Sociedade Brasileira de Nefrologia alerta para sintomas que podem indicar doenças renais
São Paulo, 14 de março de 2013.
No Dia Mundial do Rim, 14/03, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) fez um alerta em relação a sinais que podem indicar problemas renais. Pessoas com pressão alta, diabetes e obesidade fazem parte dos chamados grupos de risco para doenças relacionadas ao rim. Casos de doença na família, idade superior a 50 anos e uso de medicamentos sem orientação médica também ampliam as chances de o problema ser diagnosticado.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.
Outro alerta é que mais de 70% dos pacientes que iniciam a diálise descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos. Sem um diagnóstico preciso, a maioria dos pacientes morre sem sequer ter acesso à diálise.
De acordo com o vice-presidente da SBN, Roberto Tecoits, é a ausência de um protocolo de atendimento específico para doenças renais a ser adotado pelos médicos, desde a atenção primária. “Falta uma estruturação da rede. Esse paciente, se acompanhado pelo especialista desde o início, pode não precisar de diálise ou de um transplante”, disse. “A doença renal crônica não apresenta sinais e sintomas em fase precoce. Os médicos precisam estar atentos aos grupos de risco”, completou.
Diagnóstico precoce
Dois exames extremamente simples e baratos podem diagnosticar precocemente a doença renal – a creatinina no sangue e o exame de urina para detectar perda de sangue e albumina. O diagnóstico precoce pode conter o avanço da doença renal crônica. Dessa forma, pacientes que sofrem de diabetes, por exemplo, não precisam se submeter à diálise, mas controlar a alimentação, enquanto pessoas com pressão alta devem reduzir a ingestão de sal e ingerir bastante líquido.
Os números mostram ainda que em torno de 100 mil brasileiros fazem diálise no país atualmente. A taxa de internação hospitalar para esse tipo de serviço é 4,6% ao mês. Mais de 70% dos pacientes que iniciam o tratamento descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos. A taxa de mortalidade entre eles aumentou 38% na última década.
Thais Noronha (com informações Agência Brasil e Correio Braziliense)
Assessoria de Comunicação CRF-SP