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Medicamentos
Rastreamento custará R$ 57 mi 25/09/2014 - Folha de S.Paulo Colunista: Maria Cristina Farias Os 55 laboratórios farmacêuticos associados à Interfarma vão investir aproximadamente US$ 24 milhões (R$ 57 milhões) na implantação de sistemas de rastreamento dos medicamentos. Os aportes serão feitos na adequação das linhas de produção, para que as embalagens dos remédios recebam códigos de barras em 2D, que podem ser escaneados por celulares e smartphones. O rastreamento é uma exigência da Anvisa para ampliar o controle dos medicamentos até o consumidor. Os laboratórios deverão, até dezembro de 2015, ter ao menos três lotes de remédios com códigos em 2D. A partir de dezembro de 2016, a regra valerá para todos os lotes. Trinta farmacêuticas informaram à entidade que já compraram ou encomendaram os equipamentos. "Todas disseram que irão cumprir os prazos da Anvisa", diz Antonio Britto, presidente-executivo da Interfarma. As associadas representam 54% do mercado nacional. Medicamento ganha espaço na receita da Blanver 25/09/2014 - Valor Econômico Terceiro maior fabricante mundial de excipientes para medicamentos, o laboratório brasileiro Blanver está contabilizando os ganhos da estratégia de deixar de fornecer apenas a substância que dará forma e volume ao princípio ativo para atuar também na ponta, produzindo o próprio medicamento. Em 2014, metade de sua receita líquida, estimada em R$ 250 milhões, será gerada pela linha de negócios original da farmoquímica - os excipientes, que também têm aplicação na indústria alimentícia. A outra metade virá da venda de medicamentos desenvolvidos pela empresa, e produzidos na fábrica em Tabão da Serra (SP), ao governo federal, sobretudo para tratamento da Aids. O avanço dessa linha de negócios, de acordo com o presidente da Blanver, Sérgio José Frangioni, não deve parar por aí. Em 2015, a área de medicamentos já deverá responder por dois terços da receita, projetada em R$ 350 milhões, considerando-se o dólar em torno de R$ 2,30. Esse impulso deve ser dado pelo início das exportações e por possíveis novos acordos de transferência de tecnologia com laboratórios do governo federal por meio da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). "Nosso foco são os produtos de médio e alto valor agregado", afirmou o empresário. A Blanver já foi contemplada em quatro parcerias de transferência de tecnologia, três referentes a antirretrovirais usados no tratamento da Aids e outra em reposição de cálcio. "Temos mais seis ou sete projetos que já foram submetidos ao governo", acrescentou. Dentre os acordos fechados, aparecem um antirretroviral dois em um que combina Tenofovir e Efavirenz e um três em um, que reúne Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz. De acordo com o presidente do laboratório, esse último medicamento está em fase de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assim como o Raloxifeno, usado no tratamento da osteoporose. "Fornecemos ao governo um pacote para tratamento da Aids que atende a 80% dos pacientes", contou. A meta da Blanver, disse Frangioni, é exportar os medicamentos produzidos no âmbito das PDPs para América Latina e Ásia. "Devemos adotar um modelo de negócios parecido com o de excipientes, em que uma empresa lá fora vai distribuir os medicamentos em um determinado número de países", explicou. O negócio de excipientes também deve crescer nos próximos anos, conforme Frangioni. A Blanver está investindo, neste momento, na ampliação da capacidade instalada na unidade de Itapevi, também em São Paulo, que subirá das atuais 15 mil toneladas por ano para 17 mil toneladas anuais. Uma das metas do laboratório é ampliar a participação no mercado mundial de excipientes, hoje estimada em 12%. "Pretendemos chegar a 16%", afirmou. Atualmente, o laboratório brasileiro exporta excipientes, cuja matéria-prima é a celulose solúvel, para 100 países, com destaque para os Estados Unidos, Ásia e Europa. No mercado brasileiro, concorre com as multinacionais FMC e JRS Pharma e estima que sua participação esteja em torno de 75% - e apenas 25% de sua produção é direcionada ao mercado doméstico. Pesquisa e desenvolvimento
Saúde
H1N1 deixa em alerta o Estado do Rio 25/09/2014 - O Globo O medo de disseminação de um surto de gripe provocada pelo vírus H1N1, linhagem considerada mais letal do que o normal, deixa autoridades de saúde do Estado do Rio em alerta. Pelo menos onze casos foram registrados este ano, sendo que dois deles teriam resultado em morte. A Secretaria de Saúde de Petrópolis, na Região Serrana, confirmou ontem duas novas suspeitas da gripe. Os pacientes — um adulto de 46 anos e uma criança — não tiveram a identidade revelada. O material coletado foi enviado para o Laboratório Central de Saúde Pública do Rio, e o resultado dos exames deve sair em até 12 dias. No sábado, o município confirmou que a gripe foi a causa da morte de Celeste Pacheco Vogel dos Santos, de 48 anos. Em agosto, em Araruama, na Região dos Lagos fluminense, outra mulher morreu devido à contaminação com o vírus H1N1. A taxa de letalidade do vírus preocupa especialistas. A Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (SVEA), órgão da Secretaria estadual de Saúde, confirma que, entre 1º de janeiro e 20 de setembro, foram registrados onze casos de gripe H1N1 no Rio de Janeiro, com os dois óbitos. Em 2013, foram 42 casos — nove fatais. O número ainda é baixo para se ter uma taxa de letalidade fechada, mas indica que ela pode ser alta. — Há muitos tipos de vírus circulando pela cidade, então, no caso do H1N1, pode haver subnotificação — explica Fernando Portela Câmara, virologista da UFRJ. — Além disso, a população tem pouca imunidade a essa gripe, porque nunca vimos uma transmissão maciça. Sem ela, não tivemos a oportunidade de criar uma barreira de defesa em nosso organismo. A combinação desses elementos explica o alto número de mortes. FORMAS DE TRANSMISSÃO Além do contato com secreções de pessoas contaminadas, o H1N1 pode ser transmitido por vias menos conhecidas. — É um vírus traiçoeiro porque alguém pode ser infectado apertando o botão do elevador ou segurando o corrimão da escada depois do toque desses objetos por uma pessoa que já é portadora do H1N1 — alerta. Para o superintendente da SVEA, Alexandre Chieppe, os casos de grupe H1N1 provocam grande alarde, mas não são mais graves do que os demais casos de vírus influenza. — A evolução da gripe H1N1está mais relacionada às características individuais dos pacientes do que ao vírus — avalia. Por isso , de acordo com Chieppe, o protocolo de atendimento aos pacientes com sintomas de gripe é o mesmo em todos os casos. Os suspeitos de contaminação passam por uma avaliação médica e podem receber re médios antitérmicos ou antivirais. A SVEA ressalta que a melhor forma de prevenir a gripe é ficar atento às regras básicas de higiene, como cobrir a boca comum lenço ou com as mãos ao espirrar ou tossir. Além disso, o órgão recomenda evitar longas permanências em ambientes fechados e sem ventilação. Libéria pede doações de sangue para tratar ebola 25/09/2014 - Folha de S.Paulo O chefe de uma unidade de tratamento de ebola na Libéria, país mais afetado pela epidemia, fez um apelo para que sobreviventes da doença doem sangue, para ser usado no tratamento de doentes. "Precisamos que sobreviventes venham e nos ajudem com doações", disse Attai Omoruto, diretor de um novo hospital em Monróvia. Estudos sugerem que transfusões de sangue de sobreviventes do ebola podem prevenir ou tratar a doença. William Pooley, um britânico que se recuperou do ebola após ser tratado em Londres, viajou aos Estados Unidos para doar seu sangue. "O sangue dos sobreviventes tem anticorpos que lutaram contra o vírus ebola", disse Pooley. A epidemia de ebola já matou mais de 2.800 pessoas, principalmente em Guiné, Libéria e Serra Leoa. O número é maior do que a soma dos mortos nos surtos anteriores. SEM CONTROLE Nesta terça (23), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças americanos (CDC) divulgaram a estimativa de que até 1,4 milhão de pessoas poderiam ser infectadas pelo ebola até janeiro de 2015. O número foi criticado por especialistas. "É impossível prever quantos casos haverá em quatro meses", afirmou Peter Pior, diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. "A não ser que o CDC tenha dados que ninguém mais tem, é inútil", disse Pior. 'Prima da dengue' pode virar epidemia, afirma ministro 25/09/2014 - Folha de S.Paulo O ministro Arthur Chioro (Saúde) disse nesta quarta (24) que uma epidemia da febre chikungunya no Brasil "é possível". A doença, conhecida como "prima da dengue", é transmitida por mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Ele destacou que ações de prevenção e controle dos mosquitos serão intensificadas a partir de dezembro. Na última terça-feira (23), a pasta informou que há registros de 16 casos da febre chikungunya transmitidos dentro do Brasil neste ano. As duas primeiras ocorrências foram registradas no Amapá e as outras 14 em Feira de Santana, na Bahia. Chioro afirmou que equipes foram deslocadas a esses locais para auxiliar na adoção de medidas de controle da doença. Ministro da Saúde não descarta epidemia de febre chikungunya. 25/09/2014 - O Globo O ministro da Saúde, Arthur Chioro, não descarta a possibilidade da ocorrência de uma epidemia de febre chikungunya no Brasil. Os sintomas da doença são similares aos da dengue, mas mais fortes, e os vetores são os mesmos mosquitos. Até agora, foram confirmados 16 casos de transmissão interna por chikungunya no Brasil, ou seja, de pessoas que não contraíram a doença no exterior. — É possível (a epidemia). A gente ainda não consegue ter a dimensão do número de casos nem a velocidade de propagação da doença. Mas não podemos descartar a possibilidade — disse o ministro, ontem, após o lançamento em Brasília de uma campanha nacional de doação de órgãos. DO OIAPOQUE (AP) A FEIRA DE SANTANA (BA) Dos casos confirmados, dois foram registrados em Oiapoque, no Amapá, na divisa com a Guiana Francesa, e 14 em Feira de Santana, na Bahia. Antes da confirmação da doença no Amapá, todos os 37 casos registrados no Brasil em 2014 eram apenas de pessoas contaminadas no exterior, principalmente soldados que estavam em missão no Haiti. Originária da África, a doença já se espalhou por outros 31 países e territórios da América, principalmente na região do Caribe. Em todo o continente, já foram notificados mais de 650 mil casos, dos quais mais de 9 mil foram confirmados em laboratório. O período de maior transmissão da dengue é de janeiro a maio. Como se trata do mesmo mosquito transmissor, as ações do ministério estarão focadas nesse período. — Desde 2012 o Ministério da Saúde já estabeleceu um plano de contingência porque a progressão da doença na América Central e em outros países já se colocava como risco — explicou Chioro. — Até porque temos a presença do e do Então nós trabalhamos junto com as secretarias estaduais e municipais por uma forte intensificação a partir agora do mês de dezembro das nossas ações de prevenção e controle do vetor, no caso o Aedes. Em 16 de setembro, quando foram confirmados os primeiros casos de transmissão interna no Brasil em dois moradores de Oiapoque, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, já tinha falado que a contenção da doença era difícil. — A contenção é difícil. Nenhum país consegue conter, nem mesmo os Estados Unidos, que tiveram caso. O Brasil é um dos poucos países com controle permanente da dengue. Isso permite lembrar à população de que nesse verão o cuidado com o deve ser reforçado, porque, além da dengue, há a chikungunya — disse Barbosa na época, ao responder se ainda seria possível conter a febre chikungunya ou se ela se alastraria. DORES NAS ARTICULAÇÕES A doença provoca severas dores nas articulações que podem perdurar por longo tempo, além de febre, mal-estar e dor de cabeça. O tratamento consiste no alívio dos sintomas, que costumam durar de três a dez dias. São recomendados repouso, hidratação e uso de analgésicos como o paracetamol. Embora seja menos letal do que a dengue, ela pode causar dores mais fortes. Serra Leoa encontra 90 corpos e 200 doentes durante confinamento por ebola 24/09/2014 - BOL Serra Leoa declarou nesta quarta-feira (24) que cerca de 100 corpos e 200 pacientes foram encontrados e retirados de suas residências durante o confinamento de três dias para conter a epidemia de ebola que atinge a África Ocidental. Quase seis milhões de pessoas em todo o país ficaram confinadas dentro de casa por 72 horas desde sexta-feira (19), quanto 28.000 voluntários bateram de porta em porta, dando conselhos e identificando novos casos e mortes suspeitas que não foram registradas pelas autoridades. "Mais de 92 corpos foram descobertos em todo o país durante o confinamento de três dias do país", declarou Karamoh Kabbah, vice-ministro para Assuntos Políticos, em entrevista coletiva na capital Freetown. Ele disse que 77 dos corpos foram recolhidos na área ocidental, uma divisão que inclui a cidade de 1,2 milhão de habitantes. "Foram identificados mais de 200 casos suspeitos, dos quais, até o momento, 