37015
ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

83507
PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS
  

 

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde



Medicamentos

 

Mercado aberto: Pressão alta
18/09/2014 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Farias

Pressão...
O laboratório Torrent lançará no Brasil o genérico da olmesartana, anti-hipertensivo que é prescrito por cardiologistas. A substância movimenta 42 milhões de comprimidos por ano no país, segundo a empresa.

...alta
Fabricado na Índia, o produto será lançado de forma simultânea nos Estados Unidos. A Torrent entrou no segmento de genéricos há oito meses. O Brasil é o terceiro maior mercado para a companhia, que atua em 80 países.


Pesquisa e desenvolvimento

 

Remédio para colesterol inibe o nanismo
18/09/2014 - Correio Braziliense

Um tratamento inusitado para uma condição sem cura e tratamento. Um dos tipos mais comuns de nanismo, a acondroplasia foi revertida em ratinhos de laboratório com a administração de medicação amplamente usada para reduzir os níveis de colesterol: a estatina. A incrível descoberta vem da Universidade de Kyoto, no Japão, e poderá resultar na primeira terapia efetiva para a recuperação do crescimento ósseo em bebês diagnosticados precocemente com a alteração genética que leva à deficiência de desenvolvimento dos ossos dos braços e das pernas. A nova aplicação da droga, porém, deverá enfrentar grandes desafios para a definição da dosagem — uma vez que. em alta quantidade, essa substância é tóxica ao organismo — e do momento exato de início da intervenção.

O estudo, publicado na edição de hoje da revista científica Nature, descreve uma série de experimentos com células humanas in vitro e camundongos. Os cientistas partiram de um dilema primordial e que há muito tempo ronda as pesquisas sobre a acondroplasia: a falta de modelos para a doença — formas da enfermidade criadas em laboratório que ajudem no estudo e no teste de novos tratamentos. Para superar esse problema, a equipe liderada por Noriyuki Tsumaki recolheu células-tronco pluripotentes adultas de pessoas com displasia tanatofórica e acondroplasia, tipos recorrentes de nanismo.

As células foram reprogramadas para um estado embrionário e. ao se tornarem ósseas, produziram cartilagem degradada. O resultado era esperado e o modelo estava pronto para ser testado. Na etapa seguinte, as células que receberam as estatinas tiveram um desenvolvimento normal. Depois, a terapia foi testada em camundongos, que receberam injeção com o equivalente a 1 mg por quilo de rosuvastatina, um tipo de estatina. O crescimento ósseo foi mais uma vez restaurado. Os pesquisadores explicam que a ideia de usar a droga contra o colesterol alto veio de uma observação clínica em pacientes que são tratados com ela de forma crônica: eles apresentam uma alteração na cartilagem.

A dose usada nos animais equivale a 70 mg por dia em um humano de 70 kg. O valor é quase liminar, uma vez que os ensaios clínicos indicam que uma dose de 80 mg por dia pode provocar efeitos tóxicos. Dessa forma, apesar de as estatinas representarem um tratamento promissor para doenças ósseas e de cartilagem, a dosagem pode ser um desafio. "Como têm sido administradas a um grande número de pacientes por muitos anos, há abundante informação disponível sobre a segurança delas, apesar de seus efeitos sobre bebês, crianças e adolescentes ainda serem em grande parte desconhecidos", afirma Tsumaki. Para ele, o importante, nesse estágio do estudo, é que o tratamento salvou ambos os modelos da doença em células humanas e em camundongos, sugerindo que as estatinas podem ser eficazes e aplicáveis em pacientes com displasia tanatofórica e acondroplasia.

Modificacão celular

Segundo o chefe do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Roberto Giugliani, os testes feitos pelos pesquisadores do Japão apostaram em duas formas de nanismo causadas por uma alteração genética em um receptor celular ligado ao fator de crescimento existente nas células. MA medicação tem um efeito inusitado de promover o crescimento nos camundongos com esse defeito genético, como se ela fosse um tipo de tratamento para essa condição."

