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Ontem, também no Plenário do CRF-SP, os farmacêuticos participaram de mais três palestras. Dra. Marli Sileci, da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP) apresentou os critérios para que um medicamento seja considerado isento de prescrição. A relação desses medicamentos está contida na GIFE (lista definida pela Anvisa, estabelecida pela RDC 138/93).
A entrega de medicamentos em domicílio foi o tema da palestra da dra. Sarita B. Monzú Sanchez, membro da Comissão de Distribuição e Transportes. A farmacêutica enfatizou a necessidade do medicamento ser transportado de maneira adequada, obsevando-se critérios de conservação, garantindo que o produto chegue ao paciente sem alteração em suas características originais.
Ao ser questionada sobre a ausência da orientação na entrega “delivery”, dra. Sarita
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ressaltou que muitos pacientes, por vergonha, preferem a orientação por telefone. “Acontece muito com dúvidas sobre anticoncepcionais e medicamentos para disfunção erétil”.
A última palestra da noite, apresentada por dr. Marcelo Polacow, vice-presidente do CRF-SP, abordou os riscos dos medicamentos isentos de prescrição e também esclareceu sobre a importância da intervenção do farmacêutico como forma de previnir interações medicamentosas, destacando a necessidade do profissional conhecer o histórico do paciente e analisar a posologia.
Dr. Marcelo defendeu a idéia de que os MIPs fiquem armazenados atrás do balcão, sem o acesso direto da população, a exemplo do que ocorre na Europa e nos EUA.
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Também foram mostrados exemplos práticos de interações graves como é o caso do ácido acetilsalicílico para pacientes com dengue que pode resultar em hemorragias. “Estamos tentando mudar a cultura do brasileiro em relação à automedicação. Além disso, o paciente não pode simplesmente pegar o medicamento e ir direto ao caixa. Deve haver orientação sempre com linguagem acessível”.