130 foram confirmados", acrescentou. A maior epidemia de ebola já registrada na história infectou até agora mais de 6.000 pessoas na África Ocidental e matou quase metade delas, de acordo com os dados mais recentes da OMS (Organização Mundial de Saúde). A febre causada pelo vírus pode derrubar suas vítimas em poucos dias, provocando dor muscular, vômitos, diarreia e, em muitos casos, hemorragia interna e externa. Em Serra Leoa, o ebola já infectou 1.813 pessoas, matando 593. Teste estipula tempo de recuperação de cirurgia 25/09/2014 - Correio Braziliense Após um procedimento cirúrgico, o paciente costuma se questionar em quanto tempo vai se recuperar e quando poderá voltar ao trabalho ou a outras atividades de rotina. A dúvida também acomete médicos e cientistas. Ainda não é entendido por que algumas pessoas se recuperam em uma semana e outras lutam por meses com a fadiga. a dor, a incapacidade funcional e outras complicações. Um artigo publicado hoje na revista Science Translational Medicine indica que apenas um teste de sangue poderá trazer a valiosa resposta. Pesquisadores da Universidade de Stanford. nos Estados Unidos, usaram um exame já conhecido, a citometria de massa, para caracterizar danos imunológicos pós-cirúrgicos em um nível meticuloso: uma única célula. Eles encontraram um tipo de assinatura imunológica cirúrgica que se correlaciona com a recuperação clínica de pacientes. As pistas para formar essa assinatura vieram de amostras sanguíneas de 32 pessoas submetidas a uma cirurgia de substituição do quadril. O mapeamento detalhado mostrou que respostas na forma de sinalização celular—e não na freqüência de células — foram relacionadas à recuperação. Essas reações de sinalização correlacionadas ao pós-operatório ocorreram sobretudo em monócitos CD14 um tipo de célula de defesa. O resultado sugere que essas estruturas podem desempenhar papel predominante na recuperação cirúrgica Dessa forma, quando a atividade nesse grupo é elevada nas primeiras 24 horas após a cirurgia, os pacientes têm uma recuperação pior. Se a atividade celular é baixa, as pessoas respondem melhor. "A consistência dessa assinatura sugere uma resposta imune bem regulamentada ao trauma cirúrgico que. se validada, pode formar a base de uma diretriz de diagnóstico para o cuidado pós-cirúrgico personalizado", afirma o principal autor da pesquisa, Brice Gaudilliere. Os cientistas cogitam ainda que os resultados possam levar ao desenvolvimento de um teste pré-operatório para ajudar médicos a determinar não só o tempo de recuperação da cirurgia, mas também identificar pacientes para os quais os riscos do procedimento superam os benefícios. Mário Sérgio Fernandes, professor de hematologia do Hospital São Lucas da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, pondera que uma aplicação clínica do exame ainda está muito distante. "A proposta é inicial, mas muito interessante. Os resultados são promissores, mas não deixaram claro o que pode diferenciar os pacientes somente olhando para as atividades moleculares que foram mostradas", justifica. Fernandes também ressalta que o teste proposto pelos estudiosos de Stanford é normalmente usado em investigações científicas em casos de leucemias e neoplasias. O equipamento utilizado para esse exame é encontrado normalmente em grandes hospitais." Fatores múltiplos Depois da cirurgia, o organismo humano costuma seguir uma resposta padrão. O primeiro movimento, chamado catabolismo, consiste em tentar dar o máximo possível de glicose e oxigênio em busca de um reforço na reabilitação. O segundo, anabolis-mo, tenta recuperar o que foi perdido. Em ambas as fases, proteínas são retiradas da musculatura, gorduras deixam os reservatórios e o fígado e tudo é jogado dentro do sangue para conseguir que a pessoa tenha uma recuperação normal. "Há ainda a ação dos hormônios dentro do organismo, como o que diminui a urina do paciente", complementa Sérgio Arap, gerente médico do Centro Cirúrgico do Hospital Sírio-Libanês. Por esse motivo, é comum a sensação de inchaço após o procedimento. O corpo, na verdade, tenta acumular o máximo possível de líquido para se recuperar. Arap alerta, no entanto, que todos esses fatores variam muito conforme o tamanho da cirurgia, do trauma e o paciente. Ser diabético, hipertenso, atleta e ter problemas renais são. segundo o especialista, condições que interferem no resultado final do