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Remédio caro
15/09/2014 - Carta Capital

Cientistas e clínicos especialistas em doenças autoimunes do sistema nervoso, em especial a esclerose múltipla, vieram de todas as partes do mundo para Boston, nos EUA, para debater o tema no encontro anual dos comitês americano e europeu.

Vinte anos atrás, o primeiro tratamento eficaz para essa doença foi liberado para comercialização. O Interferon Beta, desenvolvido inicialmente para tratar outra doença, encontrou seu destino controlando surtos de inflamação no cérebro e na medula espinal provocados pela doença autoimune, que ocorre quando o nosso sistema de defesa passa a atacar o próprio corpo, chamada esclerose múltipla. O desenvolvimento do Interferon foi inicialmente patrocinado pela agência do governo americano National Institutes of Health (NIH) e depois a droga passou a ser comercializada pela indústria farmacêutica. A partir daí diversas drogas foram desenvolvidas para a doença, hoje são mais de 12 aprovadas e em uso. Juntas, mudaram por completo a vida das pessoas que sofrem de esclerose múltipla.

Espera-se que até 2020encontremos medicações que não só interrompam por completo a progressão da doença, mas que também f promovam a recuperação de várias sequelas. Já existe uma medicação que melhora a marcha de pessoas com esclerose múltipla e que precisam do auxílio de bengala ou cadeira de rodas.

Encontrar uma nova molécula com uso terapêutico é como achar uma agulha no palheiro. De cada 10 mil moléculas desenvolvidas, uma vira remédio. Na área da neurologia isso demora em média 15 anos, da formulação até a liberação para uso, e custa em torno de 1,2 bilhão de dólares. Bibiana Bielekova, chefe da Unidade de Doenças Neuro-Imunológicas do NIH, acredita que a conta não pode ser paga só pelos governos, pois não existe uma estrutura pública que associe o espírito de encontrar a cura de uma doença com o interesse em produzir e comercializar medicamentos. É aí que entra a iniciativa privada.

O órgão público que mais financia estudos para desenvolvimento de drogas é o NIH. Foram 29,2 bilhões de dólares em 2012, enquanto a indústria farmacêutica gastou 51,1 bilhões no mesmo ano. O NIH investe a maior parte de seus recursos em estudos básicos para descobrir o porquê do aparecimento de uma doença e potenciais alvos para medicações, enquanto a indústria farmacêutica gasta seu dinheiro desenvolvendo e testando clinicamente as novas drogas.

Poucas são as indústrias que mantêm investimentos na neurologia, já que o tempo de descoberta e aprovação de uma d roga é muito mais longo. Mesmo assim é na neurologia onde estão as maiores demandas da humanidade, a descoberta da cura da doença de Alzheimer, da doença de Parkinson, do autismo e da esquizofrenia, além de um tratamento eficaz para seque-las de acidente vascular cerebral (AVC) e da lesão cerebral por trauma.

Há, portanto, uma oportunidade que é associar os esforços de ambos: o governo poderá dedicar recursos onde a indústria não está, e vice-versa. Esse debate deve nos servir como lição, pois se no Brasil continuarmos achando que a associação da iniciativa privada com o setor público é um sacrilégio, permaneceremos na lanterninha do conhecimento e fadados a sermos meros consumidores da única indústria cujo valor agregado é maior que o da tecnologia da informação: a farmacêutica.


SUS oferecerá remédio para sintoma de autismo em 2015
13/09/2014 - O Globo

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer pela primeira vez, a partir de janeiro de 2015, um medicamento para tratar os sintomas de autismo, informou ontem o Ministério da Saúde. Conhecido como Risperidona, o remédio vai auxiliar na diminuição das crises de irritação, agressividade e agitação, sintomas comuns em pacientes com o transtorno. De acordo com o governo, o medicamento deve beneficiar cerca de 19 mil pacientes por ano.
— A medicação é liberada para o autismo há anos. É um medicamento excepcional, de primeira linha — comemorou o psiquiatra infantil Fábio Barbirato. — Mas é importante frisar que é apenas para um sintoma, a explosão emocional. Não há remédio nem dieta para o autismo em si.
A Organização Mundial da Saúde ( OMS) estima que 70 milhões de pessoas no mundo tenham a condição. No Brasil, a estimativa é que este número chegue a dois milhões. O ministério informou que vai investir R$ 669 mil para a compra da Risperidona.
A inclusão de medicamentos no SUS obedece às regras da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que exige comprovação da eficácia e segurança do produto por meio de evidência clínica consolidada para proteger quem fará uso do medicamento. Após a incorporação, o remédio pode levar até 180 dias para estar disponível ao paciente.
De acordo com Barbirato, a Risperidona é indicada no mundo inteiro, já sendo usada nos consultórios privados há algum tempo.
— Na rede pública, havia somente o antipsicótico Haldol, mas ele pode causar uma série de efeitos colaterais, como problemas hepáticos ou movimentos repetitivos nos membros.
O médico explicou, ainda, que o novo medicamento disponível no SUS é indicado para crianças a partir dos 5 anos de idade. No entanto, ressaltou que não são todas as crianças autistas que precisam tomar a Risperidona, já que nem todas demonstram os sintomas controláveis pelo remédio.
O autismo aparece nos primeiros anos de vida. Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e medicamentos como o Risperidona — que também é usado para os tratamentos de esquizofrenia e transtorno bipolar — podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias.
O último Manual de Saúde Mental (DSM-5, como é conhecido) classificou todos os distúrbios do autismo — incluindo o transtorno autista, o desintegrativo da infância, o generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e a Síndrome de Asperger —, valendo-se de um diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista (TEA). O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo depois do nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade de se comunicar e por comportamentos repetitivos.


