Uma história que me marcou como Farmacêutica aconteceu quando eu trabalhava em drogaria. Certa noite estava no meu plantão quando entraram duas pessoas carregando um menino. Os pais estavam levando ele ao hospital quando a criança começou a convulsionar dentro do carro, eles viram a drogaria e foram pedir socorro. O menino tinha cerca de 10 anos e estava convulsionando, era a primeira vez que isso ocorria e os pais estavam desesperados.

Pedi calma aos pais, que gritavam desesperados. Solicitei que gerente afastasse os curiosos e pedisse uma ambulância. Enquanto isso corri até uma prateleira e peguei um termômetro, protegi a cabeça e tirei o cobertor e a blusa dele, criança ardia em febre, a lateralizei e aguardei a convulsão passar.  Minutos depois a criança acordou. A ambulância chegou e a levou para o hospital. No dia seguinte a mãe e o garoto retornaram para me dar notícias do seu estado e agradecer, o menino teve convulsão por febre e no final ficou bem.

Esse dia me marcou muito, pois apesar das aulas teóricas nunca tinha presenciado de fato um caso desses, sabia a teoria, mas na prática a gente tem que ter alguma frieza. Eu não sabia, mas esse episódio me dava experiência para anos mais tarde estar no lugar da mãe socorrendo minha filha em um quadro de epilepsia.

Dra. Naianiy Brito dos Santos, Americana/SP

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