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Anvisa determina apreensão de lotes de medicamento Hormotrop
16/09/2014 - Portal Valor Econômico

BRASÍLIA - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta terça-feira (16) a apreensão e inutilização, em todo o país, dos lotes CC21236 e CC21237 do medicamento Hormotrop (somatropina), apresentação de 12 UI Pó Liófilo Injetável, indicado para crianças com distúrbios causados pela deficiência do hormônio do crescimento. Apenas os lotes que se encontrem em estabelecimentos que não sejam órgãos públicos deverão ser recolhidos.
A empresa detentora do registro do medicamento, o Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda., informou que existem unidades falsificadas do medicamento disponíveis no mercado, já que os lotes legítimos foram distribuídos apenas para órgãos públicos.
A resolução foi publicada no Diário Oficial da União. A Agência Brasil já entrou em contato com a Amgen, empresa proprietária do Laboratório Bergamo e aguarda posicionamento.
Na mesma publicação, a Anvisa determinou a suspensão da fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e do uso do produto Coletor de Perfuro-Cortantes, fabricado e comercializado pela empresa JSM Indústria e Comércio de Produtos Manufaturados Ltda. O produto não tem o devido registro na Anvisa.
O produto Deslip (chytosan associações) também foi suspenso, pois não tem registro. A embalagem do produto cita a empresa Fitobras – Indústria e Comércio de Produtos Fitoterápicos como fabricante, mas não informa o endereço da empresa. Além disso, o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica é inválido.


Pesquisa e desenvolvimento

 

Mosquito contra a dengue será solto no Rio
17/09/2014 - Valor Econômico


Cientistas que trabalham para eliminar a dengue, uma doença tropical, estão conduzindo um experimento de erradicação em várias regiões do mundo.


Ele ocorre num momento em que uma epidemia mortal da doença atinge a Malásia e há registros recentes no Japão, o primeiro surto nesse país em 70 anos. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também apareceu em alguns estados do sul dos Estados Unidos, incluindo Flórida e Texas.

Não há cura para a dengue, um vírus que com frequência causa febre alta, dor muscular intensa e convulsões. Em casos extremos a doença pode ser fatal. O tratamento praticamente se limita a manter o paciente hidratado. O avanço da dengue tem sido considerado impossível de deter.

Agora, uma equipe liderada por cientistas australianos está se preparando para lutar contra a doença soltando um exército de mosquitos criado especialmente com uma bactéria chamada Wolbachia, que, segundo eles, pode praticamente eliminar a dengue. Milhares de mosquitos criados em laboratório foram recentemente soltos na antiga cidade indonésia de Yogyakarta. Um outro grande número de mosquitos deve ser liberado pelos cientistas em favelas no Rio de Janeiro, no fim deste mês.

A ideia é que esses mosquitos portadores da doença se reproduzam com os insetos selvagens, que então transmitirão a bactéria para seus descendentes, tornando-os imunes à dengue. Com o tempo, os pesquisadores esperam que as populações de mosquitos na natureza capazes de transmitir a doença acabem diminuindo drasticamente.

"Não há nenhuma proteção real, no momento, contra a dengue", diz Scott O'Neill, chefe de programa do projeto internacional chamado "Elimine a Dengue", que está liderando as experiências. Os esforços atuais para conter a doença, incluindo pulverizar inseticidas e reduzir os habitats de reprodução dos mosquitos, não têm sido suficientes. "A doença está cada vez mais grave, os surtos ficando mais frequentes e a distribuição geográfica está cada vez maior", diz ele.

Outras áreas programadas para futuros experimentos incluem Medellín, na Colômbia, e o destino turístico vietnamita de Nha Trang.

O projeto "Elimine a Dengue" foi iniciado por O'Neill em 2005 e agora envolve cerca de 60 pesquisadores em dez países. O'Neill, que tem 52 anos de idade e é reitor de ciências na Universidade de Monash, em Melbourne, na Austrália, descobriu que as bactérias Wolbachia podem invadir certos insetos enquanto estudava doenças tropicais pouco conhecidas. Mais tarde, foi pioneiro no uso da bactéria para combater a dengue. Foram necessários anos para desenvolver a técnica para implantar a Wolbachia em mosquitos Aedes aegypt, nos quais ela não ocorre naturalmente. As bactérias parecem interferir na capacidade do vírus da dengue de se replicar.

