Cerca de 1,5 mil atendimentos foram realizados pelos farmacêuticos voluntáriosCerca de 1,5 mil atendimentos foram realizados pelos farmacêuticos voluntáriosCerca de 1,5 mil atendimentos foram realizados pelos farmacêuticos voluntáriosSão Paulo, 5 de maio de 2014.

Pedestres que passaram nesta segunda feira, dia 5/05, entre 9h e 17h, pelo vão livre do Masp, na avenida Paulista, aprovaram o atendimento de aferição de pressão, orientação farmacêutica e teste de glicemia capilar por meio da campanha “Farmacêutico na Praça” para comemorar o Dia Nacional de Combate ao Uso Racional de Medicamentos.

O estudante Rafael Oliveira Ferreira, 17, morador do Tremembé, na zona norte, afirma que ação é uma ‘coisa boa’ para a população, afinal as pessoas não tem acesso a estes serviços próximo a casa para fazer esses tipo de exame, como o de diabetes. “Como colocam (CRF-SP) num ponto de referência como a av. Paulista então é uma oportunidade para a população. Acho que as pessoas podem acabar descobrindo alguma doença”, acredita.

Para Rafael Ferreira as pessoas não têm acesso a esses serviçosPara Rafael Ferreira as pessoas não têm acesso a esses serviçosPara Rafael Ferreira as pessoas não têm acesso a esses serviçosA ação pretende contribuir com a orientação para que os números de casos de internações por intoxicação medicamentosa diminuam. Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou quase 60 mil casos, segundo o Ministério da Saúde (Sinitox/Fiocruz).

O aposentado José da Costa Brandão, 80, morador da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo, que trabalha como mensageiro, conta que a ação deveria ser realizada pelo menos uma vez por mês na avenida Paulista. “No posto de saúde é tudo mais difícil, além de demorar duas horas para fazer o exame, ainda é mal atendido. Se eu pudesse ficaria o dia inteiro com as farmacêuticas pela bondade, pelo carinho, por me tratar bem”, elogia.

Aos 80 anos, seu José da Costa reclama da demora para ser atendido no posto de saúde Aos 80 anos, seu José da Costa reclama da demora para ser atendido no posto de saúde Aos 80 anos, seu José da Costa reclama da demora para ser atendido no posto de saúde

Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-SP), dr. Pedro Eduardo Menegasso, o objetivo da ação é por meio dos serviços prestados nas farmácias fazer a população conversar com o farmacêutico. Aproveitar para entender a importância do uso correto de medicamentos, de não tomar sem a prescrição médica ou sem orientação farmacêutica, que evita as intoxicações e problema de saúde até mais graves.

“O medicamento é algo muito delicado se não usar corretamente, passa a ser um veneno para o organismo, por isso as pessoas devem tomar muito cuidado. Não devem utilizar medicamento indicado por pessoas que não são médicos nem farmacêuticos. Devem sempre procurar o farmacêutico na farmácia, que é um direito do cidadão para orientado, por exemplo se pode utilizar um medicamento com outro que já está tomando”, diz dr. Menegasso.

A ação “Farmacêutico na Praça” procura despertar na população a importância do uso correto e seguro de medicamentos e da prevenção, acompanhamento e controle de doenças crônicas como o diabetes e a hipertensão arterial, além de alertar que o farmacêutico é um profissional de saúde acessível, que pode ajudar nesse controle e na melhoria da qualidade de vida do paciente. 

De acordo com a socióloga Mariana Maia Ruivo, 31, moradora da República, região central da cidade, acho importante essas ações voltadas para a área da saúde na cidade de São Paulo, pois as pessoas estão sempre correndo, não tem nem muito tempo de ir ao médico ao posto de saúde. “Verificar sua saúde está sempre em segundo plano e isso é muito perigoso. Sou testemunha. Sofro de enxaqueca e fui deixando, deixando. Tive uma crise muito forte e fui as pressas ao médico”, diz.

Para ela, um atendimento como este pode verificar a pressão, a glicemia, porque a diabetes é uma doença silenciosa, que mata diversas pessoas no Brasil e no mundo, precisa saber se tiver um problema de saúde, deve procurar um especialista. Esse tipo de atendimento é muito importante para a sociedade. “Sempre que vou a farmácia, procuro a farmacêutico. Sempre que preciso de um remédio para dor de cabeça, o farmacêutico me orienta não só sobre qual remédio, mas como tomar. O farmacêutico é de extrema importância”, diz a socióloga.