Giugliani lembra que não se trata de uma terapia gêmea/Não há modificação genética. Em função desse defeito, os camundongos não crescem. Essa medicação causa alguma modificação celular no organismo das co-baias que faz elas voltarem a crescer." O médico explica que nem mesmo os pesquisadores souberam detalhar o mecanismo de ação óssea.

Uma das vantagens do uso de estatina apontada pelo gene-ticista é que ela vem sendo usada há anos e é comprovada-mente segura, sem grandes efeitos colaterais. Se for comprovado nos humanos o mesmo que ficou descrito nos camundongos. os benefícios seriam inestimáveis. A acondroplasia é uma doença genética que acontece em um a cada 10 mil nascimentos. "Isso significa que, no Brasil, tem mais de 250 pacientes que nascem a cada ano com essa doença. Se esse medicamento for eficaz e essas pessoas, tratadas, será um ganho muito significativo."

Expressão exagerada

Na acondroplasia, o gene está mais ativo que o normal e traduz proteínas de maneira excessiva. Ricardo Fernando Arrais, do Departamento de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que. pela literatura médica, já se sabe que. quando o gene responsável pelo defeito não consegue se expressar, o crescimento é maior. "A idéia dos pesquisadores era encontrar uma estratégia para diminuir a expressão desse gene e uma das possibilidades acabou sendo as estatinas."

Arrais resume que os resultados mostraram uma resposta clara nas culturas de células: onde não havia estatinas, as estruturas humanas acometidas pela doença não se desenvolviam; e, nas que receberam medicação, houve uma replicação de cartilagem e uma resposta em termos de crescimento. Ainda assim, o especialista considera importante fazer algumas ressalvas.

Primeiro, não é possível saber se essas drogas vão promover um crescimento adequado em humanos. "Esse é um dado preliminar. Precisamos saber como será o crescimento real do tecido, além de garantir a segurança do tratamento com estatina em indivíduos muito jovens." Ele reforça que. atualmente, essas substâncias são prescritas apenas para pacientes com 10 anos ou mais. ainda assim de forma cuidadosa por conta da toxicidade. Um dos efeitos colaterais pode ser a lesão muscular. "Eles mesmos (os pesquisadores) levantam esses problemas. Não temos nada em humanos, apesar do indício bastante promissor e interessante."



Pesquisa liga adoçantes a risco maior de diabetes
18/09/2014 - Folha de S.Paulo


Um estudo publicado na revista "Nature" relaciona o uso de adoçantes com um maior risco de desenvolver intolerância à glicose --quando o organismo não produz insulina suficiente--, etapa considerada o primeiro estágio da diabetes.

A conclusão é polêmica: em vez de combater, os adoçantes podem contribuir com a epidemia da doença.

"Não queremos dar nenhuma recomendação sobre o uso ou não dos adoçantes. Mas o consumo massivo dessas substâncias precisa ser debatido, porque, em nossos estudos, não observamos nenhum efeito benéfico", disse Eran Segal, pesquisador do Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, e um dos coordenadores do trabalho.

A pesquisa envolveu testes em roedores e humanos.

Os animais foram divididos em grupos: parte tomou adoçante (sacarina, aspartame ou sucralose) e outra parte, água ou açúcar. Aqueles que ingeriram adoçante desenvolveram intolerância à glicose.

Para descobrir por que isso aconteceu, os pesquisadores estudaram os efeitos da sacarina na flora intestinal dos bichos. "Ao atravessar o estômago, essas substâncias encontram no intestino um imenso ecossistema de bactérias, que tem um papel importante na nossa saúde e pode metabolizar coisas que nosso organismo não metaboliza", diz Segal.

A hipótese dos pesquisadores se confirmou: os animais que ingeriram o adoçante tiveram alterações tanto na composição quanto na função da flora intestinal.

"Acreditamos que as substâncias induzam uma vantagem competitiva em certos tipos de bactéria e isso desequilibra o ecossistema. Outra possibilidade é que os adoçantes sejam tóxicos para alguns micro-organismos", diz Eran Elinav, também coordenador do estudo.

