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Droga que ativa imunidade contra câncer chega aos EUA
12/09/2014 - Folha de S.Paulo

Apresentada com destaque nos últimos congressos sobre câncer, a nova geração de imunoterápicos --remédios que ativam as defesas do organismo contra os tumores-- começa a chegar ao mercado.

A FDA (agência reguladora de medicamentos nos EUA) acaba de aprovar o pembrolizumabe para o tratamento de melanoma avançado (tipo agressivo de câncer de pele).

Em julho, o Japão aprovou outra droga similar, o nivolumabe, para a mesma doença.

Ambos têm como alvo uma proteína (PD-1) que aparece na superfície das células de defesa e impede que o corpo reaja contra o tumor. Com a droga, o organismo passa então a reconhecer o câncer como invasor e a atacá-lo.

Os remédios ainda estão em estudo, mas já foram aprovados por causa dos bons resultados apresentados em pesquisas iniciais.

O pembrolizumabe foi testado em 411 pacientes com melanoma avançado. Os efeitos colaterais mais comuns foram fadiga, tosse, náusea e diarreia, em geral mais brandos do que os causados por outros tratamentos.

Outra pesquisa com 173 pacientes mostrou que o medicamento era eficaz e gerou uma resposta (desaparecimento ou redução do tumor) em 26% dos voluntários.

A droga foi testada em pessoas que não responderam às terapias disponíveis, incluindo o ipilimumabe, primeiro imunoterápico a chegar ao mercado, em 2011, e que funciona de forma diferente dos dois aprovados agora.

"O conceito de ativar o sistema imune contra uma doença é antigo. Mas, agora, a imunoterapia está emplacando contra o câncer como nunca se imaginou. O tratamento do melanoma mudou radicalmente nos últimos cinco anos", afirma Rafael Schmerling, oncologista clínico do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes.

Ele diz que já se sabia que o melanoma está ligado de alguma forma à imunidade. Pacientes que têm esse câncer e desenvolvem vitiligo, uma doença autoimune, na qual as defesas atacam tecidos do próprio corpo, tendem a responder melhor ao tratamento. Já as pessoas com imunidade baixa (que fizeram um transplante, por exemplo, e tomam remédios que suprimem o sistema imunológico) têm pior prognóstico.

Além disso, não havia drogas muito eficazes para o melanoma, o que faz da doença um campo bom para estudos.

O preço do remédio, porém, deve dificultar seu acesso. Segundo a MSD, que fabrica o pembrolizumabe, o tratamento custará US$ 12.500 por mês nos EUA. Ainda não há previsão de aprovação no Brasil.

Mas a chegada de outros remédios do tipo ao mercado deve baratear o tratamento, segundo Fábio Nasser Santos, oncologista clínico do A.C.Camargo Cancer Center.

Espera-se que o nivolumabe, da Bristol-Myers Squibb, seja aprovado em 2015 nos EUA. A droga está em teste para melanoma e mostrou bons resultados para câncer de pulmão, rim e cabeça e pescoço. Os efeitos adversos mais comuns foram problemas no trato gastrointestinal, na pele e no sistema endocrinológico.

O desafio agora, segundo Santos, é selecionar os pacientes que vão se beneficiar mais do caro tratamento. "Já estão investigando qual paciente e em que fase do tratamento terá uma resposta melhor aos imunoterápicos."


 

Anvisa volta atrás e remédio equivalente não será mais barato
12/09/2014 - DCI

Diante das críticas do setor, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recuou e modificou a proposta de regras para equivalentes, remédios que, a exemplo dos genéricos, poderão ser comprados no lugar de medicamentos de referência. Em vez de uma embalagem própria, exibindo letras EQ e preços mais baixos, proposta original, os remédios que passarão a ser classificados nessa categoria – hoje similares – d evem manter a embalagem original.
A indicação da nova classificação, com o símbolo, virá apenas na bula. E não haverá alteração de preços. Quando a proposta foi lançada, em janeiro, a ideia era que equivalentes custassem 35% a menos do que os remédios de referência.
A minuta da proposta foi apresentada por diretores da Anvisa ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, e a representantes de produtores de medicamentos, e deverá ser colocado em votação no dia 25, em reunião do colegiado da Anvisa.
Atualmente, somente genéricos podem substituir receitas de remédios de marca, a chamada intercambialidade. A lei que criou genéricos, no entanto, determinou que até o fim deste ano todos os similares deveriam cumprir o mesmo processo.

