Medicamento indicado para combater colesterol provoca diabetes

estatinas diabetesestatinas diabetesSão Paulo, 12 de março de 2015  

Um estudo publicado pela revista Diabetologia, vinculada à Associação Europeia para o Estudo da Diabetes indicou que a estatina, principal medicamento usado para tratamento de doenças cardiovasculares, pode causar diabetes.
A pesquisa acompanhou 8.749 participantes ao longo de seis anos, todos homens finlandeses de 45 a 73 anos e inicialmente não diabéticos. Desses, mais de dois mil começaram a tomar estatinas, enquanto cerca de seis mil não tomaram a medicação.

Os cientistas verificaram que 11,1% daqueles que toraram a medicação, adquiriram diabetes, e outros 5,8 % do contingente que não tomou a substância, foram diagnosticados com a doença.
A conclusão dos pesquisadores foi a de que a chance de um paciente que faz uso de estatinas adquirir diabetes é quase o dobro em comparação àqueles que não usam.

O estudo também concluiu que o risco de adquirir diabetes foi 46% maior entre quem usava estatinas em relação aos problema mais comuns: histórico familiar da doença, fumo e uso de diuréticos e betabloqueadores (que combatem a taquicardia).
Embora os pesquisadores não saibam o motivo pelo qual isso aconteça, eles apontam que os indivíduos que ingeriram esses medicamentos apresentaram uma secreção 12% menor de insulina.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que aproximadamente 12 milhões de brasileiros têm a doença, dos quais um milhão são crianças.
Alternativa

O médico Raul Dias Filho, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Incor (Instituto do Coração), diz que um tratamento alternativo vem sendo estudado com o medicamento ezetimiba, cuja ação é impedir a absorção de gordura pelo intestino e, assim, também evitar a formação de colesterol. Dias filho está conduzindo estudos para saber se a ezetimiba também provocaria a doença.
No exterior, o estudo com a injeção de anticorpos contra uma enzima chamada PCSK9 está sendo conduzido com a finalidade de verificar a redução do colesterol ruim.

Fonte: Folha de S. Paulo

 

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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