procedimento médico. "Quando colocamos todos (tipos de pacientes) juntos, também identificamos que, às vezes, um é internado um dia só e outro que fez uma cirurgia igualzinha fica quatro, cinco dias. A resposta metabólica é diferente e, se houver algum exame que possa predizer isso, será interessante ter esses dados antes da cirurgia." Papa pede orações e OMS fala em vacina contra Ebola já neste ano 25/09/2014 - O Estado de S.Paulo Durante discurso após celebração na Praça de São Pedro, o papa Francisco pediu ontem “que não falte ajuda necessária da comunidade internacional” no combate à epidemia de Ebola nos países africanos. Francisco lembrou todos os que estão sofrendo com a epidemia e manifestou sua proximidade “de todas as pessoas afetadas por essa terrível doença”. Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que há esperanças de se obter grande quantidade de uma vacina até dezembro. O papa pediu aos fiéis que rezassem por todos os que perderam a vida por causa da doença, apelando ainda para que “não falte a ajuda da comunidade internacional para aliviar o sofrimento desses irmãos e irmãs”. O Ebola já matou mais de 2,8 mil pessoas na África Ocidental. Ontem, a Organização Mundial da Saúde alertou que as infecções pelo vírus podem triplicar para 20 mil casos até novembro, aumentando em milhares todas as semanas, caso os esforços para conter o surto não sejam reforçados. Vacina. A OMS afirmou que uma vacina contra o Ebola deve estar disponível em grandes quantidades até o final do ano para ajudar a controlar a epidemia da doença no oeste da África. Até hoje, não existe tratamento licenciado para o vírus, mas cientistas estão testando dois possíveis remédios. O surto recente é o primeiro a atingir áreas urbanas e tem sido difícil controlá-lo com os métodos tradicionais de isolamento dos infectados e monitoramento das pessoas com quem tiveram contato. Anteriormente, especialistas haviam dito ser improvável o desenvolvimento de uma droga para o Ebola a tempo de ajudar nesta epidemia. Até por causa disso, hospitais do mundo inteiro vêm se preparando para o avanço da doença. Nos Estados Unidos, uma série de centros médicos adotaram protocolos, uma vez que o período de aparecimento dos sintomas é de 21 dias.O assunto será tema de discussões hoje na assembleia das Nações Unidas, em Nova York. Desvincular HU não acaba comos gastos com pessoal 25/09/2014 - O Estado de S.Paulo Mesmo que o Conselho Universitário (CO) aprove a transferência do Hospital Universitário (HU) à Secretaria Estadual da Saúde, a maior parte dos gastos seria descontada dos cofres da USP. O pagamento de salários dos servidores ativos e inativos da unidade, que correspondeu a R$ 270,9 milhões em 2013 (85% do custo total),continuaria sob responsabilidade da universidade e apenas novas contratações deixariam de ser custeadas. A economia real que a desvinculação do Hospital Universitário daria à universidade em curto prazo é de R$ 47,6 milhões, que equivale a tudo que é gasto pelo equipamento além do pagamento dos servidores, como compra de materiais. Em 2013, o Hospital Universitário consumiu R$ 318,5 milhões, ou 6,16% do total gasto pela universidade. Todos os dados foram retirados da tabela de execução orçamentária divulgada pela instituição na internet. O cálculo também pode ser feito em relação ao Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais( HRAC),que já teve a desvinculação aprovada pelo CO. Neste caso, o pagamento de pessoal é menor: custou R$ R$ 70,3 milhões à USP no ano passado, valor que não foi repassado ao Estado. A desvinculação do HRAC renderia cerca de R$ 9,3 milhões, que corresponde a 11,7% do que custou para a USP em 2013. A expectativa é de que a mudança reduza os gastos da universidade a longo prazo, na medida em que os servidores se aposentem e os novos funcionários sejam contratados já pela Secretaria de Saúde. Deixar de custearas demandas de infraestrutura também seria um alívio às contas. A USP não forneceu detalhes sobre o processo, que ainda está sendo debatido. Reunião do CO para definir a transferência do hospital ocorrerá nos próximos dias. A desvinculação é uma das propostas feitas pelo reitor Marco Antonio Zago como medida para conter a crise financeira da universidade. A alternativa, no entanto, não foi bem recebida pelo governador Geraldo Alckmin, que afirmou que o Estado “não tem interesse” em assumir o hospital. |