Estudo aponta que reposição hormonal pode ajudar homens no controle da obesidade

 

 

Estudo aponta que reposição hormonal pode ajudar homens no controle da obesidade (foto pejo panthermedia)Estudo aponta que reposição hormonal pode ajudar homens no controle da obesidade (foto pejo panthermedia) São Paulo, 18 de setembro de 2012.

Uma recente pesquisa liderada pelo endocrinologista alemão Farid Saad, do laboratório Bayer HealthCare Pharmaceuticals, afirma que  homens com baixo nível de testosterona, o hormônio sexual masculino, e que não obtiveram sucesso para o tratamento convencional contra obesidade podem ser beneficiados com a reposição hormonal. Os resultados deste estudo foram apresentados em encontro da Sociedade de Endocrinologia, em Houston. 

O médico acompanhou por cinco anos 115 homens com baixos índices de testosterona e verificou que, com a reposição hormonal seguida de dieta e exercícios, a perda de peso foi de 16 quilos em média e a circunferência abdominal baixou de 107 para 98 centímetros. 

Em outro trabalho, que revisou estudos mundiais sobre o tema e foi publicado no periódico Current Diabetes Reviews, Saad conclui que a reposição “pode ser eficaz porque melhora o humor, reduz a fadiga, o que pode motivar o homem a aderir à dieta e exercícios para o combate à obesidade”.

Entretanto, apesar dos bons resultados, o pesquisador alerta que a indicação da testosterona não pode ser classificada como um tratamento antiobesidade e a reposição só deve ser feita por quem tem baixa produção desse hormônio. “O que a pesquisa mostra é que a reposição hormonal otimiza a melhora de peso, se estiver aliada à dieta e atividade física”, ressalta o endocrinologista João Eduardo Salles, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia. 

Desinteresse pela saúde

Os níveis de testosterona começam a cair naturalmente a partir dos 45 anos. A redução acentuada do hormônio é conhecida como andropausa e provoca perda da libido, de massa muscular, disfunção erétil, entre outros sintomas. 

Para estudar estes efeitos, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com apoio da Bayer, realizou uma pesquisa consultando 5 mil homens com mais de 40 anos. O levantamento mostrou que 66% desconhecem o que é andropausa e 64% nunca fizeram testes para medir o hormônio masculino. 

O estudo denunciou um quadro ainda mais grave, pois a população masculina demonstra pouca preocupação com a saúde:  59% não fazem dieta, 49% não fazem atividade física e 38% não vão ao médico com freqüência. Para completar, 37% usam algum medicamento para disfunção erétil, não sabem que a queda da testosterona pode estar ligada a essa disfunção e que a reposição poderia melhorar a o quadro.

Para Archimedes Nardozza Junior, diretor do núcleo de pesquisa da SBU e coordenador do estudo, a mensagem é que o homem precisa se tratar. “Ao contrário das mulheres, eles não vão ao médico. Esse é o grande mote da campanha da Sociedade Brasileira de Urologia: cuide-se”, completou.

 

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP
(Com informações do Portal Estadão)

 

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