"O que me interessou na Wolbachia foi como ela podia invadir populações de insetos e se conservar e como seria um bom veículo para inserir certos traços em populações de mosquitos", afirma O'Neill.

Até agora, a pesquisa sobre os mosquitos portadores da bactéria Wolbachia envolveu testes em laboratório e testes de campo em pequena escala, com resultados encorajadores. No ano passado, um surto de dengue na cidade australiana de Cairns, com 125 pessoas infectadas, levou O'Neill e sua equipe a soltar mosquitos em alguns bairros. O resultado foi uma redução acentuada no número de insetos capazes de transmitir a doença, diz ele.

O'Neill diz que a equipe do "Elimine a Dengue" continuará acompanhando as comunidades onde os mosquitos Wolbachia estão sendo soltos para avaliar se há menos casos de dengue do que em áreas onde os insetos criados em laboratório não foram introduzidos.

O projeto "Elimine a Dengue" conseguiu captar US$ 40 milhões em financiamento nos últimos dez anos, já que as pesquisas mostraram bom potencial.

"Estamos entusiasmados com o progresso do projeto até o momento e com seu potencial de gerar uma abordagem sustentável ao controle da dengue", disse Fil Randazzo, porta-voz sobre a dengue da Fundação Bill e Melinda Gates, que contribui com o projeto. "É importante notar, porém, que a pesquisa ainda está em curso e o conceito ainda não foi comprovado", ressaltou.

Antes da liberação de mosquitos Wolbachia no Brasil, O'Neill diz que a equipe do projeto reuniu-se com moradores da área em grupos focados no assunto e foi de porta em porta para responder às dúvidas. As pessoas queriam saber se a técnica é segura e se iria perturbar o equilíbrio natural do meio ambiente. Ele diz que explicou que a bactéria Wolbachia ocorre naturalmente em outros insetos que picam as pessoas e, aparentemente, não causou efeitos nocivos.

A Organização Mundial de Saúde estima que entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas em todo o mundo são infectadas anualmente com dengue, principalmente em regiões da Ásia e Oceania. Os cientistas advertiram que as mudanças climáticas podem ajudar a doença a se alastrar por áreas turísticas, como o sul da Europa.

Apesar de a malária infectar e matar mais pessoas anualmente do que a dengue, há medicamentos para ajudar a prevenir e tratar a doença, causada por um parasita. A Sanofi Pasteur, laboratório farmacêutico francês, está desenvolvendo uma vacina contra a dengue, que é causada por um vírus, mas os resultados mostraram que ela não é eficaz em muitas pessoas.

"O que estamos fazendo agora não está realmente funcionando muito bem" para evitar que a dengue se alastre, diz O'Neill. "Mas estamos nos sentindo confiantes e muito animados sobre o que os próximos anos podem trazer."



Na Austrália, uma vacina em forma de esparadrapo
17/09/2014 - Valor Econômico


Um método de vacinação que usa uma espécie de pequeno esparadrapo (patch, em inglês) do tamanho de um selo, substitui agulha e seringa e está sendo considerada uma tecnologia inovadora. Foi desenvolvida pela Vaxxas, uma pequena companhia de biotecnologia da Austrália.

A invenção do professor Mark Kerdall, engenheiro biomédico da Universidade de Queensland, é chamada de "'Nanopatch". Ela ganhou ontem o apoio formal da Organização Mundial da Saúde (OMS). Também já tem financiamento de grupos como a farmacêutica Merck, um grande produtor de vacinas.

Kerdal disse ao Valor que a decisão da OMS de apoiar financeiramente o projeto significa um passo importante na comercialização da tecnologia.

A expectativa é de que em quatro anos esse método de vacinação estará pronto para uso. Poderá ainda participar do combate ao que restará de pólio, mas também poderá ser usada para vacinação de malária e contra uma série de doenças animais.

A agulha e a seringa tradicional permitem que a vacina seja aplicada no músculo. O ''Nanopatch'' tem como alvo as células do sistema imunológico abundantes sob a pele, aumentando a eficácia da vacina.

O pequeno esparadrapo só precisa ser colocado na pele por alguns minutos, de forma que evita também custos de treinamento de pessoal.

O Nanopatch não necessitará ser mantido sob refrigeração para manter sua eficácia. Isso, observa o professor, abre a possibilidade de transportar e aplicar a vacina contra a poliomelite em vários regiões do mundo.



Um biossensor detecta câncer de mama
17/09/2014 - O Globo


Normalmente identificado por meio da mamografia, quando o aglomerado de células alteradas já é "visível" o câncer de mama poderá ser detectado em fase ainda mais inicial, antes mesmo da formação do tumor. Um biossensor que cabe na palma da mão, criado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), identifica a doença precocemente no sangue as, o que pode facilitar a antecipação do tratamento e aumentar as chances de cura.

ROBÔ PREPARA AMOSTRA DE SANGUE

O dispositivo foi desenvolvido no Laboratório de Imunopatologia, da UFPE, em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), que criou um robô para tratar e preparar a amostra do sangue colhido nas pacientes. Só depois o sangue passa pelo biossensor, que examina um marcador biológico relacionado com o câncer.

Os pesquisadores do C.E.S.A.R ainda estão aperfeiçoando o robô para que ele se torne portátil e possa, assim, ser levado a comunidades de difícil acesso. Eles acreditam que a versão mais enxuta da máquina fique pronta dentro de um ou dois anos, segundo Filipe Villa Verde, um dos envolvidos no projeto. O robô permitirá que a análise da amostra do sangue seja Nos exames com mamógrafos feitos no Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas particulares, o câncer de mama só é identificado a partir de um determinado tamanho do tumor já instalado (0,5 milímetro). No proposto pelos pesquisadores, o diagnóstico pode sair bem mais cedo.

— O biossensor monitora as moléculas do DNA ou RNA no sangue. Assim, antes de o tumor chegar aos 0,5 mm, conseguimos identificar que a mulher está com câncer — afirma Débora Zanforli, uma das responsáveis pelo estudo.

Ainda este ano, o sistema começará a ser testado no Hospital Barão de Lucena (HBL), que atende pelo SUS a 1.300 pacientes com câncer de mama por mês. O chefe do setor de mastologia do HBL, Darley Ferreira Filho, é um dos entusiastas do projeto. Ele lembra o alto custo dos equipamentos de mamografia e ultrassonografia (que variam de R$ 50 mil a R$100 mil) e relata a dificuldade que as mulheres, principalmente do interior, enfrentam para ter acesso aos exames preventivos, concentrados nas grandes cidades. O Instituto Nacional de Câncer estima que pelo menos 57 mil casos da doença serão registrados este ano no país.

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

O projeto inovador para diagnóstico precoce do câncer de mama será levado para a iGEMCompetition 2014, que ocorre em outubro, em Boston, devendo reunir mais de 3 mil participantes. A equipe será a única do Nordeste a participar do evento. A iGem Competition foi criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês) para promover a evolução da biologia sintética no planeta.


Saúde
 

EUA enviam 3.000 soldados contra ebola
17/09/2014 - Folha de S.Paulo

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça (16) que enviarão 3.000 soldados à Libéria para ajudar a controlar o surto de ebola. O país é o mais afetado pela epidemia, que já matou 2.461 pessoas na África ocidental, segundo o balanço divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça.

Em encontro com médicos do hospital que tratou dois americanos infectados na Libéria, o presidente Barack Obama disse que a epidemia "está fora de controle".

Os soldados americanos irão trabalhar na construção de 17 centros de tratamento com cem leitos cada, um centro militar de controle na capital, Monróvia, e no treinamento de agentes de saúde.

Desde o último dia 5, a OMS não divulga nenhuma estimativa de casos ou mortes pelo ebola na Libéria. A diretora-geral da entidade, Margaret Chan, disse que não há um único leito disponível para infectados no país.