Em humanos, os estudos foram menos detalhados. Os pesquisadores analisaram os dados de consumo de adoçante e os indicadores de saúde de 381 voluntários não diabéticos que já participavam de uma pesquisa sobre nutrição. Em 172 deles, também fizeram avaliação da composição da flora intestinal.

Mais uma vez, foi encontrada a relação entre adoçantes e fatores ligados à síndrome metabólica, como sobrepeso, intolerância à glicose e alterações na microbiota.

Sete voluntários receberam, por sete dias, grandes doses de sacarina. Em quatro foram observados o aumento da intolerância à glicose e a alteração na flora intestinal.

CAUSA E EFEITO

"A parte experimental do estudo é bem completa, mas a parte com humanos é fraca", afirma Cintia Cercato, endocrinologista, diretora da Abeso (associação de estudo da obesidade). "Os voluntários vieram de um estudo nutricional. É óbvio que obesos e diabéticos usam mais adoçante. Não existe aí uma relação de causa e efeito."

O mesmo opina a endocrinologista Maria Edna de Melo, pesquisadora do Hospital das Clínicas da USP. Segundo ela, a relação entre adoçantes e microbiota é novidade e precisa ser investigada.

"Os adoçantes são seguros mas, como ainda há controvérsias, é melhor que esses produtos sejam usados só por quem precisa [pessoas com diabetes ou sobrepeso]."

De acordo com a nutricionista Elaine Moreira, consultora da Linea Sucralose, fabricante de adoçantes, a conclusão do trabalho é precipitada. "Obesidade e diabetes são doenças multifatoriais. Agora a culpa toda é dos adoçantes? A flora intestinal é influenciada por muitos fatores, incluindo o estresse."



Diabete pode aumentar risco de demência em 50%
18/09/2014 - O Estado de S.Paulo


A diabete pode aumentar o risco de Alzheimer e outros tipos de demência em até 50%, aponta relatório anual sobre a doença divulgado ontem pela Alzheimer’s Disease International (ADI), organização internacional que reúne associações atuantes no tema.
O informe, lançado por ocasião do Dia Mundial do Alzheimer, celebrado no próximo domingo, ressalta a importância do controle dos fatores de risco evitáveis, geralmente associados aos hábitos de vida.
Isso porque, segundo o documento, não é apenas a genética, o envelhecimento e o nível de atividade intelectual que contribuem para o aparecimento da doença.
O relatório diz que“o controle da diabete e da hipertensão arterial, assim como medidas que promovam o fim do tabagismo e a redução do risco cardiovascular, têm potencial para reduzir o risco de demência”.
Coordenadora do ambulatório de demência moderada e avançada do serviço de geriatria do Hospital das Clínicas, Lilian Schafirovits Morillo explica que existem duas frentes de conexão entre diabete e Alzheimer.
“Afrente direta é que existem receptores de glicose e insulina em áreas do cérebro responsáveis pela memória.O excesso de glicose e de insulina, decorrente da diabete, pode danificar essas regiões do cérebro”, afirma.
“De forma indireta, podemos dizer que a diabete, a hipertensão, a obesidade, o sedentarismo e o cigarro afetam as artérias do cérebro, o que piora um quadro de neuro degeneração.” Apesar da importância do controle desses fatores de risco, números apresentados no relatório mostram que a maioria da população não conhece a relação entre o Alzheimer e essas doenças. Apenas um quarto (25%) das pessoas associam a obesidade a um risco aumentado de demência.
A relação entre atividade física e a redução do desenvolvimento do Alzheimer só é reconhecida por 23% das pessoas.
O controle de diabete, hipertensão e outros fatores de risco é apontado pelo relatório e por especialistas como estratégia bem-sucedida dos países ricos na prevenção do Alzheimer. Segundoodocumento, háevidências de que a incidência de demência parece estar caindo nos países mais desenvolvidos, enquanto sobe nos países de médiaebaixa renda,comooBrasil.
Para o conselheiro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rubens de Fraga Júnior, isso acontece porque os países menos desenvolvidos não têm estrutura eficaz no controle das doenças crônicas que atuam como fatores de risco para o Alzheimer.“ Essa relação entre os dois problemas deve nortear as políticas públicas.Assim como os países ricos já fazem, temos de focar a prevenção do Alzheimernocontroledosfatores de risco evitáveis.”



