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Medicamentos
02/09/2014 - Valor Econômico Um novo medicamento para o coração desenvolvido pela suíça Novartis reduziu o número de mortes em 20% quando comparado com um concorrente, segundo dados de estudo apresentado pelo laboratório durante congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia e publicado simultaneamente na revista "New England Journal of Medicine". Os resultados aumentam as perspectivas de que a Novartis tem um produto com potencial de vendas de bilhões de dólares. A Novartis pode ganhar entre US$ 2 bilhões e US$ 6 bilhões em vendas anuais com a comercialização do novo medicamento, segundo analistas. Pesquisa e desenvolvimento 02/09/2014 - Estado de Minas Recomendação é da OMS, após testes com mais de mil crianças indianas. Combinar as gotinhas com a imunização intramuscular reduz as chances de disseminação do vírus. A poliomielite é uma doença que afeta crianças e adultos, podendo levar à paralisia total ou parcial de membros. Na década de 1950, vacinas começaram a ser desenvolvidas para combater a enfermidade. Duas delas são as principais imunizações de hoje: a Sabin - com o vírus ativo da doença - e a Salk - com o microrganismo inativo. Não há um consenso sobre qual das alternativas é a mais eficaz para ajudar a pólio. Erradicar globalmente Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, realizaram um estudo cujo resultado mostra que um tratamento combinado é a melhor abordagem. Publicada na revista Science, a pesquisa foi feita na região de Uttar Pradesh, no Norte da índia, com cerca de 1 mil bebês e crianças. "Esse já foi o epicentro da transmissão global de poliomielite. Então, qualquer resultado encontrado nesse ambiente poderia ser aplicado em outros lugares também", justifica Roland Sutter, líder do estudo e coordenador de pesquisas sobre a poliomielite na OMS. Sutter ressalta que o debate acerca da eficácia das imunizações se deve às peculiaridades delas. A Sabin tem um perfil único para aumentara imunidade da mucosa, condição necessária para interromper a propagação da doença de pessoa para pessoa. "Por isso, ela tem sido a for- ma de tratamento mais usada em todos os países", explica Sutter. A Salk oferece a proteção pessoal, mas não auxilia tanto no combate à propagação da doença em comunidades porque não estimula a imunidade da mucosa da mesma forma que a primeira. A desvantagem da Sabin, administrada por via oral, é que o vírus ativo presente nela é eliminado do organismo por meio das fezes, o que pode facilitar a contaminação em áreas com estruturas de saneamento básico precárias. Para erradicar a doença globalmente. Sutter afirma que será necessário desenvolver uma abordagem que combata a propagação da doença de pessoa para pessoa e também por meio de fezes contaminadas. Lívia Ribeiro, infectologista do Hospital de Base do Distrito Federal, explica que a eliminação do vírus ativo nas fezes ocorre até seis semanas após a administração da vacina Sabin. "Essa característica pode resultar em risco para pessoas próximas não imunizadas ou que tenham algum tipo de imunodeficiência", reforça. Os participantes do estudo feito na índia foram divididos em dois grupos: um foi vacinado com a Sabin, outro, com a Salk. Após quatro semanas, todos receberam uma dose da Sabin. Mais de 3 mil amostras de sangue e mais de 5 mil de fezes foram coletadas e testadas para avaliar o aumento da imunidade da mucosa e a excreção do vírus. Os resultados indicaram que as crianças que receberam os dois tipos de vacina apresentaram menos eliminação viral nas fezes. "Está muito claro, agora, que as vacinas devem ser usadas de maneira complementar para interromper as cadeias finais de transmissão e. dessa forma, conquistara erradicação da doença", afirma Sutter. COMBINAÇÃO Segundo Paulo Gewehr, infectologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, os resultados indicam que o uso combinado das imunizações é importante principalmente em locais em que a cobertura vacinai ainda não é ideal e há surtos de paralisia infantil. "Essa abordagem já está sendo adotada em outros países também." "Apesar de o forte da campanha contra a paralisia infantil brasileira adotara Sabin, a das gotinhas, como principal abordagem, a Salk é recomendada por pediatras em casos específicos, como os de recém-nascidos que permaneçam internados em unidades neonatais durante a idade de vacinação", complementa Lívia Ribeiro. "Existe também uma recomendação para que crianças que receberam a Salk participem das campanhas com a Sabin após os quatro primeiros anos de vida, quando poderia diminuirá chance de complicações da vacina", diz a infectologista. Desde 2012, a campanha do Ministério da Saúde adota duas doses da vacina Salk em crianças que ainda não foram imunizadas contra a paralisia infantil. "Depois, a recomendação é de que todos com menos de 5 anos recebam a dose oral", explica. Para Lívia, todas as alternativas que possam ajudar a eliminar a poliomielite no mundo são bem-vindas, mas é preciso ir além. "Acredito que investimentos devem ser feitos de forma maciça para universalizar o acesso", afirma. Sutter concorda com a infectologista e explica que a preocupação atual não gira em torno apenas da erradicação da pólio, mas também de garantir que ela permaneça extinta. "Esse estudo tem implicações não apenas para as nações afetadas, mas para praticamente todos os países ao redor do mundo a longo prazo", afirma. Participaram da pesquisa mais de 50 oficiais médicos da OMS e cerca de 500 trabalhadores de campo da agência de saúde ligada à ONU, da Unicef e do governo da índia. Segundo Sutter, não há precedentes de um estudo clínico dessa magnitude para avaliar os efeitos das imunizações Mesma indicação Um estudo feito por pesquisadores da Christian Medical College, na Índia, e publicado em julho na revista Lancet também sugere a combinação das vacinas para erradicar a poliomielite. Divulgada em julho deste ano, a pesquisa contou com a participação de 500 crianças, divididas entre as que receberam uma dose da vacina Salk após já terem sido imunizadas com a Sabin e as que não receberam o segundo tratamento (grupo de controle). Os pesquisadores analisaram o conteúdo das fezes para observar a excreção do vírus e avaliar a resposta imune dos pacientes e obtiveram resultados positivos: apenas 44 das 225 crianças que receberam a dose da vacina Salk apresentavam traços do vírus nas fezes, em comparação com 100 participantes do grupo que não recebeu a vacina. Queda expressiva A Global Polio Eradication Initiative, criada em 1988, visa erradicar a paralisia infantil em todo o planeta. Na época, a doença acometia mais de 350 mil pessoas por ano. Desde 2000, as américas do Norte, Central e do Sul receberam certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que estão livres de novos casos da enfermidade. A Europa conseguiu em 2002, e o sudeste da Ásia, em 2014. As ocorrências da pólio reduziram 99% nas duas últimas décadas, sendo que apenas 406 casos foram registrados em 2013 no mundo. Atualmente, as incidências são em países com baixa acessibilidade aos tratamentos, como Iraque e Afeganistão, e em locais com estruturas precárias de saneamento básico, Somália e Etiópia, por exemplo. Revestimento de artérias pode virar tecido cardíaco 02/09/2014 - Estado de Minas Células endoteliais que se encontram nas artérias coronárias podem funcionar como células-tronco cardíacas para produzir novos tecidos do coração, de acordo com uma pesquisa canadense publicada na revista Cell Reports. A descoberta de investigadores da Universidade de Vanderbilt fornece novas evidências sobre como o órgão se mantém e pode levar a novas estratégias de reparação do músculo cardíaco quando o coração falha, depois de um ataque. Tradicionalmente, o coração é considerado um órgão sem potencial regenerativo, observa Antonis Hatzopoulos, professor de biologia desenvolvimental da instituição. "As pessoas pensam que o mesmo coração que tinham quando crianças terão quando estiverem velhas", diz. Descobertas recentes, contudo, demonstraram que novas células do músculo cardíaco são geradas a uma taxa baixa, sugerindo a presença de células-tronco no coração. A fonte dessas estruturas, contudo, era desconhecida. Hatzopoulos postulou que as células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos teriam o potencial de gerar novas estruturas cardíacas. Ele já sabia que essas células dão origem a outras, inclusive as do sangue, durante o desenvolvimento fetal. Agora, usam tecnologias sofisticadas de rastreamento celular em um modelo animal, demonstrou que as células endoteliais nas artérias coronárias geram células do músculo cardíaco em corações saudáveis. O pesquisador detectou duas populações de células-tronco cardíacas nas artérias coronárias. "Nosso estudo sugere que a doença coronariana pode levar à falência cardíaca não apenas por bloquear as artérias, causando infarto, mas também porque altera a forma como o coração se mantém e regenera", diz Hatzopoulos. Entender como isso ocorre pode levar a técnicas de reparação cardíaca para pacientes que sofreram ataques do coração e para aqueles que sofrem de males crônicos, como diabetes. Saúde
Hospital das Clínicas terá 'filial' para ortopedia 02/09/2014 - Folha de S.Paulo O Hospital das Clínicas terá uma nova unidade, voltada a ortopedia e traumatologia, no prédio do antigo Hospital Panamericano, na rua Vitorino de Carvalho, Vila Madalena (zona oeste da SP). A Secretaria de Estado da Saúde deve gastar pelo menos R$ 67 milhões com o novo hospital --R$ 37 milhões com a desapropriação e R$ 30 milhões com reformas. A unidade, desativada em 2011 pela operadora de planos de saúde Samcil, fará parte da rede de atendimento a pessoas acidentadas. O governo não informou quantos leitos o hospital terá ou quando pretende abri-lo. Para integrantes da Associação de Amigos do Alto de Pinheiros, a unidade pode comprometer o caráter residencial do bairro caso tenha um porte maior do que o antigo Panamericano. "O hospital não pode crescer mais, pois já está fora do padrão para o local", afirma a presidente da associação, Maria Helena Osório Bueno. O governo estadual assinou nesta segunda-feira (1º) uma PPP (parceria público-privada) para a construção de outros três hospitais no Estado. O investimento previsto é de R$ 772,2 milhões. Uma das unidades previstas nessa PPP é o novo Pérola Byington, para a saúde da mulher, com 218 leitos, na avenida Rio Branco, Campos Elíseos (região central). Os outros serão em Sorocaba (a 99 km de São Paulo), com 250 leitos, e São José dos Campos (a 97 km da capital paulista), com 178 leitos. PREFEITURA A Prefeitura de São Paulo também pretende reaproveitar unidades desativadas para implantar novos hospitais. A Secretaria Municipal de Saúde desapropriou o antigo Hospital Santa Marina, na Vila Santa Catarina (zona sul), por R$ 55 milhões. O espaço será administrado pelo Hospital Albert Einstein, que ainda deve gastar pelo menos R$ 24 milhões para reformas no local. A previsão é que tenha 260 leitos. A administração municipal pretende desapropriar o antigo Hospital Vasco da Gama, no Belém (zona leste). A desapropriação deve sair por R$ 17,5 milhões. 45% dos brasileiros se dizem obesos,mas só 16% fazem dieta 02/09/2014 - O Estado de S.Paulo Quase metade dos brasileiros com mais de 16 anos admite que está acima do peso ideal, mas apenas 16% deles fazem algum tipo de dieta. A percepção dos hábitos alimentares nacionais foi medida pelo Conecta, plataforma online do Ibope, que entrevistou 1.100 internautas de todas as regiões e classes sociais do País, entre 6 e 13 de agosto. O resultado mostra ainda que uma parcela de 49,4% não faz exercício ou se movimenta menos de uma vez por semana. Com pequenas alterações nos índices, os dados confirmam os levantamentos mais recentes do Ministério da Saúde. De acordo com o órgão, a obesidade já atinge metade dos brasileiros. O que o Conecta revela agora é que o excesso de peso não é mais escondido, mas assumido por quem briga com a balança. Essa nova consciência explica porque 88,7% das pessoas reconhecem que devem mudar seus hábitos alimentares de forma radical ou moderada. A contradição, segundo a diretora executiva do Conecta, Laure Castelnau, está na pergunta relacionada à dieta. “A pesquisa mostra que as pessoas, especialmente acima dos 35 anos, sabem que precisam emagrecer, mas poucas tomam de fato uma atitude nesse sentido”, diz. Os que resolvem reduzir as porções ou iniciar a prática de exercícios são os mais ricos, da classe A. “Nesse grupo, 29% fazem dieta e 13,2% se exercitam todos os dias. São os maiores índices”, afirma Laure. Quando se analisa as respostas por região, os moradores do Centro-Oeste são os que fazem mais autocrítica em relação ao peso. De acordo com o Conecta, 56,3% se consideram gordos. Na contramão, só 41% da população do Sudeste tem a mesma opinião. Já quem mora no Nordeste demonstra mais preocupação médica. Segundo a pesquisa, 46% procuraram, em algum momento da vida, um médico para tratar obesidade. No Sul, essa taxa é de 28%. Sedentarismo. A combinação de hábitos alimentares ruins com a falta de atividade física é cruel para a saúde dos brasileiros. Quase 15% não tomam café da manhã, considerada por nutricionistas refeição indispensável, e 33% não fazem nenhum tipo de exercício. “O sedentarismo é ainda maior entre as mulheres”, afirma Laure Castelnau. “A pesquisa mostra que esse índice chega a 40% no público feminino. Os homens, por sua vez, praticam o futebol nos fins de semana.” Entre os jovens, outras práticas esportivas, além do futebol, ajudam a aumentar o interesse pelo esporte. O designer Renato Faustino, de 24 anos, decidiu andar de patins para aumentar a disposição no dia a dia. “Estava muito parado. Descobri o patins e comecei”, diz. Para barrar Ebola, Libéria dispensa servidor público 02/09/2014 - O Estado de S.Paulo A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, ordenou ontem que os funcionários públicos evitem deixar suas residências em um esforço para conter a evolução do contágio pelo vírus Ebola. Ela determinou que trabalhadores de serviços não essenciais fiquem em casa por um mês sem afetar salários. Escolas da Libéria, país mais afetado pela atual epidemia de Ebola na África Ocidental, já estão fechadas para evitar a reunião de um grande número de pessoas e o avanço do vírus. De acordo com o último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1.552 pessoas já foram mortas pela doença entre 3.069 infectados. Somente na Libéria, país mais afetado, foram 694 mortes entre 1.378 infectados. Na semana passada, a OMS estimou que o vírus possa infectar até 20 mil pessoas. Senegal anunciou seu primeiro caso da doença na sexta-feira. Trata-se de um estudante que saiu de Guinéemdireção a Dacar, capital senegalesa. Ele procurava tratamento para febre, diarreia e vômito, todos sinais de Ebola. Autoridades de saúde da Suécia afirmaram ontem que o homem suspeito de portar o vírus não mostrou nenhum sinal da doença após testes realizados em Estocolmo. O sueco havia viajado recentemente para uma área de risco. Campanha deve imunizar mais de 940 mil meninas contra o HPV em SP 02/09/2014 - DCI A campanha nacional da segunda dose de vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) ocorre, em São Paulo, em 4,7 mil postos de saúde, das 8h às 17h. A meta é imunizar 942 mil meninas com idade entre 11 e 13 anos, em todo o estado. Segundo a Secretaria de Saúde, na primeira etapa de vacinação, a cobertura do público-alvo alcançou 99%. Para garantir a eficácia da proteção, as adolescentes terão de tomar três doses do medicamento. O intervalo da primeira para a segunda soma seis meses e, entre a segunda e a terceira, cinco anos. A partir da próxima campanha, poderão ser vacinadas as garotas com idade entre 9 anos e 11 anos. De acordo com a secretaria, em um prazo de cinco anos, o Brasil deverá ter autossuficiência na produção da vacina - desenvolvida em parceria do Instituto Butantan com o laboratório farmacêutico MSD. A diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato, alerta que o vírus causa lesões de pele e mucosas e se não tratado corretamente pode levar ao câncer de colo do útero. "Já a eficácia da vacina a ser aplicada é superior a 95%. Ao alcançar a cobertura vacinal entre a população-alvo, observaremos, consequentemente, uma maior proteção contra a incidência do câncer de colo do útero", conclui. |