O vírus também provocou mortes em Serra Leoa, Guiné e Nigéria. Segundo o último balanço da OMS, 4.985 casos da doença foram registrados.

O surto que atinge a República Democrática do Congo, onde 62 casos e 35 mortes ocorreram, é causado por outra variante do ebola.

Em meio à escalada de mortes --40% delas somente nos últimos 21 dias--, a Casa Branca pediu mais US$ 88 milhões ao Congresso dos EUA, elevando o montante da ajuda americana aos países afetados para US$ 250 milhões.

O Banco Mundial aprovou nesta terça uma doação de US$ 105 milhões às três nações mais atingidas --Libéria, Guiné e Serra Leoa.

A ONU, porém, solicitou que US$ 1 bilhão fosse doado aos três países. A entidade calcula que 22,3 milhões de pessoas vivem nas regiões afetadas pelo ebola.

A OMS afirma que precisa de equipes médicas estrangeiras com 500 a 600 especialistas, e de pelo menos 10 mil agentes de saúde.

Até agora, apenas Cuba e China anunciaram o envio de médicos, ambos com destino a Serra Leoa. O país latino-americano irá enviar 165 pessoas, enquanto Pequim contribuirá com 174 profissionais e um laboratório móvel.


Emergência deve atender paciente em até 2 h, diz conselho de medicina
17/09/2014 - Folha de S.Paulo


O CFM (Conselho Federal de Medicina) estabeleceu prazos máximos para o atendimento de pacientes em serviços de emergência e urgência, além de diretrizes para que conselhos locais e o Ministério Público sejam acionados em casos de falta de vagas.

Segundo as resoluções, já em vigor, pacientes que chegam a esses serviços devem passar pela classificação de risco imediata e, após essa etapa, devem ser atendidos em, no máximo, duas horas --casos graves devem ser atendidos imediatamente.

Os prontos socorros e outras emergências podem cuidar de cada paciente por um período máximo de 24 horas. Depois desse prazo o paciente precisa ter alta, ser transferido ou internado.

Em caso de falta de vagas, o diretor técnico do hospital deve notificar o CRM (Conselho Regional de Medicina) e o gestor responsável local, que deverá buscar uma solução. Se ele for omisso ou se recusar a resolver a crise, o diretor técnico do hospital deve comunicar "imediatamente" ao Ministério Público.

De forma geral, as resoluções mesclam novos padrões para o atendimento com regras já estabelecidas, mas pouco usadas, criando um grupo de diretrizes que podem facilitar a sanção de diretores técnicos e gestores.

"Não temos a ilusão que todos problemas das UPAs e emergências estarão solucionados. Mas [as resoluções] apontam para soluções. Pela primeira vez, darão aos CRMs, sindicatos dos médicos e, também, ao Ministério Público meios para implantarem ações para cobrar dos gestores a solução dos problemas", disse Mauro Ribeiro, relator das resoluções.

Ribeiro diz que, em caso de falta de vagas na rede, é preciso que os gestores públicos contratem leitos privados.

Carlos Vital, presidente em exercício do conselho, afirmou que é uma tentativa de "redução de danos" e de se encontrar caminhos em meio ao caos instalado. Disse ainda que a medida não tem relação com a campanha eleitoral.

As resoluções reforçam que a passagem do plantão deve ser feita de um médico ao outro. E afirma que cada paciente tem direito a ter um médico formalmente responsável por ele.

Também proíbem que pacientes fiquem intubados em ventilador artificial nas UPAs.


País tem primeira transmissão de vírus similar ao da dengue
17/09/2014 - Folha de S.Paulo


Pela primeira vez na história, o país registrou transmissão do vírus chikungunya em território brasileiro. Conhecido como "primo da dengue", ele também é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Segundo o Ministério da Saúde, dois casos --de um pai de 53 anos e sua filha de 31 anos-- foram confirmados em Oiapoque (AP).

"Como eles não relataram viagem a nenhum país que tenha transmissão, estamos considerando dois casos autóctones", disse Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério.

Até esta terça-feira (16), só se sabia de 37 casos "importados", em pessoas que foram infectadas no exterior.