Saúde
 

Sem médico no fim da fila
18/09/2014 - O Globo

Levantamento da Defensoria Pública da União revela que os seis hospitais federais do Rio têm déficit de 1.226 médicos, 28% do quadro necessário, e fila de 13.851 à espera de cirurgia. Entre 2010 e 2013, o estado perdeu 4.621 leitos em toda a rede pública, a maior redução do país. Um levantamento feito pela Defensoria Pública da União sobre os seis hospitais gerais federais do Rio revela que a saúde fluminense pede socorro. Os dados mostram que há um déficit de 1.226 médicos — ou seja, 28% do quadro necessário de 4.354 profissionais. O defensor público Daniel Macedo, que apresentou o trabalho ontem, ressaltou que a situação é ainda mais grave porque, entre 2010 e 2013, o Estado do Rio perdeu 4.621 leitos em toda a rede pública.

O último concurso público para contratar médicos para as unidades federais foi realizado em 2010, e não existe previsão para um próximo, diz o levantamento. O salário-base pago a um médico é de R$ 2.200, de acordo com o Sindicato dos Médicos do Rio. Segundo Júlio Noronha, diretor da entidade, as especialidades com mais carência de profissionais são anestesia, pediatria especializada, anatomia patológica e clínica de pronto-socorro.
— Em 40 dias, 22 clínicos pediram demissão do Hospital de Bonsucesso. Eles trabalhavam na emergência. Eram médicos que recebiam muito pouco e tinham cada vez mais gente para atender. Pagando mal desse jeito, não há como fixar os profissionais — disse Noronha.

BONSUCESSO E ANDARAÍ, OS PIORES

Daniel Macedo disse que, na rede federal, os problemas mais graves foram encontrados nos hospitais de Bonsucesso e do Andaraí. Também foram avaliados os hospitais dos Servidores, Cardoso Fontes, de Ipanema e da Lagoa. Além da falta de médicos, a defensoria verificou que insumos e medicamentos estão escassos. Outro problema é que pacientes são atendidos nos corredores e até no chão.
— Os hospitais federais do Rio estão sucateados — disse o defensor.
De acordo com o levantamento, existem hoje 13.851 pessoas na fila por uma cirurgia nos seis hospitais federais avaliados. Daniel Macedo disse que, no Hospital de Bonsucesso, desde novembro de 2012 as obras no setor de emergência estão paradas. Em 2011, foram instalados no local três contêineres para a emergência funcionar. Era para ser uma solução provisória, mas eles continuam sendo usados.
A Defensoria Pública informou que o aluguel dos contêineres custa, no total, R$ 318 mil por mês, o que, de 2011 até hoje, soma cerca de R$ 13 milhões. Cada unidade teria capacidade para atender por dia 30 pessoas. Mas, de acordo com o levantamento, são atendidas de 65 a 80. Segundo Daniel Macedo, a obra na emergência custaria R$ 8 milhões aos cofres públicos.
— O Hospital de Bonsucesso recebe R$ 160 milhões da União por ano. Por que as obras da emergência não foram concluídas? Pacientes são atendidos em cadeiras, não há leitos — afirmou o defensor, acrescentando que uma denúncia sobre a situação do hospital foi encaminhada à Polícia Federal.
De maio de 2013 a setembro deste ano, 187 transplantes renais foram feitos no Hospital de Bonsucesso. Já a área de transplante hepático segue fechada, e os pacientes estão sendo transferidos para outras unidades, até mesmo particulares.

