgada nesta quinta-feira, o levantamento mostra que, dos entrevistados no país, 73% deram notas de 7 a 10 na chamada “escada da vida”, em que 10 representa a melhor situação possível e zero, a pior.

Apenas três países têm um percentual maior de pessoas satisfeitas do que o Brasil – o México, com 79% expressando felicidade com as suas vidas, Israel, com 75%, e a Venezuela, com 74%. No Brasil, 66% dos entrevistados de menor renda se disseram satisfeitas com as suas vidas, percentual que atinge 80% entre os mais ricos.

Os brasileiros mostram mais felicidade em relação à vida familiar, com 86% dos ouvidos pelo Pew atribuindo uma nota igual ou superior a 7 para esse ponto. A saúde e a vida social aparecem depois, com 81%, seguidas pela vida religiosa, com 78%.

Os brasileiros mostram uma visão menos favorável sobre a segurança dos seus bairros e a qualidade das escolas. Apenas 45% se dizem satisfeitos com o primeiro item e 47%, com o segundo. Já 71% mostram-se contentes com o padrão de vida, enquanto 59% têm uma visão positiva do trabalho atual.

Dos 1.003 entrevistados no Brasil pelo instituto entre 10 e 30 de abril deste ano, 60% disseram ter feito progressos pessoais nos últimos cinco anos, percentual inferior apenas aos 70% de Bangladesh e 66% da China. São números que podem ajudar a entender a reeleição da presidente Dilma Rousseff, apesar do baixo crescimento e da inflação elevada.

Os brasileiros também se mostram otimistas em relação ao futuro, com 72% apostando que estarão melhores daqui a cinco anos. É um numero que só fica atrás dos 81% de Bangladesh, 78% do Senegal e 73% do Quênia.

Questionados sobre aspectos da vida que consideram pessoalmente mais importantes, 87% respondem que é a segurança em relação ao crime, 86% boa saúde e ter uma casa e 83%, boa educação para as crianças. Dinheiro para a velhice é uma prioridade para 71% dos brasileiros. O acesso a internet é tido como mais importante por apenas 34% dos brasileiros, número próximo aos 35% de viagens.

A população dos países avançados exibe mais satisfação do que a dos emergentes, mas os números são próximos. Entre as nações desenvolvidas, 54% se dizem felizes com a vida, percentual que é de 51% entre os países em desenvolvimento. Em 2007, a diferença era maior, com 57% da população dos países avançados mostrando-se contentes e apenas 33% nos emergentes. O Brasil, porém, não fez parte da pesquisa feita em 2007.

Nos EUA, 65% dos entrevistados deram nota igual ou superior a 7 para a sua vida, número que é de 60% na Alemanha e 58% no Reino Unido. Na Grécia, o percentual é de apenas 37%. Entre os emergentes, México, Venezuela e Brasil apresentam o maior grau de contentamento. Na China, 59% se dizem satisfeitos. Os mais pessimistas são os egípcios. Apenas 11% mostram estar felizes com as suas vidas.



Genética explica reação diferente ao vírus Ebola
31/10/2014 - O Estado de S.Paulo


Indivíduos infectados com o vírus Ebola reagem à doença de diferentes maneiras. A explicação para essa variabilidade pode estar nas diferenças genéticas entre os pacientes, de acordo com um novo estudo realizado nos Estados Unidos e publicado ontem na revista Science.
Ao serem infectados pelo vírus, alguns pacientes resistem à doença, outros se recuperam depois de reações moderadas ou severas, enquanto os demais sucumbem por hemorragia, choque e falência múltipla dos órgãos. Estudos anteriores já mostravam que as diferenças entre as reações não estavam ligadas a mudanças específicas no vírus. A partir de um inédito modelo de camundongo criado para estudar a doença, a nova pesquisa apontou que os fatores genéticos de cada paciente são os principais determinantes da severidade da doença.
De acordo com uma das autoras, Angela Rasmussen, da Universidade de Washington, o novo modelo de camundongo auxiliará no desenvolvimento de terapias e vacinas contra o Ebola.
“Até agora, era inviável estudar o Ebola em camundongos – e isso atrasou as pesquisas.
Com o uso desse novo modelo, cientistas terão como encontrar marcadores genéticos, estudar como os sintomas aparecem e avaliar a ação de drogas.” Os modelos de camundongos que existiam, segundo ela, não se prestavam ao estudo da infecção em humanos, porque os animais infectados morriam sem apresentar os principais sintomas da doença. Obtido com o cruzamento de cinco linhagens de camundongos de laboratório e três linhagens selvagens, o modelo foi originalmente concebido para estudar os locais do genoma associados à severidade da gripe comum. “Ao serem infectados com uma forma do vírus Ebola específica de camundongos, eles apresentaram, como os humanos,diferentes reações à infecção – alguns foram mais suscetíveis, outros mais resistentes.” Segundo ela, todos os camundongos apresentaram perda de peso nos primeiros dias após a infecção. Alguns deles,19%,ficaram imunes, reverteram a perda de peso em duas semanas e não apresentaram modificações no fígado. Outros 11% se mostraram parcialmente resistentes à doença – e menos da metade deles morreu. O maior grupo, de 70%, teve mortalidade acima de 50%.
No último grupo,19%dos animais tiveram inflamações hepáticas, sem outros sintomas, enquanto 34% registraram atraso na coagulação do sangue – uma marca típica da doença em humanos –, além de hemorragias internas,baço inchado e modificações no fígado.
Mecanismos. “Há uma clara correlação entre essas diferentes reações à infecção, as variações nas taxas de mortalidade e alguns genes específicos encontrados nos camundongos.
Além disso, a frequência das diferentes manifestações da doença entre os camundongos foi similar às proporções encontradas entre humanos neste surto de Ebola.” Segundo a pesquisadora, o novo modelo poderá ser usado para compreender os mecanismos de replicação do vírus.



 

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