Os sintomas de dengue e chikungunya são similares, incluindo febre, mal estar, dor de cabeça e dores nas articulações --no caso da chikungunya, essas dores podem durar três meses.

De acordo com Barbosa, a febre chikungunya raramente se torna um caso grave, o que pode acontecer em idosos com outras doenças, como câncer e cardiopatias graves.

Uma das preocupações do ministério é que a circulação da nova doença no país dificulte o diagnóstico da dengue, potencialmente mais grave, nos pacientes.

Barbosa diz que será difícil conter a infecção da chikungunya. Desde dezembro de 2013, as Américas registraram 650 mil casos suspeitos dessa febre, com cerca de 9.000 casos confirmados em laboratório.

Já foram registrados casos em quase todos os países do Caribe e nos EUA.

Assim como a dengue, a transmissão dessa febre se concentra nos verões com chuva, ou seja, entre janeiro e maio no Brasil. E a prevenção é feita da mesma forma, com eliminação de focos de água parada.

Barbosa afirma ser difícil prever o comportamento do novo vírus no curto prazo, mas diz que o sistema de saúde se prepara para "o pior cenário". "Fizemos plano de contingência que vem sendo aplicado", diz Barbosa.



Obama diz que ebola é ameaça geopolítica
17/09/2014 - Valor Econômico


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem o envio de 3.000 militares para ajudar a controlar o surto de Ebola na África. No mesmo dia, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu US$ 1 bilhão em ajuda para combater a epidemia.
Em pronunciamento ontem no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) Obama disse que o vírus ebola pode ter um impacto geopolítico mais amplo se não for combatido o quanto antes e pediu para a comunidade internacional se engajar mais para ajudar a África a conter a doença.
"Essa é uma epidemia que não é apenas uma ameaça à segurança regional, é uma ameaça potencial para a segurança global, caso esses países entrem em colapso, se suas economias entrarem em colapso e as pessoas entrarem em pânico", disse Obama.
Segundo o presidente, trata-se de "uma ameaça real e que demanda uma ação conjunta de diversos países". "Vamos nos esforçar para mobilizar a comunidade internacional na luta contra o ebola e para manter os americanos seguros." Ele acrescentou que as chances de um surto da doença nos EUA "são extremamente baixas". Segundo o presidente, a forma de combater o vírus não é "um mistério, o que dá esperança que ele pode ser vencido".
Os EUA anunciaram que vão enviar um grupo de 3.000 militares para a África para estabelecer um centro de comando na Libéria - um dos países mais afetados pela epidemia -, que irá coordenar a ajuda internacional, a construção de centros de tratamento e o treinamento de profissionais locais da saúde. O plano faz parte da ofensiva de Obama contra o ebola.
De acordo com dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 4.784 pessoas já foram infectadas pelo vírus, das quais pelo menos 2.400 morreram nos últimos meses.
A ONU calcula que 22,3 milhões de pessoas vivem nas regiões afetadas pelo ebola e precisam de ajuda, segundo um documento publicado ontem. No documento, a entidade apresenta uma estimativa de que 20 mil pessoas estarão infectadas com o vírus do ebola até o fim do ano. "Queremos impedir o total desmoronamento dos sistemas de saúde dos principais países afetados", afirmou a diretora de operações humanitárias da ONU, Valérie Amos.


Esgota-se o tempo para frear o ebola, alerta Médicos sem Fronteiras
16/09/2014 - Portal Valor Econômico


SÃO PAULO - Aumentaram os esforços internacionais para frear a propagação acelerada do ebola na África Ocidental, mas a resposta continua lenta e o tempo para atuar está no fim, alertou a ONG Médicos Sem Fronteiras.
Especialistas em saúde pública e governos africanos criticaram a reação internacional, considerando-a muito lenta. O surto atual da doença atinge a Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria e Senegal e matou cerca de 2,4 mil pessoas.
A expectativa é que os Estados Unidos enviem 3 mil soldados para a região afetada pelo vírus e a Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que a China se comprometeu em enviar uma equipe móvel para Serra Leoa com epidemiologistas, médicos e enfermeiras.
Cuba prometeu também enviar mais 160 trabalhadores de saúde.


 

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