Consumidor envelhece e não busca apenas remédio no balcão
15/09/2014 - Valor Econômico

O mercado de farmácias vem passando por intenso processo de transformação. Após expressivo crescimento nos últimos anos, o segmento mantém perspectivas bastante favoráveis. O consumidor está envelhecendo, busca planos de saúde, quer lojas perto de casa ou do trabalho e não quer comprar apenas remédios, mas outros itens como produtos de beleza.

De acordo com projeções da empresa de pesquisas e consultoria IMS Health, o mercado brasileiro de medicamentos deverá atingir faturamento de R$ 87 bilhões (a preço de fábrica) em 2017, com incremento médio ponderado de 13,3% ao ano entre 2013 e 2017. E um dos principais vetores dessa expansão é o envelhecimento da população aliado ao aumento na expectativa de vida.

O número de pessoas com mais de 60 anos - principal grupo etário consumidor de medicamentos - passou de 14,2 milhões em 2000 para 22,1 milhões em 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para as próximas décadas, o IBGE projeta evolução significativa para a população acima de 60 anos: 29,3 milhões em 2020; 41,5 milhões em 2030; 54,2 milhões em 2040; 66,5 milhões em 2050; e 73,6 milhões em 2060.

Ao analisar a participação dessa faixa etária em relação à população total, o crescimento salta aos olhos: de 8,2% em 2000 saltou para 11% em 2013 e deverá representar 23,8% em 2040 e chegar a 33,7% em 2060.

"São mais pessoas consumindo remédios por mais tempo e precisando deles para continuar vivendo bem", diz Marcílio Pousadas, presidente da Raia Drogasil, maior rede de farmácias do País em faturamento. O executivo cita, no estudo Valor Análise Setorial "Farmácias & Drogarias", outros impulsionadores do negócio: maior acesso a planos de saúde e melhoria de renda da população. Em 2013, a empresa teve receita de R$ 6,4 bilhões, com expansão de 15,6% na comparação com o ano anterior.

As redes filiadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) tiveram no primeiro semestre deste ano faturamento em torno de R$ 15 bilhões - quase 14% maior do que no mesmo período de 2013. As vendas de não-medicamentos somaram R$ 5,02 bilhões, representando 32,69% das vendas totais.

O "negócio farmácia" também ganha importância na estratégia das redes supermercadistas. Estas estão proibidas por lei de vender remédios nas suas gôndolas e prateleiras, mas podem ter farmácias operando de maneira autônoma, como uma prestação de serviço extra. "Cada vez mais o supermercado vem se convertendo num autêntico centro de compras e conveniência, com uma vasta gama de serviços ao seu consumidor. E as farmácias se inserem nesse contexto. Além disso, elas tendem a ter boa viabilidade financeira, necessitando de pouco espaço para sua implementação", diz Sussumu Honda, presidente do conselho consultivo da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados).

O segmento de farmácias de supermercados deve superar R$ 2 bilhões em 2014. "Trata-se de oferecer mais um serviço a esse contingente que envelhece e tem mais acesso aos tratamentos e medicamentos necessários para a manutenção de sua saúde", diz Honda.

Eduardo Rocha, diretor da IMS Health, observa que a farmácia deixou de ser o local "onde as pessoas vão procurar só remédios". Para Rocha, o varejo farmacêutico está muito mais parecido com o tradicional. "Briga pelo consumidor da mesma maneira que os demais segmentos varejistas."

"Tudo o que for referente à saúde e beleza nós vamos trabalhar com força", diz Pousadas, da Raia Drogasil. "Crescemos mais que os supermercados no segmento de beleza." Um dos trunfos é a combinação de conveniência e especialização. Nas lojas, para orientar o consumidor, há cerca de 280 consultoras de beleza - o número crescente de produtos e marcas deixou a venda no balcão mais difícil. "Vai vencer quem conseguir resolver essa complexidade", diz Pousadas.