 


Pesquisa e desenvolvimento 



Bactérias intestinais interferem em vacinas
12/09/2014 - Correio Braziliense

Epidemias de gripe são responsáveis por milhares de diagnósticos graves da doença que causa até meio milhão de mortes a cada ano. Pesquisadores do Emory Vaccine Center, nos Estados Unidos, descreveram, na última edição da revista Immunity, uma relação que pode reduzir o alto número de vítimas. Eles detalharam como os micróbios do intestino influenciam no efeito da vacina sazonal da enfermidade. Embora a imunização proteja o organismo contra a infecção viral, esses micro-organismos exercem grande papel no estímulo do sistema imunológico ao criar anticorpos mais eficientes para combater a doença.

Até onde sabemos, esse é o primeiro estudo a mostrar que a eliminação da microbiota intestinal com antibióticos prejudica as respostas imunes geradas pela vacinação, nomeadamente a contra a gripe sazonal" sustenta Bali Pulendran. O líder do estudo indica que a descoberta tem potencial de aumentara eficiência de estratégias globais de saúde pública contra a influenza. Outra aplicação potencial do estudo é a capacidade de manipular micróbios que vivem no intestino para tentar aumentar os efeitos da vacina.

Pesquisas anteriores desenvolvidas pelo mesmo grupo indicaram que a ação de anticorpos produzidos em adultos saudáveis vacinados contra a gripe sazonal estava relacionada com a expressão de um gene chamado receptor Toll like 5 (TLR5). Ele detecta a flagelina, uma proteína que ajuda na locomoção de bactérias. Diante dessas informações, a equipe passou a suspeitar que alguns micro-organismos que vivem no intestino — órgão envolvido em 70 a 80% das respostas imunes — estivessem influenciando os efeitos da vacina. Os pesquisadores ganharam mais motivos para acreditar que a hipótese poderia ser real com os resultados do estudo mais recente, feito com ratos (Veja infográfico).

Ao contrário das normais, as cobaias geneticamente programados para não ter o TLR5 tiveram respostas imunes prejudica-das ao receberem a vacina influenza trivalente inativada (TIV). Animais criados em ambientes esterilizados ou tratados com antibióticos também apresentaram defesas mais fracas. O mesmo foi detectado quando os ratos sem TLR5 foram vacinados contra a poliomielite, que possui o mesmo arranjo da TIV

"Ficamos surpresos ao descobrir o envolvimento desse gene na imunidade gerada pela vacinação contra a gripe. Nossa pesquisa mostra que a flagelina de bactérias do intestino estão sendo reconhecidas pelo TLR5 em células produtoras de anticorpos que responderam à vacina contra a gripe, e isso resulta na produção reforçada de anticorpos por essas células", disse o principal autor ao Correio.

Segundo Pulendran, ainda é cedo para afirmar que o efeito das imunizações vai depender da presença de bactérias no organismo. "Esse estudo foi feito em camundongos. Por isso, vai ser importante verificar essa observação em humanos", pondera. Ainda que seja cedo para especular os impactos clínicos da descoberta, o autor espera que os resultados obtidos demonstrem que a composição microbiana do intestino de diferentes populações seja levada em conta quando os impactos das vacinas forem avaliados.

Pulendran cita, no artigo, que outras pesquisas mostram que as imunizações tendem a ser menos efetivas em regiões subdesenvolvidas se comparadas a áreas industrializadas. Ainda não se sabe a razão disso, mas pode ser que as bactérias desempenhem um papel crucial. "Falta de saneamento leva ao aumento da exposição bacteriana fecal-oral nos primeiros anos de vida e à desnutrição ou as diferenças na natureza da dieta podem ser algumas das causas", diz o autor. "Todos esses fatores podem afetar a composição da microbiota e, potencialmente, influenciar o sistema imunitário."

Reações conectadas

O virologista Fernando Motta. pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz. explica que essa associação especifica com a influenza é nova. Mas a relação da microbiota intestinal com a resposta imunológica, não. Para ele, a grande ideia do trabalho é mostrar que o sistema de defesa funciona como um toda "Não necessariamente uma vacina destinada a um micro-organismo de contágio respiratório vai ficar confinado no trato respiratório. No arranjo das respostas de defesa, há ligações entre diferentes tecidos, sendo eles mais associados do que imaginamos", diz.

O especialista diz que. embora o trabalho seja preliminar, é valido para esclarecer a relação inédita da microbiota com os efeitos de uma vacina. "Já sabíamos que a gravidade de uma doença poderia ser maior ou menor de acordo com os micro-organismos do trato gastrointestinal e. por isso. o aspecto apontado por esses pesquisadores é interessante. Estamos acostumados a ver esses seres como inimigos, mas tenho plena convicção de que são mais amigos do que qualquer coisa. Apenas uma parcela pequena oferece dor de cabeça", conclui.

De acordo com o infectologista Alexandre Cunha, os médicos já levam em conta o estado de saúde do paciente antes de indicar uma vacina. "A gente sempre avalia se ele não tem nenhuma ocorrência clínica e se está tomando antibióticos. Se faz uso dos medicamentos, é porque precisa, porque tem alguma coisa acontecendo", conta o médico consultor do Laboratório Sabin, frisando, sem seguida, que não se deve parar de tomar os remédios para se vacinar. "Raramente. a vacina é uma coisa de urgência. Então, a gente espera que a condição se resolva antes de qualquer coisa."



 
 
Ebola dobra infecções em país africano
12/09/2014 - Folha de S.Paulo

O vírus do ebola infectou 62 pessoas na República Democrática do Congo (RDC), das quais 35 morreram, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

De acordo com o órgão, o surto no país não tem relação com a epidemia que já infectou mais de 4.000 pessoas na África Ocidental. O vírus que circula na RDC é uma variante do que afeta Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria.

Entre os dias 2 e 9 de setembro, foram registrados 31 novos casos, incluindo nove profissionais de saúde.

Para conter a doença, o governo do país está vigiando as fronteiras e fazendo uma campanha de conscientização com a população.

Este surto teria começado quando uma mulher cozinhou um animal selvagem infectado pelo vírus.

Trata-se do sétimo surto que atinge a RDC (antigo Zaire) desde 1976, quando a doença surgiu. O ebola emergiu no Zaire e no Sudão do Sul (na época, Sudão), em surtos praticamente simultâneos.

A OMS não recomenda nenhuma restrição de viagens ou comércio, exceto para pessoas com infecção confirmada ou suspeita.

O ebola está concentrado no distrito de Boende, no noroeste do país.

EFEITOS

A epidemia que atinge os países da África Ocidental também afeta sua economia.

Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), o crescimento da economia de Libéria e Serra Leoa pode diminuir em até 3,5 pontos percentuais, devido ao impacto do surto na agricultura e na mineração nos países.

"Os maiores setores dessas já frágeis economias estão sendo afetados", disse Bill Murray, porta-voz do FMI.

Segundo a instituição, o crescimento econômico em Serra Leoa deve cair para 8%. Neste ano, o crescimento foi de 11,3%. Já a Libéria deve ter crescimento de 2,5%, em comparação a 5,9% em 2014.

O ministro da Economia da Libéria, Amara Konneh, disse que o surto está ameaçando a recuperação pós-guerra civil do país. Segundo ele, a produção de comida, a mineração e o setor de serviços estão em queda.

"As empresas têm reduzido operações conforme os estrangeiros deixam o país por medo do ebola", disse. "Instituições estão reduzindo operações para manter o menor número de trabalhadores possível e evitar o contato próximo nos locais de trabalho", afirmou Konneh.

Na Guiné, o impacto deve ser menor. O crescimento previsto para o próximo ano é de 2,4%. Neste ano, foi de 3,5%.


FMI analisa ajuda a países afetados pelo vírus ebola
12/09/2014 - Valor Econômico


O Fundo Monetário Internacional afirmou ontem que está discutindo um aumento da ajuda financeira de emergência para Serra Leoa, Guiné e Libéria, num momento em que a crise do vírus ebola na África Ocidental abala as perspectivas econômicas e sobrecarrega as finanças desses países.
Cada um dos três países contempla um déficit de até US$ 130 milhões devido aos danos na agricultura, comércio exterior e outras atividades econômicas, diz o FMI. "Além das mortes que a epidemia está provocando, o ebola deve causar um prejuízo significativo às economias da Guiné, Libéria e Serra Leoa", disse ontem William Murray, porta-voz do FMI.
Este deveria ser um ano brilhante para esses três países extremamente pobres do leste da África, que estão arcando com o grosso do problema do ebola na região. Depois de passar 50 anos às voltas com ditaduras, a Guiné - uma democracia desde 2010 - planejava leiloar uma concessão multibilionária de minério de ferro. A Libéria, cenário de uma terrível guerra civil que durou 14 anos, havia começado a leiloar blocos marítimos de exploração de petróleo. E a Serra Leoa deveria ser a segunda economia de maior crescimento na África pela segunda vez em três anos, segundo projeção do FMI.
O fundo estima que a epidemia reduzirá a expansão econômica de Serra Leoa de 11,3% para 8% este ano. Já o crescimento da Libéria cairá para 2,5%, menos da metade do previsto, e o da Guiné recuará de 3,5% para 2,4%, segundo o FMI.
Murray disse que o FMI negocia a ampliação dos programas de financiamento desses países para garantir que tenham os recursos necessários para combater a epidemia e manter a economia funcionando. "Uma intervenção em larga escala e bem coordenada da comunidade internacional é urgentemente necessária para ajudar a controlar a epidemia", disse.
O Banco Mundial também elevou os empréstimos à região, mobilizando US$ 230 milhões para os três países mais atingidos, inclusive US$ 105 milhões em recursos de emergência. Além da Organização Mundial da Saúde (OMS), outras agências da ONU estão usando dinheiro para combater a epidemia, enviando suprimentos, remédios e outros materiais de emergência.
Mais pessoas já morreram nessa epidemia de ebola que em todas as anteriores juntas. A OMS, que prevê que 20 mil pessoas serão infectadas na região, disse na quarta-feira que já houve 2.296 mortes desde que o vírus ressurgiu, em abril, até a segunda-feira passada.
A epidemia está prejudicando significativamente a agricultura, já que os produtores estão abandonando os campos com medo de serem infectados. Isso interrompeu o comércio de bens agrícolas e a própria colheita, que estava começando. O setor é responsável por cerca de 40% da produção econômica da Libéria e de Serra Leoa e 25% da da Guiné. É também um grande empregador nesses países, o que significa que a queda na renda afetará boa parte da população.
Para piorar, o vírus gerou ainda novas e enormes necessidades orçamentárias. A Libéria tinha apenas seis ambulâncias antes desta epidemia. Serão necessárias muito mais para atender o grande número de novos casos diários e as mortes, dizem autoridades.
"O vírus está sobrecarregando o sistema", diz James Dorbor Jallah, coordenador nacional da Força Tarefa do Ebola na Libéria. "Estamos fazendo o melhor possível, mas estamos tão limitados." E acrescentou: "A comunidade mundial está levando muito tempo para responder, mas, se eles não responderem logo, o pesar que sentirão será pior do que sentiram depois de Ruanda. Será pior que aquilo".
O comércio foi interrompido em face do fechamento das fronteiras, numa tentativa de conter o vírus. As mineradoras que operam nos três países descartaram qualquer efeito imediato do vírus no setor, mas poderá haver um impacto se a epidemia não for controlada logo, dizem analistas.
Os trabalhadores estrangeiros foram embora da região e algumas empresas se perguntam quantos irão voltar. Em Serra Leoa e na Libéria, a maioria dos funcionários públicos também foi forçada a sair. Muitos dos que ficaram estão sendo direcionados para serviços de saúde. Em Monróvia, capital da Libéria, um edifício público depois do outro foi sendo fechado, sendo ocupados só por seguranças.
Cartazes em toda a cidade imploram às empresas para que paguem seus impostos. Mas grande parte das empresas estão paradas. Restaurantes fecharam porque os habitantes de renda mais alta deixaram a cidade e, também, devido aos toques de recolher às 20h, que prejudicam o movimento noturno. Apenas duas empresas aéreas ainda voam para o aeroporto nacional, que era outra fonte de renda para um país que havia previsto arrecadar só US$ 570 milhões em receita do governo neste ano, mesmo antes da chegada do ebola.
Serra Leoa, Libéria e Guiné foram, também, efetivamente isolados do resto do continente. De fato, outros países africanos impuseram embargos a aviões vindos desses países, reforçando o isolamento econômico. Com os dois principais centros de conexões aéreas do continente - os aeroportos de Johannesburgo (África do Sul) e de Nairóbi (Quênia) - agora fechados para o tráfego desses países, a quarentena está quase completa.
A OMS e outras entidades condenaram os embargos aéreos, e a União Africana informou, na segunda-feira, que havia sido decidido cancelar o embargo. Mas Quênia e África do Sul, onde os dois embargos mais importantes estão em vigor, ainda não manifestaram a intenção de revogá-los.
Os três países mais atingidos pelo ebola já participam de programas de socorro. O FMI aprovou um empréstimo de US$ 200 milhões para a Guiné, em 2012, outro de US$ 100 milhões para Serra Leoa, no fim de 2013, e assinou uma linha de crédito de US$ 80 milhões para a Libéria, dois anos atrás.


Doze médicos pedem demissão em Araraquara
12/09/2014 - Folha de S.Paulo


Doze médicos concursados que atuavam nas duas UPAs (unidades de pronto-atendimento) e no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Araraquara pediram demissão depois que a prefeitura começou a publicar, no início do mês, a escala dos médicos na entrada das unidades e na internet.
Investigações em andamento na Promotoria e na Câmara apuram supostas fraudes no cumprimento da carga horária dos profissionais.
A divulgação dos horários foi uma medida adotada pela prefeitura para inibir as faltas dos médicos na rede. A Procuradoria da República também recomendou ao município que publicasse a lista dos profissionais que deveriam atuar nas unidades.
O secretário da Saúde, Alvaro Martim Guedes, disse que nos últimos seis meses ao menos cinco profissionais usaram sistematicamente atestados. "São médicos que passavam um mês inteiro sem ir trabalhar. Chegavam a ter um salário razoável no final do mês, sem aparecer." Presidente do Sindicato dos Servidores, Valdir Teodoro Filho criticou a decisão da prefeitura e disse que a medida foi "imposição" e que não estão comprovadas as possíveis fraudes de médicos.


Alckmin recusa proposta da USP de assumir hospital universitário
12/09/2014 - Folha de S.Paulo


O governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, afirmou nesta quinta-feira (11) que o Estado não assumirá a gestão do HU (Hospital Universitário) nem a do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho), em Bauru --ambos da USP.

As transferências foram propostas pelo reitor Marco Antonio Zago como resposta a uma das mais graves crises financeiras da universidade, que tem 106% do orçamento comprometido com pagamento de pessoal.

Segundo a Folha apurou, a avaliação predominante na cúpula do governo foi a de que uma eventual transferência traria mais custos do que benefícios ao Estado.

Levantamento preliminar mostrava que seria necessário investir R$ 170 milhões no HU. Além disso, a transferência traria instabilidade aos servidores, pois o regime de contratação da USP é diferente do empregado pelo Estado.

A reitoria da USP não se manifestou sobre a decisão.

Em agosto, o Conselho Universitário da USP chegou a aprovar a entrega ao Estado do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho), em Bauru.

Somados, os hospitais representaram 7,7% do que foi gasto pela USP no ano passado --quase R$ 400 milhões.

"Nós [o governo] podemos ajudar o Hospital Universitário da USP, mas não passar [sua gestão] para o Estado", afirmou Alckmin.

COMPROMETIDO


Na tarde desta quinta, o governador se reuniu com médicos, alguns dos quais do HU. De manhã, visitou as instalações de um futuro hospital especializado em traumas em Alto de Pinheiros (zona oeste de São Paulo).

Vestindo camisetas e erguendo cartazes com mensagens contrárias à desvinculação do HU, 15 funcionários do hospital pediram ao governador que se comprometesse com a manutenção da gestão pela USP. "Está comprometido", respondeu o tucano.

O hospital atende boa parte dos moradores da região da Cidade Universitária, no Butantã (zona oeste).

O secretário de Estado da Saúde, David Uip, que acompanhava o governador, reforçou a posição. "Tem alguém que quer vender, mas o outro não quer comprar. Não tem discussão. A decisão nasce morta", disse.

Segundo Alckmin, está em curso programa estadual de recuperação de hospitais universitários de R$ 570 milhões.

HOSPITAL DE TRAUMA

O futuro hospital de trauma em Alto de Pinheiros receberá do governo estadual R$ 37,2 milhões apenas para a desapropriação do terreno do antigo hospital privado Panamericano.

As obras devem ser iniciadas no primeiro semestre do próximo ano.

A unidade funcionará com o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.


Cuba vai enviar médicos para combater Ebola
12/09/2014 - O Estado de S.Paulo


GENEBRA - Cuba vai usar parte de seus 4 mil colaboradores e médicos espalhados por 32 países africanos para ajudar a Organização Mundial da Saúde (OMS) a responder ao surto do Ebola que, segundo a entidade, pode contaminar mais de 20 mil pessoas. Na manhã desta sexta-feira, 12, Cuba anunciou que vai enviar 165 profissionais de saúde a partir de outubro para Serra Leoa.
"Se vamos para guerra contra o Ebola, precisamos de recursos para lutar", declarou Margaret Chan, diretora da OMS. Cuba se declarou como o primeiro país a atender aos apelos de ajuda da ONU para enfrentar a doença.
A doença já matou mais de 2,2 mil pessoas e contaminou oficialmente 4 mil. Mas a própria OMS admite que os números reais são maiores, e os governos da região africana mais afetada alertam que é a existência dos Estados que hoje está em jogo.
Diante do cenário, a ONU passou a apelar diretamente a governos de todo o mundo para que saiam ao socorro da região.
O ministro da Saúde de Havana, Roberto Morales, reuniu-se com a diretora da OMS, Margaret Chan, enquanto a imprensa oficial cubana se apressou em decretar que o regime de Raúl Castro era o primeiro no mundo a dar uma resposta aos apelos da ONU por ajuda na África.
No final da semana, o governo britânico anunciou o envio de médicos e de soldados para erguer um centro de atendimento em Serra Leoa, com capacidade para 62 leitos.
O governo dos Estados Unidos também anunciou ajuda, depois de um telefonema do diretor do secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, ao presidente Barack Obama.
Na Europa, Bruxelas anunciou 140 milhões de euros em ajuda e envio de equipes, enquanto a Fundação Bill e Melinda Gates prometeu nesta semana US$ 50 milhões para combater o vírus.
Para os órgãos oficiais cubanos, porém, "Chan manifestou seu agradecimento ao presidente cubano, Raúl Castro, por ser o primeiro país que dá um passo à diante depois do chamado da ONU e da OMS".
Morales, depois de visitar a OMS, indicou apenas que esperava que a entidade servisse como "coordenadora" das diversas colaborações internacionais que estão sendo anunciadas.
"Pela história de colaboração de nossos países, e em particular no campo da saúde, nos foi pedido que pudéssemos formar parte dos países que dão uma resposta de maneira inicial ao chamado urgente da África", explicou Morales.

 
 


 

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