Segundo bebê nascido com vírus da Aids tem taxa zerada com antirretrovirais

 

Segundo bebê nascido com vírus da Aids tem taxa zerada com antirretroviraisSão Paulo, 6 de março de 2014

Quando os cientistas anunciaram, no ano passado, que um bebê nascido com o vírus HIV tinha sido aparentemente curado por meio de um tratamento agressivo com antirretrovirais, 30 horas após o seu nascimento, houve quem duvidasse da terapia e questionasse se a criança teria sido, de fato, infectada.

Mas na última quarta-feira (5), a existência de um segundo bebê foi revelada numa conferência de Aids em Boston, nos EUA, deixando poucas dúvidas de que o tratamento, de fato, funciona.

Um pesquisador informou que há outros cinco casos semelhantes no Canadá e três na África do Sul.

Em três meses, terá início um teste clínico no qual 50 bebês nascidos com o vírus receberão as drogas até 48 horas depois do nascimento.

Se o teste for bem sucedido — e levará vários anos de acompanhamento dos bebês para determinar o sucesso da terapia — o protocolo para o tratamento dos cerca de 300 mil bebês que nascem a cada ano no mundo com o vírus deverá mudar.

O segundo bebê — uma menina nascida em Long Beach, na Califórnia — tem agora nove meses de idade e, aparentemente, está livre do vírus da Aids.

Os pediatras do Hospital Infantil Miller sabiam da história do primeiro bebê, nascido no Missisipi de uma mulher em estágio avançado da doença e que não tinha tomado nenhum medicamento para proteger o feto.

Os médicos da Califórnia tentaram replicar o tratamento.

Logo após o nascimento, eles ministraram ao bebê três drogas antirretrovirais — AZT, 3TC e nevirapina — em doses altas, normalmente usadas para tratamento, não para prevenção, e nunca indicadas para recém-nascidos.

Seria errado descrever o bebê de Long Beach como “curado” ou “em remissão” porque ele ainda está recebendo os medicamentos segundo informou Deborah Persaud, uma virologista do Centro Infantil da Johns Hopkins que esteve envolvida em ambos os casos. Ela descreve o bebê como “sororrevertido para HIV negativo”.
O bebê recebeu o tratamento nove horas após o seu nascimento — tão logo o primeiro teste confirmou que ele era soropositivo — e, atualmente, nem mesmo os mais sensíveis exames detectam a presença do vírus em sua corrente sanguínea ou tecidos.

O bebê do Mississipi está agora com 3 anos e segue testando negativo.


Assessoria de Comunicação CRF-SP (Com informações do jornal O Globo)

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