UMA HORA SÓ PARA OBTER INFORMAÇÃO

Quem precisa dos serviços do hospital sofre. A dona de casa Quitéria Morais da Costa, de 62 anos, prestou socorro ontem ao o mecânico Jorge Maximiniano, de 75, seu vizinho, que tem problemas na próstata. Com dores e precisando de atendimento, o paciente esperou mais de uma hora na porta da emergência do Hospital de Bonsucesso só para conseguir uma informação.
— Ninguém fala nada direito. Viemos de Jardim Metrópole, em São João de Meriti. Não vou deixar meu vizinho aqui sozinho. Estamos esperando há mais de uma hora. Disseram para a gente que ele não vai poder ser atendido aqui, porque a emergência está cheia demais e os médicos estão sobrecarregados. Estão pedindo que ele seja levado para o Hospital Souza Aguiar — contou a dona de casa.
Também avaliado como uma das piores unidades federais do Rio, o Hospital do Andaraí ficou sem diretor por dois meses e recebe R$ 100 milhões da União por ano. De acordo com a Defensoria Pública, foi pedida à Vigilância Sanitária uma avaliação das condições de higiene e funcionamento da unidade no início deste ano. Dos oito elevadores do hospital, cinco estão parados. Nos outros, são transportados, às vezes ao mesmo tempo, pacientes, alimentos, remédios, lixo e cadáveres.
Além disso, foram encontrados ratos no setor de oncologia, mofo, buracos no teto, sala de raios X sem isolamento de chumbo e sala de espera do CTI com medicamentos no chão. Depois da posse da nova direção, foi enviado um termo de ajuste de conduta, e o prazo para a assinatura é de 20 dias.
— É um crime o que estão fazendo com a população do Rio de Janeiro — disse Júlio Noronha. — Um verdadeiro genocídio. A própria Vigilância Sanitária disse que a unidade não apresentava condições para executar procedimentos de saúde.
O estudo da Defensoria Pública também afirma que, por dia, morrem seis pessoas nas Unidades de Pronto Atendimento ( UPAs) por não haver leitos suficientes de CTI não só na rede federal, como na estadual e na municipal.
— Nas UPAs, existe porta de entrada, mas não há porta de saída — disse Daniel Macedo. — Se nada for feito, mais pessoas poderão vir a óbito.
Também considerando toda a rede pública do Rio, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Sidnei Ferreira, disse que o déficit de leitos é de 150 a 200 por dia.
— Pelo menos um terço dos pacientes precisa desses leitos. Isso significa piora no quadro de saúde deles, e muitos podem vir a morrer — explicou.
Os hospitais Clementino Fraga, Gaffrée e Guinle e Antônio Pedro serão os próximos a serem fiscalizados pela Defensoria.

MINISTÉRIO DIZ QUE TEM CONTRATADO

O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que vem contratando profissionais para a rede federal do Rio. Segundo o órgão, os seis hospitais gerais avaliados hoje contam com 3.128 médicos e 2.023 leitos. Ainda segundo a nota, foram habilitados 359 novos leitos de UTI no estado. Sobre o setor de emergência do Hospital de Bonsucesso, o ministério disse que as obras estão “em fase de execução de projetos complementares e readequação orçamentária”. Nos contêineres, diz a nota, só este ano já foram realizados 36.481 atendimentos.
Já a Secretaria municipal de Saúde informou que houve aumento do total de leitos. Atualmente, de acordo com o órgão, a rede da prefeitura conta com 5.011 leitos, dos quais 1.141 foram abertos na atual gestão. A secretaria informou ainda que é a responsável pela Central de Regulação de Leitos, o órgão que determina para onde os pacientes devem ser transferidos depois do atendimento feito na UPA. No entanto, se os leitos de UTI estiverem ocupados, não há o que ser feito.

