'É preciso mais mobilização'
O deputado Ivan Valente, ao lado da dra. Raquel Rizzi, dr. Pedro Menegasso e dra. Priscila DejusteO deputado Ivan Valente, ao lado da dra. Raquel Rizzi, dr. Pedro Menegasso e dra. Priscila DejusteSão Paulo, 29 de abril de 2014.
Certo de que a proposta do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) em transformar, definitivamente, a farmácia em estabelecimento de saúde, representa um grande avanço para a categoria, o CRF-SP está ainda mais empenhado em não medir esforços para a aprovação da subemenda aglutinativa ao substitutivo ao PL 4385/94. Na segunda-feira, 28/04, diretores e representantes de setores como manipulação, farmácias comunitárias, análises clínicas, homeopatia, além do sindicato dos farmacêuticos, que compõem o Fórum Regional de Entidades pela Valorização Profissional, discutiram, na sede do CRF-SP, sobre os próximos passos para que todos entendam a necessidade e importância da aprovação.
Segundo o deputado, o objetivo é mudar a mentalidade de que a farmácia é um comércio qualquer. Ele ainda destacou a necessidade de mais mobilização de diversos setores. “Para o projeto ser aprovado, deve haver mais mobilização. Temos que lotar o plenário da Câmara dos Deputados com estudantes, profissionais de saúde e entidades farmacêuticas para mostrar aos deputados o ganho que haverá com a aprovação, tanto para os farmacêuticos, quanto para a população”.
Durante a reunião, Ivan Valente relembrou a época em que apresentou esse substitutivo à Câmara e obteve aprovação por 18 votos a 2 pela manutenção da proposta. “Me lembro que, quando esse texto foi aprovado como substitutivo ao PL na década de 90, havia mais de três mil pessoas em Brasília lutando por essa causa. Apesar da rejeição de muitos setores, ele venceu. Posteriormente, foi citado por três vezes durante a CPI dos Medicamentos, por pessoas que pediam a sua aprovação em definitivo”.
Na época, os setores que eram contrários alegavam que os municípios menores não teriam como arcar com o farmacêutico, não havia demanda de profissionais, já que eram apenas 50 mil profissionais no país. Agora, a realidade é outra. Há mais de 150 mil farmacêuticos no Brasil e há, inclusive, um aumento exagerado do número de cursos de Farmácia em Instituições de Ensino Superior. Ou seja, há farmacêuticos em número suficiente para prestar assistência em todo o país.
De acordo com o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, é uma luta dura, já que o comércio varejista, setor que busca de todas as formas derrubar esse projeto, apresentou uma proposta com a retirada de nove itens do original, o que é inconcebível. “Nossa briga é de conteúdo, nosso convencimento é pela discussão e, principalmente, informação sobre os benefícios e grande avanço que todo esse contexto significa”.
O deputado Ivan Valente entre membros da diretoria do CRF-SP e do Fórum Regional de Entidades pela Valorização ProfissionalO deputado Ivan Valente entre membros da diretoria do CRF-SP e do Fórum Regional de Entidades pela Valorização Profissional
O que o farmacêutico pode fazer?
A expectativa agora é que entre em votação na Câmara dos Deputados na terceira semana de maio. O deputado enfatizou que percebe desconhecimento do conteúdo proposto por parte de muitos estudantes de Farmácia e também farmacêuticos e esse é o momento de cada um fazer a sua parte. “Faz vinte anos que a proposta de avanço está parada. Temos que avançar de uma vez por todas”, disse o deputado.
Quem não puder ir a Brasília, é importante procurar a liderança de sua cidade, conversar com os representantes de partidos, discutir com colegas farmacêuticos e, o mais importante, mostrar à população, ali na farmácia, no dia a dia, o quanto essa medida pode trazer resultados positivos e assegurar o uso racional de medicamentos.
Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP
CLIQUE AQUI PARA CONSULTAR OUTRAS NOTÍCIAS
