Biópsia que procura células com câncer no sangue é testada em São Paulo


Biópsia que procura células com câncer no sangue é testada em SPBiópsia que procura células com câncer no sangue é testada em SPSão Paulo, 12 de agosto de 2013

Um simples exame de sangue poderá, no futuro, ajudar a diagnosticar um câncer, definir o melhor tratamento para cada paciente e acompanhar a resposta à terapia.

Essa é promessa da chamada biópsia líquida, que analisa as células tumorais que circulam no sangue.

A área ganhou mais atenção nos últimos anos graças às novas tecnologias que permitem encontrar e capturar essas células, que são raras - há cerca de uma célula tumoral em 1 bilhão de células sanguíneas normais.

No país, o primeiro estudo dessas células está sendo conduzido no A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo.

A pesquisa já começou a colher o sangue de 230 pacientes com câncer avançado de pulmão, pâncreas e colorretal para comparar as amostras com as de pessoas sem a doença. O objetivo é analisar essas células antes e depois do início do tratamento.

Essa célula tumoral no sangue pode ser o espelho do tumor, com a vantagem de não precisar ficar fazendo biópsia no paciente.

As células tumorais podem aparecer na corrente sanguínea em tumores em estágio inicial, mas tendem a ser mais numerosas nos casos avançados.

As aplicações podem ser muitas, mas especialistas acreditam que o método poderá ser mais útil para monitorar a resposta terapêutica do pacientes. Seria possível acompanhar a evolução do paciente só pelo exame de sangue, à medida que os níveis de células tumorais caem ou sobem.

O teste seria menos danoso do que exames de imagem com radiação e, no futuro, poderia até ser mais barato.

Outra aplicação do teste é o estudo da biologia dos tumores por meio das características das células, o que pode levar a um tratamento mais personalizado.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores desenvolveram um microchip que permite separar essas células. 

Há também formas mais simples, como filtros que separam as células tumorais, em geral maiores, das outras. 

Entretanto as células tumorais são heterogêneas e o filtro pode deixar escapar as pequenas. De qualquer forma, os especialistas concordam que os métodos precisam de mais refinamento.

Quando a forma de captura das células for eficiente, a biópsia líquida abrirá um campo amplo, mas junto virão questões éticas, como, por exemplo, se valerá a pena tratar alguém que tenha só recidiva molecular, sem que outros exames mostrem tumor. 

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP (Com informações da Folha de S.Paulo)

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