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Medicamentos
Mercado aberto: Incremento na bula Mercado aberto: Laboratório começa a fabricação de remédios com código de rastreabilidade 07/10/2014 - Folha de S.Paulo Colunista: Maria Cristina Frias Com mais de um ano de antecedência do prazo da Anvisa para a implantação do Sistema de Rastreabilidade de Medicamentos, o setor farmacêutico começa a testar o mecanismo. "Toda mudança nas linhas de produção precisa de aprovação da Anvisa. Por isso, as empresas estão se adiantando para não terem problemas perto do prazo final", diz Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma (sindicato da indústria). A Libbs já produz o anticoncepcional Iumi com o código que será obrigatório em parte dos remédios nacionais a partir de dezembro de 2015. Ao menos outros 30 laboratórios compraram equipamentos para se prepararem para cumprir a norma. O código permitirá um monitoramento dos remédios desde a produção até o ponto de venda, o que ajudará a coibir roubo, comércio clandestino e falsificação. "Estamos nos antecipando para termos tempo de fazer ajustes, se forem necessários", diz Marcia Martine Bueno, diretora da Libbs. A empresa ainda não precisou em quanto aumentarão as despesas. Por ora, apenas em equipamentos foram alocados cerca de R$ 7 milhões. "É um custo a mais, mas o benefício para o consumidor, de ter a qualidade do medicamento garantida, além de reduzir roubos de lotes, compensa e pode ser absorvido." "A falsificação nem é mais o maior problema, e sim a distribuição de cargas roubadas, que podem não ter sido bem acondicionadas e mantidas." A Libbs fará uma apresentação nesta quarta-feira (8) em sua fábrica paulista, de onde um lote à venda em Brasília será acompanhado.
Pesquisa e desenvolvimento
Pesquisa diz que má alimentação começa desde bebê
Prêmio Nobel de Medicina vai para pesquisa sobre o 'GPS' do cérebro 07/10/2014 - Valor Econômico O anglo-americano John O'Keefe e os noruegueses May-Britt Moser e Edvard Moser ganharam o prêmio Nobel de Medicina por terem descoberto o sistema de navegação do cérebro, revelando pistas de como os derrames e o mal de Alzheimer o impactam. Ole Kiehn, membro do comitê do Nobel e professor no departamento de neurociência do Instituo Karolinska, disse que os três cientistas acharam "um GPS interno que torna possível saber onde estamos e encontrar a nossa direção". O'Keefe, diretor do centro de circuitos neurais e comportamento na University College de Londres (UCL), descobriu o primeiro elemento do sistema de posicionamento em 1971, ao perceber que um tipo de célula nervosa na região do cérebro chamada de hipocampo encontrava-se sempre ativado quando um rato estava em certo lugar de uma sala. Vendo que outras células nervosas eram ativadas quando o rato estava em outras posições, O'Keefe concluiu que essas "células de localização" formavam um mapa da sala. Uta Frith, professora de desenvolvimento cognitivo na UCL, disse que O'Keefe mostrou "ser possível literalmente mapear a mente". "Ele fez muito mais do que descobrir os mecanismos neuronais no cérebro: descobriu mecanismos cognitivos que explicam como os seres humanos e outros animais navegam", disse. "Esse lindo trabalho abriu uma nova era de exploração do cérebro e da mente." Em 1996, Edvard Moser e May-Britt Moser, que são casados e hoje atuam em institutos científicos na cidade norueguesa de Trondheim, trabalharam com O'Keefe para aprender a registrar a atividade das células no hipocampo. Após quase dez anos, o casal Moser descobriu células, no córtex entorrinal no cérebro de ratos que funcionam como um sistema de navegação. Eles concluíram que as chamadas "células em rede" trabalham constantemente para criar um mapa do mundo externo e permitem que os animais saibam onde estão, onde estiveram e para onde se dirigem. Bill Harris, chefe de psicologia, desenvolvimento e neurociência na Universidade de Cambridge, disse que o trabalho dos cientistas "não apenas revolucionou nossa compreensão deste surpreendente quebra-cabeça [o cérebro], mas também abriu a porta para problemas da memória de localização e de como aprendemos e nos lembramos de rotas de navegação; e o que o sono e os sonhos podem fazer pela memória e desempenho". O conhecimento sobre o sistema de posicionamento do cérebro também pode ajudar a entender o que causa a perda de consciência espacial em pacientes com derrames ou naqueles com doenças que atacam o cérebro, como a demência, da qual o Alzheimer é a forma mais comum, afetando 44 milhões de pessoas no mundo. Espanha tem primeiro contágio de ebola fora da África 07/10/2014 - Valor Econômico O Ministério da Saúde da Espanha informou ontem que uma enfermeira do país é o primeiro caso provado de contágio pelo vírus do ebola fora da África. A enfermeira, que não teve o nome revelado, fazia parte da equipe que cuidou de dois missionários espanhóis que contraíram a doença na Libéria e em Serra Leoa. Os dois foram repatriados e morreram em Madri. A enfermeira entrou só duas vezes no quarto do paciente. Após a morte do paciente, em 25 de setembro, ela saiu de férias e, cinco dias depois, começou a se sentir mal. Outros 30 enfermeiros e médicos estão sendo monitorados. "Estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para garantir a melhor atenção à paciente, assim como para garantir a segurança do pessoal médico que a atende e de toda a população", disse a ministra da Saúde espanhola, Ana Mato (foto). Até agora, segundo a OMS, o ebola já matou mais de 3.400 pessoas. Ebola: EUA estudam novos protocolos para examinar passageiros 07/10/2014 - Valor Econômico WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que o seu governo está trabalhando em medidas para examinar um número maior de passageiros que entram no país, depois do primeiro caso de ebola diagnosticado em território americano. Ao mesmo tempo, o presidente tentou acalmar os temores de um possível surto da doença, afirmando que as chances de uma epidemia nos Estados Unidos são “extremamente baixas”. Em pronunciamento após uma reunião com assessores sobre o assunto, Obama alertou que outras nações não agiram tão agressivamente quanto necessário para conter a epidemia que aflige os países da África ocidental. Os comentários do presidente americana ocorrem na sequência da notícia de que, na Espanha, uma enfermeira teria contraído o vírus depois de tratar um paciente com a doença, que foi repatriado de Serra Leoa para Madri, e que morreu em 25 de setembro. "Esta é uma doença extraordinariamente virulenta, quando você não segue os protocolos", afirmou Obama. Por isso o presidente destacou a importância de garantir que em cada etapa, desde o balcão de internação de um hospital, e que todos os envolvidos - médicos, enfermeiras e agentes públicos de saúde - tenham a informação correta. O presidente americano ainda afirmou que sua administração trabalhará em protocolos para fazer examens adicionais dos passageiros, tanto na origem quanto nos Estados Unidos, mas sem dar detalhes sobre quais seriam essas medidas. Embora as chances de um surto de ebola em território americano sejam baixas, Obama disse que os Estados Unidos precisam ajudar as ações africanas e cobrou a falta de ação de outros países para ajudar a conter a epidemia. "Temos que nos lembrar que, enquanto falamos, existem crianças nas ruas morrendo dessa doença", disse o presidente. "Milhares dessas crianças. Obviamente, a minha prioridade é cuidar do povo americano, mas temos um papel maior, também temos a obrigação de garantir que aquelas crianças e suas famílias também estejam em segurança", acrescentou. Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o número de casos confirmados, prováveis ou suspeitos de ebola somava 7.492, incluindo o paciente internado em Dallas. Nos países da África ocidental, a epidemia do ebola já matou 3.431 pessoa, a maior parte em Guiné, Serra Leoa e Libéria. |