Além de água, doe conhecimento

 

São Paulo, 26 de novembro de 2015.

O acidente ocorrido no dia 5 de novembro mobilizou toda a população brasileira para o envio de donativos ao município de Mariana MG - especialmente água. No entanto, a população necessita de informações sobre os riscos à saúde causados pelo acidente ambiental. Farmacêuticos, como profissionais de saúde, têm um importante papel na difusão de informações:

Poluição hídrica

Um dos principais impactos gerados pelo acidente foi a poluição das águas dos rios da região, especialmente o Rio Doce. Essa poluição hídrica causa interrupção do abastecimento público devido à impotabilidade da água. Com isso, o ideal é que as pessoas que vivem próximas às cidades que são abastecidas pelas águas do Rio Doce e afluentes tomem água fervida ou mineral.

Lama tóxica

O lançamento de resíduos em desacordo com as exigências legais é outro fator importante advindo do acidente. A presença de diversos metais pesados na água do Rio Doce, como mercúrio e chumbo, pode ser tóxica à saúde humana, sendo absorvidos nos tecidos e dificilmente eliminados. Moradores que tiveram contato direto com a água contaminada pela lama correm maior perigo, principalmente no caso de lesões, que aumentam a penetração pela pele. As pessoas têm de ser vacinadas contra tétano e orientadas ao tratamento imediato das feridas.

Fauna e flora

A ruptura da barragem em Mariana levou ainda à contaminação de grandes extensões de plantações ribeirinhas e de animais das regiões atingidas, sendo alimentos como vegetais e peixes. Ao ingerir a carne ou folhas contaminadas, o metal pesado não é processado e com o tempo pode gerar problemas sérios à saúde, como câncer, úlceras e danos neurológicos. A população não deve ingerir alimentos provenientes das regiões contaminadas.

 

 

 

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