Dr. Pedro Menegasso falou à imprensa sobre os riscos da automedicação Dr. Pedro Menegasso falou à imprensa sobre os riscos da automedicação Dr. Pedro Menegasso falou à imprensa sobre os riscos da automedicação

AUTOMEDICAÇÃO

A técnica em processamento de dados Angela Francisca da Silva, 45, moradora de Araçariguama (SP), veio a São Paulo passar em consulta que estava marcada há meses, e aproveitou e passou pelos serviços oferecidos na ação. Normalmente com pressão baixa, estava com muita dor de cabeça e a vizinha “receitou” dipirona, porém o medicamento baixou ainda mais a pressão e teve taquicardia.

“Fui levada às pressas para o hospital. Não sou alérgica a dipirona, mas baixa muito a pressão e, por isso, evito. Agora aprendi que sempre tem de procurar o farmacêutico. Nas três farmácias da cidade, têm farmacêutico e eles me orientam direitinho. Serviço é rápido e bom.”

A população aproveitou para esclarecer todas as suas dúvidas sobre medicamentos, por exemplo, como utilizar (com água, em jejum ou durante as refeições), como guardar, como descartar, interações com outros medicamentos e/ou com alimentos, entre outras.

Nadia Waked foi conferir como estava a glicemiaNadia Waked foi conferir como estava a glicemiaNadia Waked foi conferir como estava a glicemia

Para a estudante de Direito Nadia Waked, 23, moradora do Tatuapé, na zona leste, que estava passando em frente ao Masp foi conferir o nível de glicemia. “Achei ótimo. É um apoio relevante para a população que não tem acesso aos serviços de saúde. A maioria não tem convênio, assistência do SUS é lotada e, na correria, as pessoas não se importam em medir pressão, glicemia e as vezes nem sabem que correm riscos de doenças mais graves".

“Um exame super simples e rápido e você não paga nada. Ótimo. Sempre recorro ao farmacêutico que indicava algum medicamento, se ele percebia que era algo mais grave dizia vá ao hospital. Um ação como essa tem que ocorrer também nos pontos mais afastados da cidade”, sugere a universitária.

Para a auxiliar de serviços gerais Maria Bispo dos Santos, 53, moradora do Jardim América, zona oeste da cidade, o serviço oferecido é muito bom. “Minha pressão está ótima, não estou com diabetes. Já fui ao posto só para medir a pressão e aguardei três horas e nem fui atendida. Tinha que ter em todos os bairros esse serviço pelo menos uma vez por semana”, sugere.

Ela ainda reforça: “Farmácia virou supermercado, você vai lá e pega o que quer. Então, tem que procurar o farmacêutico e receber uma orientação”, diz.

Para o farmacêutico Erivelton é uma oportunidade de ter contato com o paciente fora da farmáciaPara o farmacêutico Erivelton é uma oportunidade de ter contato com o paciente fora da farmáciaPara o farmacêutico Erivelton é uma oportunidade de ter contato com o paciente fora da farmácia

A aposentada Irene Afonso, moradora da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade, aprovou a ação. "É bom, é ótimo, precisava ter mais próximo de casa. Se não tiver encaminhamento do médico não dá para medir nem a pressão, nem fazer o teste do Diabetes e nem é todo dia. Só uma vez por mês, um descaso, só Deus”, reclama. "Aqui é bom. E aprendi que ao chegar a farmácia devo procurar o farmacêutico”, completa.

“Esta é a primeira vez que participo da ação. Ótima iniciativa. É uma oportunidade muito boa para termos o contato com as pessoas fora do ambiente da farmácia. Temos a possibilidade de utilizar o nosso conhecimento em benefício da população. Quero participar de mais ações”, afirma dr. Erivelton Rodrigo Rosa, farmacêutico da rede Poupafarma.

Melissa Cruz gostou de monitorar a saúde Melissa Cruz gostou de monitorar a saúde Melissa Cruz gostou de monitorar a saúde

“Gostei muito de encontrar este serviço aqui na Paulista para acompanhar como anda a saúde. Tive boas orientações com os farmacêuticos que me atenderam”, diz Melissa Batista Cruz, estagiária de Direito.

 

Para a ação, o CRF-SP conta com o apoio de parceiros, como a empresa norte-americana BD, que fornecerá 2.500 unidades de alcohol swabs, 2.500 de lancetas e 12 de descartex. Alcohol swabs são lenços umedecidos em álcool isopropílico 70% usados para higienizar a pele antes da punção e da aplicação de injeções.

As lancetas serão utilizadas para fazer testes de glicemia capilar durante o evento e os descartex servem para o descarte seguro do material com perfurocortante. Os produtos da BD com dispositivos de segurança seguem a Norma Regulamentadora 32 (NR-32), voltada para a segurança do trabalho e proteção dos profissionais da saúde, categoria exposta a acidentes que oferecem riscos físicos e biológicos no ambiente de trabalho. A parceria com o CRF reforça a missão da companhia de ajudar as pessoas a viverem vidas saudáveis.

 

 

Carlos Nascimento e Marivaldo Carvalho

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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