Estudo sugere que nicotinamida, mais conhecida como vitamina B3, pode combater infecções causadas por estafilococos

 

Estudo sugere a nicotinamida, mais conhecida como vitamina B3, pode combater infecções causadas por estafilococos Estudo sugere a nicotinamida, mais conhecida como vitamina B3, pode combater infecções causadas por estafilococos São Paulo, 28 de agosto de 2012.

Novidades no combate às superbactérias. Um estudo norte-americano sugere que a nicotinamida, mais conhecida como vitamina B3, pode ser capaz de combater algumas infecções causadas por bactérias do gênero estafilococos resistentes a antibióticos.

A pesquisa, feita com animais de laboratório e com sangue humano, sugerem que doses altas dessa vitamina aumentam em mil vezes a habilidade de células imunológicas de eliminar os estafilococos. Os resultados foram publicados no Jornal de Investigação Clínica por pesquisadores do Centro Médico Cedars-Sinai, do Instituto Linus Pauling da Universidade do Estado de Oregon (UCLA), e outras instituições.

O estudo pode oferecer um novo caminho de ataques contra o crescente número de "superbactérias". "Isso é muito importante, apesar de que ainda precisamos fazer estudos humanos", afirmou Adrian Gombart, professor do Instituto. "Antibióticos são ótimos remédios, mas eles enfrentam diversos problemas com a resistência de vários tipos de bactéria, especialmente a Staphylococcus aureus", afirmou.

"Isso pode nos mostrar uma nova maneira de tratar infecções mortais por estafilococos, e pode ser usada em combinações com antibióticos", disse Gombart. "É uma maneira de penetrar no sistema imunológico natural e simular a criação de uma resposta do sistema ainda mais poderosa", explicou.

Cientistas descobriram que doses clínicas de nicotinamida aumentam os números e a eficácia dos neutrófilos, que fazem parte da porção do sangue responsável pela defesa do organismo. Na pesquisa, a nicotinamida foi dada em superdoses, ou em níveis terapêuticos, longe do que qualquer dieta poderia oferecer - mas em quantidades que foram usadas com segurança em humanos, como remédios, para outros propósitos médicos.

Contudo, segundo Gombart, não existem evidências de que dietas normais ou suplementos convencionais de vitamina B3 teriam qualquer efeito benéfico na prevenção ou no tratamento de uma infecção bacteriana. Além disso, as pessoas não deveriam tomar altas doses da vitamina.

O pesquisador está estudando alguns dos problemas por mais de uma década, e descobriu há 10 anos uma mutação genética humana que faz com que pessoas sejam mais vulneráveis a infecções bacterianas. Com isso, cientistas descobriram que a nicotinamida tinha a habilidade de "ligar" alguns genes antimicrobianos que desenvolvem a capacidade de células imunológicas de matar bactérias.

Uma das mais comuns e mais sérias infecções por estafilococos, chamada Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (MRSA, na sigla em inglês), foi parte dos estudos. Ela pode causar sérias doenças que deixam em risco a vida do paciente, e pesquisadores acreditam que o uso de antibióticos ajudou no crescimento da patogênese bacteriana.

O especialista em doenças infecciosas e um dos autores da pesquisa, dr. George Liu, afirmou que "essa vitamina tem efeito surpreendente na proteção contra uma das maiores ameaças da saúde pública de hoje em dia". Tais resultados podem ajudar na redução de dependência por antibióticos, disse.

Pierre Kyme e Nils Thoennissen, que também fazem parte da equipe de pesquisadores, descobriram que a vitamina, quando usada em doses clínicas no sangue humano, parece "limpar" a infecção em apenas algumas horas.

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP (com informações Portal Terra)

 

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