A rede Pague Menos, com forte presença no Nordeste, não se vê "apenas como farmácia, mas como um lugar bastante conveniente para adquirir produtos correlatos a medicamentos", diz seu presidente, Francisco Deusmar Queirós. As linhas de higiene e beleza são grande motor de crescimento. No primeiro trimestre de 2014, responderam por 16,8% das vendas. E a categoria que engloba todos os produtos que não são de higiene e beleza ou medicamentos (de pilhas a papinhas) já representa 8,8% das vendas; cresceu 22,7% no primeiro trimestre de 2014 sobre o mesmo período de 2013.

O desempenho da rede Permanente, com cerca de 70 lojas distribuídas por Pernambuco, Alagoas e Paraíba, vem sendo impulsionado principalmente pela "migração de clientes para a classe C", diz Alexandre Alamarck, gerente-comercial da empresa. As vendas de itens de higiene e beleza, com destaque para perfumaria, equivalem a 40% do faturamento total.


Unidades de saúde ficam sem remédios
13/09/2014 - Folha de S.Paulo


Unidades municipais de saúde de Ribeirão voltaram a registrar falta de medicamentos. O deficit chega a nove tipos de remédio por posto de atendimento.

Esse, porém, não é o único problema. Quando há o remédio, os pacientes chegam a esperar até uma hora e meia na fila para retirá-los.

A Folha percorreu os postos nesta sexta-feira (12) e constatou o problema nas UBDs (unidades básicas distritais de saúde) do Sumarezinho, do Quintino Facci 2, da Vila Virgínia e Central.

Em nota, a prefeitura confirmou a falta de apenas um medicamento, o miconazol, e afirmou que os outros estão em período de reposição.

Na UBDS da Vila Virgínia, há uma lista na entrada da farmácia que aponta a falta de ao menos nove remédios, como antialérgicos e medicamentos para candidíase.

Na UBDS do Sumarezinho, há uma lista com quatro drogas em falta.

Já nas unidades Central e Quintino, não há lista exposta dos remédios em falta. Os funcionários das farmácias, porém, apontaram a ausência de hidróxido de alumínio, miconazol e metronidazol.

O presidente do Conselho Municipal da Saúde, José Ricardo Guimarães Filho, afirmou que começou a receber reclamações sobre a falta de remédios no início do mês.

Segundo Guimarães Filho, o problema ocorre porque há atrasos nos pagamentos da prefeitura a fornecedores e também às empresas que prestam serviços na área de saúde para a administração.

O governo Dárcy Vera (PSD) está em crise. Os débitos com fornecedores já alcançaram R$ 60 milhões neste ano, e a prefeita anunciou na quinta-feira (11) medidas para tentar estancar o crescimento da dívida.

A prefeitura nega que haja atraso aos fornecedores, porém, admitiu na última segunda (8) que atrasou pagamentos do Instituto Corpore, responsável por contratar médicos que atuam em unidades da cidade.

SEM CURA


A costureira Josefa Maria Bezerra, 54, foi buscar anti-inflamatório na UBDS do Quintino para a filha que está com inflamação na garganta e saiu de lá sem o remédio.

Já a aposentada Luzia Lobão dos Santos, 81, ficou na fila da farmácia da UBDS Sumarezinho mais de uma hora e meia para ser atendida.

Não há lá, nem na Vila Virgínia, filas preferenciais.

O delegado do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) Osvaldo Massaiti afirmou que a falta de remédios pode atrapalhar o tratamento dos pacientes, mas, em alguns casos, na ausência de um medicamento, um similar ou genérico pode ser indicado.

Em nota, a prefeitura informou que, exceto o miconazol, os demais medicamentos não estão em falta na Secretaria da Saúde e que devem ser distribuídos às unidades.

No entanto, segundo a prefeitura, o paciente pode ter procurado pelos remédios faltantes em um período de reposição e, por isso, deve voltar a unidade para obter o medicamento indicado pelo médico responsável.

Pesquisa e desenvolvimento 



Substância retirada do ipê pode ajudar contra leucemia
13/09/2014 - O Tempo

Uma substância derivada de árvores do ipê pode ser o caminho para o tratamento de leucemias, diferentes tipos de câncer que afetam os glóbulos brancos, células responsáveis pelo sistema de defesa do organismo.

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, identificaram três moléculas capazes de atuar sobre glóbulos brancos cancerígenos, sem afetar as células saudáveis. A descoberta pode levar à criação de fármacos específicos para o tratamento de diferentes tipos de leucemias. O trabalho foi publicado na revista científica "Europcan Journal of Medicinal Chemistry".

Os pesquisadores criaram as moléculas da união do núcleo das células de outras duas substâncias e as testaram em quatro linhagens diferentes de leucemia. Dos 18 compostos criados, três se mostraram mais potentes e com seletividade maior - atacaram as células cancerígenas e, em menor grau, as células saudáveis.



