Brasil aprova novo medicamento biológico contra o lúpus



Brasil aprova novo medicamento biológico contra o lúpusBrasil aprova novo medicamento biológico contra o lúpusSão Paulo, 22 de julho de 2013

O primeiro medicamento desenvolvido em mais de 50 anos para tratar especificamente pessoas com lúpus chegou ao mercado brasileiro neste mês. Batizado de Benlysta, o medicamento é uma proteína que combate o processo responsável por levar o corpo do paciente a atacar as próprias células de defesa.

O tratamento é caro. Cada infusão da droga, administrada por injeção intravenosa, custa R$ 3.800 para alguém com até 60 kg. Só no primeiro ano do tratamento, é preciso desembolsar R$ 57 mil pelas 15 doses previstas, mas o custo pode ser maior, de acordo com o peso do paciente, segundo a fabricante GSK.

O tratamento existente hoje, à base do anti-inflamatório cortisona, não custa mais do que R$ 2.000 ao ano. O medicamento também é distribuída pela rede pública de saúde.

Estima-se que o Brasil tenha 200 mil pessoas com lúpus. Por ano, mais de mil casos são diagnosticados. Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, a doença levou à internação 4.475 pessoas. As mulheres são as mais afetadas. Em cada grupo de dez doentes, nove são mulheres em idade reprodutiva.

O lúpus é uma doença autoimune. Os linfócitos B, células de defesa, produzem anticorpos que atacam o organismo das pessoas que têm a doença.

O lúpus mais "leve" causa artrite, fadiga, perda de cabelo e problemas na pele. Em fase moderada, a doença leva a uma queda no número de plaquetas e glóbulos brancos no sangue. Casos graves acometem os rins e o sistema nervoso central, causando desde dores de cabeça até convulsões e paralisia.

O novo medicamento, que também é um tipo de anticorpo, dificulta o amadurecimento dos linfócitos B para reduzir seu ataque aos tecidos saudáveis do organismo.

O novo medicamento não é isento de efeitos colaterais, incluindo infecções graves, náuseas, diarreias e febre.

A FDA (agência reguladora de fármacos nos EUA) autorizou a venda do Benlysta após oito anos de pesquisa. Os estudos foram feitos em 31 países, incluindo o Brasil. A GSK diz que pretende comercializar o medicamento também na versão para injeção subcutânea em três anos.

Assessoria de Comunicação CRF-SP (com informações da Folha de S.Paulo)

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