IX Seminário de Análises Clínicas e Toxicológicas

 

Público acompanha programação durante o IX Seminário de Análises Clínicas e ToxicológicasPúblico acompanha programação durante o IX Seminário de Análises Clínicas e ToxicológicasPúblico acompanha programação durante o IX Seminário de Análises Clínicas e Toxicológicas

São Paulo, 18 de julho de 2017.

A programação do Espaço Âmbito Farmacêutico III também foi contemplada com a realização do IX Seminário de Análises Clínicas e Toxicológicas, que trouxe aos participantes uma série de conceitos atualizados sobre questões como coleta sem jejum para os parâmetros do perfil lipídico, exames laboratoriais na semiologia e anamnese farmacêutica, gestão laboratorial e muito mais.

Na abertura das apresentações, o coordenador da Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas do CRF-SP, Dr. Paulo Caleb Junior de Lima Santos, destacou que o evento é um dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão, e convidou o público a acessar o projeto de Educação Continuada disponível no portal do Conselho, cujo objetivo é incentivar a educação e o estudo contínuo. “Esse projeto contém uma série de questões que podem contribuir com os cuidados com os pacientes”.

O presidente do CRF-SP, Dr. Pedro Eduardo Menegasso, afirmou que a regulamentação da atividade clínica por meio da Resolução 585/13 do CFF reforçou a responsabilidade do analista clínico. “Esse papel tende a crescer muito mais, o que requer mais conhecimento por se tratar de uma área que prima por estudo e capacitação”.

 

Dr. Pedro Menegasso, Dra. Raquel Rizzi e Dr. Marcos MachadoDr. Pedro Menegasso, Dra. Raquel Rizzi e Dr. Marcos MachadoDr. Pedro Menegasso, Dra. Raquel Rizzi e Dr. Marcos Machado

 

A primeira palestrante foi a Dra. Mariléia Scartezini, que possui pós-doutorado em hipercolesterolemia familiar na University College London. Ela apresentou dados de um estudo que atualiza as diretrizes para a coleta sem jejum para os parâmetros do perfil lipídico, com um consenso europeu que libera essa orientação para o paciente que fizer esse exame laboratorial. “No Brasil, já foi cobrado um posicionamento das sociedades médicas para que sigam o exemplo europeu, pois os estudos apontam que a variação não é significativa quando o exame é feito em jejum ou pós-prandial”.

A importância dos exames laboratoriais na Semiologia e Anamnese Farmacêutica foi abordado pelo professor na Escola Superior da Amazônia e farmacêutico da Secretaria de Estado da Saúde do Pará, Dr. Patrick Cruz de Souza, que também mencionou a Resolução 585/13 como um divisor de águas no que diz respeito a atribuições clínicas, ao prever que o farmacêutico solicite exames laboratoriais e a avaliação dos resultados.

“No âmbito da semiologia, essa questão faz com que o profissional pense no processo saúde/doença. No entanto, a farmácia virou um estabelecimento muito dinâmico em que essas atribuições têm pouco espaço para se desenvolver. É preciso, ainda, quebrar esse paradigma”, disse o especialista, que acrescentou: “O farmacêutico tem muito conhecimento, mas precisa começar a aplicá-lo”.

 

Dr. Diogo Pilger, Dr. João Baptista Martins e Dra. Leiliane MarcattoDr. Diogo Pilger, Dr. João Baptista Martins e Dra. Leiliane MarcattoDr. Diogo Pilger, Dr. João Baptista Martins e Dra. Leiliane Marcatto

 

Efetividade e segurança farmacoterapêutica

Na sequência, houve a mesa-redonda “Efetividade e segurança farmacoterapêutica: requisição de exames laboratoriais pelo farmacêutico”, tendo como primeira ministrante a Dra. Leiliane Rodrigues Marcatto, membro da Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas, que falou sobre como monitorar efetividade com exemplos de casos de diabetes mellitus, dislipidemias e anticoagulantes orais. “Esse acompanhamento é fundamental porque será o farmacêutico o responsável por identificar quando o paciente não responde à terapêutica. É muito importante que ele notifique o médico sobre a necessidade de ajustar a dose ou até mesmo trocar o medicamento”.

Já o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Dr. Diogo Pilger deu exemplos de como monitorar segurança nesse contexto, a partir do diagnóstico médico, quando é gerada uma prescrição para se buscar resultados para a saúde com efetividade e segurança. Ele abordou a necessidade de se fazer acompanhamento em casos de medicamentos com potencial de casar danos a órgãos, modificando a funções hepática, renal e endócrina. 

O diretor-tesoureiro do CRF-SP, Dr. Marcos Machado, também abordou a efetividade e segurança farmacoterapêutica no ambiente do consultório farmacêutico, recentemente incluído na CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) para o sistema de busca de atividade econômica (Pesquisa CNAE), bem como os prestados por farmacêuticos clínicos: “Isso pode ser considerado um ganho porque, somado às Resolução 585/13 e RDC 44/09, ampara ainda mais essa atividade porque coloca o farmacêutico no contexto”. Dr. Marcos reforçou, ainda, as orientações do CRF-SP em relação à comercialização nas farmácias dos autotestes rápidos para detecção do vírus HIV e sobre os textos rápidos laboratoriais (disponíveis no portal do CRF-SP).

 

Dra. Marileia Scartezinim, Dra. Marion Coting e Dr. Patrick Cruz de SousaDra. Marileia Scartezinim, Dra. Marion Coting e Dr. Patrick Cruz de SousaDra. Marileia Scartezinim, Dra. Marion Coting e Dr. Patrick Cruz de Sousa

 

Casos clínicos

A segunda parte do Seminário contou com a apresentação de casos em laboratórios clínicos, a começar pela Dra. Marion Coting Braga, farmacêutica do Instituto de Genética e Erros Inatos do Metabolismo, que abordou o diagnóstico laboratorial de problemas de ordem genética. Já o Dr. Paulo Aparecido Brandão Pinto, da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (Sbac) discorreu sobre casos clínicos ocorridos em ambiente hospitalar.

Dr. Marcos Machado voltou a falar na palestra sobre gestão laboratorial: dilema entre custos e qualidade, com demonstração de diversos fatores que influenciam na economia do laboratório, como: gerenciamento de utilização e perdas dos produtos, ganhos em escala, controle de estoque, preparações de específicos kits para coleta, melhorias do trabalho e treinamento, entre outros aspectos.
Por fim, o Dr. João Baptista Junqueira Martins, vice-coordenador da Comissão, falou sobre como aplicar “coaching” na dinâmica do relacionamento interpessoal no laboratório, tema dos qual ministra cursos.

 

Dr. Paulo Caleb, Dra. Vanessa Martins e Dr. Paulo BrandãoDr. Paulo Caleb, Dra. Vanessa Martins e Dr. Paulo BrandãoDr. Paulo Caleb, Dra. Vanessa Martins e Dr. Paulo Brandão

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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