Japoneses fazem primeiro implante de células reprogramadas
12/09/2014 - Portal Folha.com


Uma equipe de pesquisadores japoneses fez nesta sexta (12) a primeira cirurgia com células-tronco reprogramadas para tratar um transtorno ocular que pode causar cegueira.
A operação usou as células iPS (células-tronco pluripotentes induzidas, na sigla em inglês). Essas células são obtidas a partir de células adultas que são "induzidas", por manipulação genética, a retornar a um estágio embrionário. A partir daí, os cientistas as estimulam a se diferenciar para formar o tecido desejado, no caso, a retina –por isso são chamadas de pluripotentes.
A paciente é uma mulher de 70 anos, segundo a equipe liderada por Masayo Takahashi, diretora do Instituto Riken.
Ela tem um tipo de degeneração macular ligada à idade, principal causa de cegueira entre pessoas com mais de 55 anos em países industrializados.
Em 2012, o japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gurdon receberam o Nobel de medicina por criar o método que permite reprogramar células adultas em células-tronco.
O uso de células iPS não apresenta problemas éticos importantes, diferentemente do que ocorre com as células-tronco obtidas de embriões humanos, daí a vantagem do método.


Saúde
 

Meningite mata dez por mês
13/09/2014 - O Tempo

A vacina gratuita está disponível apenas para crianças de até 2 anos no Brasil, mas a meningite atinge todas as idades. O público de 5 a 69 anos representa hoje 82% dos infectados por um dos tipos da doença, a meningocócica, que começou a receber imunização há cinco anos. Segundo especialistas, ampliar a faixa etária da vacinação no sistema público é a única forma de reduzir a incidência da infecção, que evolui rapidamente causando sequelas graves e mortes.

Apesar de a primeira vacinação ter ocorrido há quase 15 anos, uma média de dez pessoas morrem por mês por causa da meningite - cm um universo atual de 93 casos mensais em Minas, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). A doença afetou 18.602 pessoas no país em 2013 - 1.728 delas morreram está longe de ser erradicada, e não há previsão de ampliar a vacina.

"Para reduzir a incidência e a gravidade da doença, é preciso ampliar a cobertura de vacinas gratuita para adolescentes e adultos", avaliou a professora da faculdade de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lílian Diniz. Segundo ela, para se chegar ao diagnóstico o mais rapidamente possível, também é importante difundir formas de prevenção e sintomas. "Os sinais iniciais da meningite meningocócica são sentidos nas primeiras 12 horas, mas em 24 horas a doença geralmente evolui para a morte ou deixa sequelas, sendo a surdez a principal delas", pondera.

Coordenadora estadual de Doenças c Agravos Transmissíveis da SES-MG, Janaína Almeida afirma que um dos maiores desafios é evitar a transmissão. "Quem está perto do portador deve tomar precauções como se tratar com antibiótico. Mas também é preciso identificar a meningite rapidamente para prevenir outros contágios", pondera.

Vacinação.
Há dez anos, ainda bebê, Pedro Arthur, 11, teve a meningite meningocócica C e ficou tetraplégico. Desde então, o pai, Rodrigo Diniz, luta para instruir outras famílias e ampliar a cobertura vacinal no país. "Uma criança vacinada protege pelo menos duas pessoas, que são os pais dela. Para acabar com a meningite, precisamos estender a vacina até os 25 anos de idade, como ocorre nos Estados Unidos", destacou.

A professora da UFMG defende que todos que puderem devem buscar a vacinação, mesmo que precisem pagar pela imunização (leia mais abaixo). "O ideal seria fazer estudos para saber o comportamento da doença e identificar faixas etárias que estão sendo atingidas e devem ser vacinadas", afirmou a professora da UFMG.

De forma pioneira, a meningocócica C começou a ser imunizada em 2009 em Minas. Mas a vacina só previne contra o sorotipo C, o mais frequente no país. Segundo Lílian, já existe uma vacina que atinge vários tipos de meningocócica.

O Instituto Pedro Arthur - Brasil sem Meningites já recolheu 780 mil assinaturas para que a vacina contra a meningocócica C seja substituída pela mais ampla. "A meningite B chegou ao Brasil, e já temos vários casos e mortes", explica Diniz.

Número de casos sem diagnóstico subiu 16%

Aos 6 meses, Laura teve sintomas de virose. Nenhum dos cinco pediatras consultados pelos pais identificou a meningite pneumocócica, diagnosticada após febres altas e convulsões. Mas era tarde, e Laura teve paralisia cerebral. "Falta informação sobre a doença, até entre médicos", diz a mãe, a dona de casa Érika Batista, 32.

Ficam sem identificação 29% dos casos, índice que cresceu 16% em 2013 em relação a 2012 (ver arte abaixo). "É necessário fazer a coleta de um líquido que fica na coluna para saber a causa, mas a gravidade de muitos quadros impossibilita a coleta", diz a coordenadora da SES-MG, Janaína Almeida.

Risco. A meningite causada por tuberculose atinge mais a população acima de 20 anos. "Supomos que sejam pessoas com imunodepressão, diz Pedro Navarro, coordenador do programa Respira Minas."


Vacina e medo
14/09/2014 - O Estado de S.Paulo
Colunista: Jairo Bouer

Em 2007, a Austrália iniciou a vacinação gratuita contra o vírus HPV para as meninas de 12 a 18 anos. Na semana passada, um artigo do jornal The New York Times revelou uma queda de 61% na ocorrência das verrugas genitais nas mulheres jovens (de 15 a 27 anos) daquele país, de acordo com pesquisa publicada na edição de setembro da revista científica PLOS One.
O trabalho mostra que, nas demais faixas etárias e sexo não cobertos pelo programa de vacinação, os índices das verrugas genitais seguiram inalterados. O resultado aponta para a eficácia e o sucesso de um programa extenso e gratuito de vacinação na população-alvo contra o vírus HPV, que, além de causar as verrugas genitais (uma das DSTs mais comuns), tem relação direta com o câncer de colo de útero e com outros tipos de câncer relacionados à atividade sexual - pênis, ânus e orofaringe.
Há duas semanas, o Brasil iniciou a segunda etapa de vacinação contra o vírus HPV. A primeira dose havia sido dada seis meses antes, entre março e abril de 2014, para garotas de 11 a 13 anos. A terceira dose, no esquema de vacinação proposto pelo Ministério da Saúde, estará disponível para essas garotas daqui a 5 anos. Em 2015, será a vez de garotas de 9 a 11 anos serem vacinadas. Em 2016, aquelas a partir de 9 anos receberão a proteção.
Muito se falou na semana passada sobre a reação à vacina que foi constatada em 11 garotas que receberam a segunda dose, no dia 4 de setembro, em uma mesma escola estadual em Bertioga, na Baixada Santista. Elas apresentaram mal-estar após a aplicação. Oito foram levadas ao pronto-socorro e liberadas em seguida.
Três foram internadas para investigação. Duas delas tiveram alta na quarta-feira, sem nenhuma sequela, e uma seguia internada até sexta-feira. Ela se queixava de alteração de sensibilidade nas pernas, dores no corpo e dificuldade de locomoção.
Os exames neurológicos feitos descartaram paralisia ou dano neurológico nas garotas vacinadas. De acordo com Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, não houve problemas com armazenamento ou refrigeração do lote usado em Bertioga.
A hipótese mais provável até agora, reforçada pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, é de uma possível resposta psicogênica ao estresse de ser vacinada.
Curiosamente, essa resposta pode ser potencializada quando acontece dentro de um mesmo grupo. Uma garota sente-se mal ao receber a vacina - em geral, por medo do procedimento - e as demais ficam impressionadas com o ocorrido, podendo apresentar sintomas semelhantes.
Efeitos. Em agosto, um episódio envolvendo mais de 200 garotas em El Carmen de Bolívar, uma cidade no norte da Colômbia, pode ter tido a mesma causa. Elas começaram a apresentar sintomas como desmaios, dormência, tonturas, dores de cabeça e formigamentos. Para quem já trabalhou em emergências médicas, ver esse tipo de sintoma, após um momento de estresse, é relativamente comum. A maior parte das garotas colombianas, de forma semelhante ao que aconteceu em Bertioga, estudava em um mesmo colégio. Na ocasião, o ministro da Saúde do país falou em uma "reação psicogênica em massa" e desvinculou os casos de uma reação adversa à vacinação contra o HPV.
Na própria Austrália, em maio de 2007, logo depois do início do programa de vacinação, 26 de 720 garotas vacinadas de uma mesma escola tiveram exatamente os mesmos sintomas. Não foi encontrada nenhuma base orgânica para o quadro clínico. Quatro das meninas precisaram ser levadas para um hospital da região e depois foram liberadas.
Tanto uma avaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada em março de 2014, como o parecer do Centro de Controle de Doenças de Atlanta (CDC), nos Estados Unidos, de agosto de 2014, atesta a segurança do método. Já foram aplicadas mais de 180 milhões de doses da vacina no mundo todo e os benefícios são evidentes!
É PSIQUIATRA


OMS cobra ajuda do Brasil contra o Ebola
13/09/2014 - O Estado de S.Paulo


A Organização Mundial da Saúde (OMS) se queixa da falta de uma iniciativa do Brasil para ajudar na crise vivida pela África diante do surto de Ebola. Em declarações ao Estado, a diretora-geral da entidade, Margaret Chan, deixou claro que um apelo foi feito para Brasília. Mas até agora nada foi recebido.
“Falamos com o Brasil e pedimos ajuda. Estamos esperando”, disse Chan. Ela fez um apelo para que governos de todo o mundo enviem 1,6 mil profissionais de saúde e de médicos estrangeiros de forma urgente para a África, como forma de frear a proliferação do vírus. Ontem, Cuba anunciou o envio de 165 profissionais, maior contingente estrangeiro até agora. Eles desembarcarão em Serra Leoa no próximo mês.
A doença já matou mais de 2,4 mil pessoas (mais informações nesta página). “Não há indicação de que a epidemia esteja perdendo força”, alertou a OMS. A entidade afirma estar “especialmente preocupada” com a Libéria, onde 400 novos casos foram identificados em apenas uma semana. A própria OMS admite que os números reais são muito maiores e os governos da região mais afetada alertam que é a existência dos Estados que hoje está em jogo. A entidade também assume que a previsão de até 20 mil atingidos pelo surto poderá ser superada.
Diante desse cenário, a Organização das Nações Unidas passou a apelar diretamente aos governos. “Não há leitos para tratar Ebola na Libéria. Nossa resposta está se esgotando. Não há nem sequer sacos para cadáveres, material e salas de isolamento. Mas o que mais precisamos é de pessoas. Dinheiro é importante. Mas isso não vai parar o surto”, declarou Chan, que voltou a deixar claro que a região está “em guerra”.
Questionado pelo Estado se esperava que o Brasil enviasse médicos, a diretora evitou dar detalhes das negociações. “Não vou revelar o que estamos discutindo.
Mas não podemos determinar o que cada país dará.” Segundo Chan, os três países mais afetados na África - Serra Leoa, Guine e Libéria - precisam de 600 médicos e mais de mil profissionais de saúde. Hoje, a OMS mantém apenas 170 pessoas na região. Na Libéria, menos de 200 médicos locais estão trabalhando para atender 4,5 milhões de pessoas. “Precisamos ampliar em quatro vezes nossa operação”, disse.
Cubanos. O primeiro país a tentar capitalizar politicamente a situação é Cuba, que enviará em outubro 62 médicos e 103 enfermeiras para Serra Leoa. Havana não perdeu a ocasião para transformar o combate ao Ebola em um palanque.
Roberto Morales, ministro de Saúde de Cuba, explicou que todos os profissionais enviados vão em “caráter voluntário” e estariam dispostos a trabalhar ao lado “até mesmo de médicos americanos”.
Mas Morales insistiu que a ação de Cuba contra o Ebola “não é isolada”. “Há 55 anos damos apoio e solidariedade a vários países”, disse.
Segundo ele, 25,2 mil médicos estão atuando em 32 países - no Brasil, integram o Mais Médicos. Contando os profissionais do setor da saúde, como enfermeiras, o número chega a 50,7 mil cubanos pelo mundo. Segundo Havana, em meio século eles promoveram 207 bilhões de consultas e 8 milhões de cirurgias, além de imunizar 12 milhões de crianças.
Governo diz que profissionais não foram solicitados. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde brasileiro, Jarbas Barbosa, afirmou que o País não recebeu nenhum pedido oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o envio de profissionais à área afetada pelo Ebola. “Mesmo sem receber pedido de profissionais, o Brasil já fez doações aos três países mais afetados.
A OMS sabe disso, porque o transporte desse material teve de contar com os caminhões das Nações Unidas. Doamos quatro kits para a Guiné e cinco para Serra Leoa. E há cinco para a Libéria aguardando que as Nações Unidas indiquem como será feito o transporte por seus caminhões. Cada kit desses atende até 500 pessoas por três meses. Eles têm material médico e equipamentos, soro, luvas e gorros”, ressaltou.
arbosa disse ainda que o Brasil já comunicou ao escritório da OMS no País que doou cerca de U$ 400 mil (R$ 1 milhão) em dinheiro para ajudar na compra de material para os países que passam pelo surto. “Pedido específico de profissionais de saúde nunca recebemos”, disse. “Quando recebermos, vamos analisar.
Espontaneamente cadastramos profissionais que já estão prontos para serem enviados. Mas precisamos receber o pedido porque não dá para mandar profissionais assim aleatoriamente, pois em vez de ajudar atrapalharia”, afirmou.



Justiça manda clínica realizar exame pedido por cubano
13/09/2014 - O Estado de S.Paulo


Justiça Federal determinou que a clínica mineira que em julho se negou a realizar exame solicitado por um cubano do programa Mais Médicos execute o procedimento. A decisão, proferida anteontem, atende a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Saúde, que entraram com uma ação civil pública solicitando que uma paciente grávida atendida pelo cubano pudesse realizar seu ultrassom em uma clínica de Uberlândia, que havia anteriormente se negado a fazer o procedimento.
Em sua decisão, o juiz federal substituto da 1.ª Vara de Seção Subsidiária de Uberlândia Bruno Vasconcelos determinou que a clínica faça todos os exames oferecidos sem discriminação em relação ao profissional que solicitou os procedimentos.
A Justiça estipulou multa deR$15 mil por recusa, em caso de descumprimento.
Em nota divulgada ontem, o Ministério da Saúde afirmou que a decisão “evita que outras instituições possam adotar medidas semelhantes para recusar o atendimento à população”. Segundo a pasta, a Justiça acatou o argumento da AGU de que a recusa em realizar o exame fere a lei que instituiu o programa Mais Médicos, que prevê que os profissionais com exercício profissional no exterior, entre eles os cubanos, têm autorização para praticar a medicina no País, contanto que seja na área da atenção básica e na cidade para a qual foi designado.
Parecer. O Ministério da Saúde informou ainda que o governo federal está preparando um parecer jurídico para garantir que os estabelecimentos de saúde de todo o Brasil reconheçam os pedidos e prescrições feitos pelos integrantes do programa.
O documento teria como objetivo se contrapor a comunicados do Conselho Federal de Medicina (CFM) para que seus associados não aceitem pedidos dos médicos do programa que não têm o diploma revalidado.
O parecer será encaminhado para a presidente Dilma Rousseff.
Após aprovado, deverá ser seguido por todos os órgãos públicos, incluindo os Conselhos de Medicina.


Demora para marcar consulta faz paciente se automedicar
14/09/2014 - O Tempo


As longas esperas enfrentadas pelos brasileiros para marcar consultas especializadas, tanto na rede pública quanto na privada, têm feito com que muitos pacientes adotem uma prática, segundo médicos, bastante arriscada: a automedicação. Divulgado recentemente pelo instituto de pesquisa Expertise, um estudo mostrou que 40% dos brasileiros entrevistados neste levantamento admitiram tomar remédios por conta própria. Conforme os pesquisadores, o hábito é resultado de uma insatisfação com a prestação dos serviços de saúde no país. Ao contrário do que muitos pensam, porém, as reclamações não são exclusivas de quem depende do sistema público.

Segundo a pesquisa, que ouviu brasileiros de 429 cidades de todo o país, 60% dos usuários de planos de saúde consideraram a qualidade do atendimento regular, ruim ou péssima, e mais de 70% definiram da mesma forma (regular, ruim ou péssimo) os prazos para marcação de consultas na rede suplementar.

"O grande gargalo do sistema de saúde, seja na rede pública ou na privada, é a marcação de consultas ou exames. E isso tem levado as pessoas a se automedicarem e procurarem se informar sobre os problemas apenas na internet", afirma o diretor de inteligência da Expertise, Marcelo Cenni.

Quem faz uso de remédios sem indicação médica reconhece os riscos, mas admite que, com a dificuldade de agendamentos, a prática já acabou virando hábito. 'Tenho um clínico geral com quem me trato há anos pelo plano de saúde, mas às vezes demoro um mês para conseguir consulta, aí, dependendo do que estou sentindo, já tomo um remédio e pronto, melhoro", conta a aposentada Dalva Nogueira Miranda, 70, que já tem na ponta da língua os melhores medicamentos para dor no corpo e mal-estar. "Estou sempre indicando para as pessoas. De médico e louco, todo brasileiro tem um pouco", brinca.

Detalhamento. Conforme a pesquisa, apenas 27% dos entrevistados consideraram o prazo de marcação de consultas nos planos privados satisfatório. A maioria (54%) considerou regular, e 19% avaliou como ruim ou péssimo.

É o caso da artista plástica Claudete Ribeiro Campos da Cruz, 46, que já perdeu as contas de quantas vezes teve problemas para agendar dermatologistas e ginecologistas de sua confiança. "É muito ruim começar um tratamento com um médico e, na hora de voltar, só conseguir consulta para três meses depois. Acabei desistindo e indo para outro, mas fico insegura", afirma Claudete.


Saúde responde
13/09/2014 - Folha de S.Paulo


Tenho vitiligo há 53 anos e já fiz todo tipo de tratamento contra as manchas brancas. Hoje a doença estacionou nos pés e na barriga, mas continuo em busca de uma solução. Há novas terapias eficazes?


O vitiligo é uma doença autoimune, causada pelo ataque das defesas do próprio organismo aos melanócitos (células que produzem a melanina, pigmento que dá cor à pele). A doença pode ser genética. Segundo o dermatologista Marcus Maia, não há como tratar a causa da doença, e o tratamento visa ao controle das manchas. Uma das terapias mais recentes é o transplante de melanócitos a uma área do corpo atingida pela doença. Também podem ser usadas drogas imunomoduladoras e fototerapia. O dermatologista lembra, porém, que vitiligos antigos são como cicatrizes: as manchas ficam estabilizadas e não evoluem mais.


Ebola já matou mais de 2,4 mil pessoas na África Ocidental, diz OMS
12/09/2014 - Portal Valor Econômico


SÃO PAULO - A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira que o vírus do Ebola está se espalhando mais rapidamente do que a capacidade de conter a epidemia e alertou que o avanço pode gerar um desastre global, informaram agências internacionais. De acordo com a última atualização da OMS, mais de 2,4 mil pessoas morreram em decorrência desse último surto da doença, de um total de 4.784 casos.

Segundo as agências, Margaret Chan, diretora-geral da organização, disse que em Guiné, Libéria e Serra Leoa, os três países mais atingidos, ao vírus está fora de controle. As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa realizada mais cedo em Genebra. A diretora da OMS pediu ainda ajuda internacional “urgente” e ressaltou que os países afetados precisam também aumentar o número de médicos, enfermeiros e de centros de tratamento.

Balanço anterior, divulgado na terça-feira (9) pela OMS, apontou que número de mortos estava em 2,3 mil, de 4.293 casos na África Ocidental.

Segundo a “BBC”, o ministro da Saúde de Cuba, Roberto Morales Ojeda, anunciou durante a coletiva de imprensa em Genebra que o governo cubano enviará, por seis meses, 165 profissionais de saúde para Serra Leoa. Segundo ele, os primeiros médicos devem chegar ao país africano em outubro.

Ainda de acordo com a “BBC”, Chan elogiou a decisão dos cubanos e disse que "Cuba é mundialmente famosa por sua capacidade de formação de médicos e enfermeiros, por sua generosidade excepcional em ajudar outros países".


Cuba vai enviar 165 profissionais de saúde à África para combater o ebola
13/09/2014 - O Globo


O ministro da Saúde de Cuba, Roberto Morales Ojeda, anunciou ontem que enviará 165 profissionais de saúde à África Ocidental para ajudar no combate ao ebola. Em coletiva de imprensa na sede da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ojeda disse que os primeiros cubanos devem chegar a Serra Leoa no início de outubro.

Até agora, cerca de 2,3 mil pessoas morreram vítimas de ebola, e mais de quatro mil casos foram registrados na pior epidemia do vírus na História. O surto começou em março, afetando Libéria, Serra Leoa e Guiné, depois chegando à Nigéria e ao Senegal — uma estudante infectada cruzou a fronteira do país em 21 de agosto.
A diretora geral da OMS, Margaret Chan, saudou o comprometimento de Cuba dizendo que a atitude pode fazer “uma significativa diferença” em Serra Leoa.
— Já que estamos indo lutar contra o ebola, precisamos de recursos — disse o ministro. — Cuba é famosa por treinar médicos e enfermeiras e por sua generosidade na ajuda aos países amigos em busca do progresso.
A equipe de Cuba inclui médicos, enfermeiras, epidemiologistas, especialistas em controle de infecções e em UTI, bem como assistentes sociais.

BILL GATES: DOAÇÃO DE US$ 50 MILHÕES

A Fundação Gates, do bilionário americano Bill Gates e de sua esposa Melinda, anunciou esta semana que doará US$ 50 milhões para ajudar no combate à epidemia de ebola. A decisão segue outras contribuições dos governos de Reino Unido e EUA e da União Europeia.
A entidadade do fundador da Microsoft informou na quinta-feira que vai liberar imediatamente “fundos flexíveis” para as agências das Nações Unidas e outras organizações envolvidas no trabalho contra a doença, a fim de que possam comprar os suprimentos necessários. A fundação também comuda Defesa do país, Brownie Samukai, que disse na ONU que o vírus estava se espalhando como um “incêndio selvagem”, devastando tudo em seu caminho.

SURTO É UMA ‘PRAGA’
As declarações de Samukai foram ecoadas pela representante especial do secretáriogeral da ONU Karin Landgren. Ela disse que a Libéria está enfrentando sua mais grave ameaça desde a guerra civil de uma década que terminou em 2003. Ela considerou o surto como uma “praga” e sua propagação “impiedosa”.
A Libéria é a mais atingida entre as nações afetadas pela atual epidemia de ebola, com pelo menos 1.220 mortes registradas. Ao longo das últimas três semanas, o país verificou um aumento de 68% no número de infecções, e a Organização Mundial de Saúde estima que a estatística vai se acelerar nas próximas semanas. nicou que vai trabalhar com parceiros para acelerar o desenvolvimento de medicamentos e vacinas para combater o vírus.
O Reino Unido já havia prometido apoio de US$ 40 milhões, a União Europeia anunciou um financiamento de US$ 180 milhões, e os EUA já gastaram mais de US$ 100 milhões para conter a epidemia. Embora doações sejam sempre bemvindas, agências humanitárias dizem que a necessidade mais urgente no continente africano é o envio de equipes de peritos em contenção e de médicos.
A organização Médicos Sem Fronteiras ( MSF), por exemplo, já alertou sobre uma resposta internacional “letalmente inadequada”, dizendo que as equipes de resposta a desastres precisavam ser despachadas em colaboração com os países africanos afetados.
A epidemia de ebola é uma séria ameaça à própria existência da Libéria, afirmou recentemente o ministro.



 

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