Nova resolução de fitoterápicos pode ampliar o acesso da população

coordenadora da Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, dra. Caroly Cardosocoordenadora da Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, dra. Caroly CardosoCoordenadora da Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, dra. Caroly CardosoSão Paulo, 28 de maio de 2014

No último dia 14, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nova resolução que cria registro para produtos tradicionais fitoterápicos. Para se enquadrar na nova categoria, o produto terá seu registro feito com base em informações históricas.

A diferença para os medicamentos fitoterápicos, que são regulamentados desde 1967, é que a nova categoria não necessitará de diversos testes laboratoriais padronizados, além de ensaios clínicos em seres humanos. Será necessário, no entanto, pelo menos 30 anos de eficácia e segurança comprovadas na literatura para ser vendido em farmácias e com fins terapêuticos.

A resolução traz ainda uma série de regras que as empresas devem seguir, que incluem análises laboratoriais dos produtos para averiguação da segurança e eficácia, formato de embalagem e instrução ao consumidor.

De acordo com a coordenadora da Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, dra. Caroly Cardoso, a não exigência para que sejam realizados ensaios clínicos deverá baratear e ampliar o acesso da população aos fitoterápicos. “Para ser registrado segundo esses ensaios clínicos, o medicamento demanda muito tempo e dinheiro”.

Para ela, os profissionais do setor esperavam ansiosamente pela publicação. “Nossa intenção é a de que a população tenha acesso aos fitoterápicos já que esses trazem muito benefícios quando corretamente indicados pelo profissional prescritor”, alertou.

Apesar de ser um reconhecimento do saber tradicional, do “remedinho da vovó”, a coordenadora indica que são necessários que a população tomem alguns cuidados em relação aos produtos tradicionais fitoterápicos.

“Existem diversas plantas tóxicas. Não é porque é natural que o produto não oferece risco. As plantas são laboratórios e produzem substâncias químicas. Apesar de contar com atividade farmacológica, que funcionam como medicamento, essas substâncias podem ser tóxicas se utilizadas em doses inadequadas”, alertou a farmacêutica.

 

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Monica Neri
Assessoria de Comunicação CRF-SP

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