Maioria das propostas foi acatada pelo Conselho Nacional de Educação
São Paulo, 4 de abril de 2017.
Durante a audiência pública que tratou sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Farmácia, o CRF-SP declarou-se veementemente contrário à autorização de cursos com carga horária superior a 20% no formato EaD (ensino à distância). Os representantes da entidade, dra. Marise Bastos Stevanato, coordenadora da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica e dr. Gilmárcio Zimmermann Martins, membro da Comissão e diretor regional de Barretos, entregaram um documento ao Conselho Nacional de Educação com esse posicionamento, além de outras questões. Também estavam presentes representando o Estado de São Paulo, os farmacêuticos dra. Silvia Storpirtis e dr. Leoberto Costa Tavares.
A audiência realizada pelo CNE, no dia 3 de abril, em Brasília, reuniu farmacêuticos, discentes, conselheiros regionais e federais de Farmácia ligados à educação, professores diretores de cursos de Farmácia de todo o país e representantes de sociedades e associações profissionais farmacêuticas.
Dra. Marise destacou o aspecto positivo da audiência, já que pode manifestar-se e emitir a opinião do CRF-SP. “Nossas propostas foram acatadas quase que na integralidade, no entanto, em relação à presencialidade, o CNE destacou que essa necessidade deve ser contemplada por decreto e não pelas diretrizes”. Dra. Marise enfatizou ainda que o Estado de São Paulo congrega a maior parte das Instituições de Ensino Superior com cursos de Farmácia. “Ressaltei que o texto sobre a presencialidade deveria voltar a ser inserido, pois os 20% já contemplam as abordagens com o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação estimuladoras da autonomia do aluno em sua aprendizagem”.
Outro quesito da audiência pública percebido pelos representantes do CNS, foi a coesão e homogeneidade dos pensamentos e propostas por parte de entidades e associações que representam a educação farmacêutica.
É notório que a formação de profissionais da saúde requer conhecimentos e desenvolvimento de habilidades e atitudes que devem ser trabalhadas de forma prática e integrada. Aprender e treinar com situações reais - e não virtuais - é essencial para que o aluno seja capacitado a realizar procedimentos e tomar decisões em casos concretos.
O CRF-SP não é contrário a novas tecnologias, mas elas devem ser utilizadas de forma a contribuir com a sociedade. Na educação, por exemplo, o EaD é útil para cursos de atualização profissional, ou até mesmo de pós-graduação, mas jamais deve substituir o ensino presencial, principalmente quando se trata de formação de profissionais que terão a responsabilidade de cuidar de vidas.
Confira as propostas do CRF-SP enviadas ao Conselho Nacional de Educação, CNE.
Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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