Durante o feriado é comum interação entre medicamento e álcool e “kit antirressaca”

 

Farmacêutico deve orientar sobre os problemas da interação entre medicamento e álcool e “Kit antirressaca”São Paulo, 11 de fevereiro de 2015

Neste sábado, 14/2, começa o feriado de Carnaval, momento em que muitas pessoas vão a farmácias e drogarias em busca de medicamentos que possam combater os efeitos indesejáveis provocados pelos excessos desta época do ano, especialmente o de bebida alcoólica. Entre os itens mais procurados estão analgésicos, antiácidos e hepatoprotetores, que muitas vezes são comercializados juntos, em “kits” intitulados antirressaca. Essas vendas, além de perigosas, são irregulares.

A combinação entre medicamentos com bebida alcoólica pode trazer algumas interações ou efeitos indesejáveis. Os analgésicos, por exemplo, que são frequentemente utilizados para o combate à dor de cabeça da ressaca, quando ingeridos com álcool, causam tonturas, perda de coordenação motora e diminuição dos reflexos. Já o uso do ácido acetilsalicílico concomitantemente com álcool pode irritar a mucosa que reveste o estômago e causar até hemorragia gastrintestinal. Anti-inflamatórios em geral podem causar danos ao fígado quando ingeridos com bebida alcoólica.

“Kit antirressaca”

O CRF-SP alerta que a venda dos chamados “kits antirressacas” é irregular, conforme disposto no art. 8º inciso I da RDC 96/2008, que diz que “os medicamentos são bens de saúde e não mercadorias que possam ser oferecidas da mesma maneira que outros produtos sujeitos às regras do livre mercado”. Conforme a Resolução:

“O uso de qualquer informação, imagem e outros argumentos de cunho publicitário que não tenham esse propósito, ou seja, que possam induzir o uso incorreto, que estimulem a administração do medicamento por pessoas de faixas etárias para as quais o medicamento é contraindicado ou, ainda, que banalizem o uso do medicamento para qualquer situação, caracterizam a propaganda como estimuladora do uso indiscriminado de medicamentos, o que é proibido pelas normas sanitárias.”

Ainda de acordo com a Resolução, esse tipo de venda induz ao uso do medicamento de forma não racional, proporcionando riscos à saúde dos usuários e levando ao consumo exagerado ou inadequado desses produtos, aumentando significativamente o risco sanitário inerente ao uso desses produtos.

A orientação do CRF-SP é que o farmacêutico oriente, sempre, o consumidor que vier ao estabelecimento à procura de medicamentos isentos de prescrição (MIPs). “Nosso alerta é para que farmacêutico sempre oriente as pessoas quanto ao uso de todo e qualquer medicamento, mesmo o isentos de prescrição, para evitar problemas decorrentes de interações ou efeitos colaterais dos medicamentos”, declara a dra. Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP.

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Assessoria de Comunicação CRF-SP

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