Também em nota, o governo do estado disse que sua rede tem 1.058 leitos de UTI. O número representa, afirma o texto, quase quatro vezes o total — 260 — existente no início da atual gestão. Já a Central Estadual de Regulação, segundo o estado, tem à sua disposição apenas leitos próprios e contratados para encaminhar os pacientes destinados à UTI. O governo admite a dificuldade de conseguir leitos de terapia intensiva para todos os pacientes.


Descobertas 23 mutações ligadas ao câncer de próstata
18/09/2014 - Correio Braziliense


Em uma análise de informações genéticas de mais de 87 mil homens, cientistas detectaram 23 novas mutações no DNA que aumentam o risco de câncer de próstata. A meta-análise — a maior do tipo já realizada — revelou variantes até então desconhecidas em europeus, africanos, japoneses e latinos. Os pesquisadores, que trabalharam com a combinação de diversos estudos menores, publicaram o novo artigo na revista online Nature Genetics.

Foram sequenciados mais de 10 milhões de áreas do genoma em que os blocos construtores do DNA haviam sido trocados, ocasionando as variantes genéticas mais conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único (em inglês, SNPs). Então, os cientistas compararam essas regiões genéticas de pacientes de câncer com homens saudáveis, identificando os 23 novos polimorfismos associados à doença.

De acordo com eles. com outras 76 variantes previamente descobertas, as novas são responsáveis por um terço do risco hereditário de câncer de próstata. Os cientistas destacam que, mesmo homens sem histórico familiar da doença, podem exibir as mutações, o que não significa que pelo tato de portá-las desenvolverão a doença.

"Herdar uma única dessas variantes tem um efeito muito pequeno no risco", observa William B. Isaacs. geneticista da Faculdade de Medicina Johns Hopkins. "Contudo. alguns homens vão herdar muitas mutações, o que os coloca em um risco mais significativo para a doença, de três a seis vezes maior que a população em geral.
Aqueles que se encaixam nesse perfil podem se beneficiar com o escaneamento genético pre-coce", destacou. Para ele, a descoberta das 23 variantes pode ajudar a desenvolver testes e terapias mais eficazes.

O cientista diz que todas as 23 SNPs estavam localizadas em regiões do genoma que não codificam proteínas, sugerindo que as mutações podem ser importantes para a regulação dos genes, mais do que para a fabricação dos blocos construtores do DNA. Algumas delas já haviam sido associadas a outros tipos de câncer.


Vacina contra sarampo mata 15 crianças na Síria
18/09/2014 - O Estado de S.Paulo


Quinze crianças morreram depois de serem vacinadas contra o sarampo no norte da Síria, resultando na suspensão do programa de vacinação, disseram trabalhadores de auxílio na quarta-feira. A tragédia pode prejudicar a confiança nos serviços de saúde em áreas controladas por opositores ao regime do presidente Bashar Al-assad.
Uma investigação de um grupo de oposição sírio mostrou que um relaxante muscular que tinha um pacote semelhante ao da substância originalmente usada para diluir a vacina, foi usado na segunda aplicação das doses na província de Idlib, disse Mohammed Saad, da diretoria de saúde do governo interino de oposição da Síria.
"A investigação está em curso para encontrar quem é o responsável", disse Saad.
As quinze crianças que morreram na terça-feira eram menores de dois anos, e outras dezenas passaram mal por conta da aplicação da vacina.
A população que vive no norte da Síria depende amplamente do trabalho de uma série de agências da ONU e de ONGs que disponibilizam serviços médicos essenciais, principalmente depois que o levante contra o presidente Bashar al-Assad evoluiu para uma guerra civil.
O conflito que dura três anos deixou 10,8 milhões de pessoas em necessidade de auxílio urgente, com 4,7 milhões de pessoas em áreas difíceis de serem atingidas.
A segunda rodada da vacinação contra o sarampo havia começado em Idlib e Deir ez Zor na segunda-feira.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que "disponibilizou uma equipe de especialistas para garantir assistência na investigação do incidente", mas ressaltou que é vital que os esforços para a imunização sejam retomados na Síria.
possível.
 


 

 

Icone do VLibras Widget. Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana.