Congresso mostrou como farmacêutico pode auxiliar no tratamento
São Paulo, 27 de julho de 2015
No último domingo, 26/07, o CRF-SP esteve presente no 20º Congresso Brasileiro Multidisciplinar em Diabetes, organizado pela Anad, Associação Nacional de Assistência ao Diabético, na Unip Vergueiro, na capital. Em pauta, o papel do farmacêutico no auxílio ao paciente com diabetes e, para isso, a dra. Eliete Bachrany Pinheiro, vice-coordenadora da seccional zona leste, mostrou a sua experiência em atenção farmacêutica à frente da drogaria em que trabalha.
Trabalhando com dieta enteral e suplementos alimentares, dra. Eliete percebeu uma oportunidade de exercer o papel de farmacêutica e orientar cada paciente sobre possíveis interações medicamentosas e alimentares, alertar sobre a necessidade de correlatos para o tratamento e muito mais. “Vender não é só o que interessa para mim, a orientação é fundamental, nossa função é abraçar o paciente que sai do hospital, o diferencial é o acolhimento”.
Ela destacou ainda a importância de registrar cada procedimento com o paciente para que o médico possa ter um monitoramento enquanto esteve fora do hospital. Todo paciente independentemente da idade e da condição glicêmica é convidado pela farmacêutica para participar de uma entrevista em que são abordados assuntos como tratamentos não medicamentosos como a necessidade da prática de atividade física e alimentação adequada. “O farmacêutico é um educador. Dependendo do estado clínico de cada pessoa não basta apenas esporte, alimentação e tomar o medicamento da forma correta, nesse momento é que começamos a trabalhar com suplementações que complementam o tratamento”.
Solicitação de exames laboratoriais para o acompanhamento farmacoterapêutico
O diretor-tesoureiro do CRF-SP, dr. Marcos Machado Ferreira, falou sobre a responsabilidade do farmacêutico ao interpretar os exames e a necessidade de estar bem preparado. Enfatizou também o quanto as resoluções do Conselho Federal de Farmácia publicadas no ano passado, contribuíram para a atuação clínica. “Antes tínhamos algumas limitações, agora temos a responsabilidade de trabalhar com o paciente no acompanhamento farmacoterapeutico”, referindo-se a um dos artigos que prevê “Para pacientes que fazem tratamento de doenças crônicas, o farmacêutico pode solicitar exames para acompanhar o efeito do medicamento”.
Dr. Marcos alertou para os testes de glicemia realizados em farmácias. “Eles não são para diagnóstico da doença, servem para acompanhamento e para verificar se o paciente está utilizando o medicamento de forma correta”.
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Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP