Ministério da Saúde estuda vacinar meninas de 9 a 13 anos contra o HPV
Ministério da Saúde estuda vacinar meninas de 9 a 13 anos contra o HPV São Paulo, 14 de dezembro de 2011.O Ministério da Saúde avalia incluir a vacinação de meninas de 9 a 13 anos contra o HPV, papilomavírus humano, doença sexualmente transmissível (DST) que pode provocar câncer de útero.
O HPV pode atingir mulheres de qualquer idade. No entanto, a ideia é imunizar adolescentes que ainda não iniciaram a vida sexual. A vacina não tem eficácia em mulheres adultas, com vida sexual ativa, que já foram expostas à infecção pelo HPV. A prevenção, nesse caso, deve ser feita por meio do exame papanicolau, que identifica o câncer no colo do útero.
Segundo o Ministério, a estimativa é que o custo anual para incluir a imunização das adolescentes seja de R$ 600 milhões, o equivalente a um terço do que o governo gasta com todas as vacinas.
Tipos de vacina
Há uma centena de tipos de HPV, mas a maioria das infecções é causada por apenas quatro deles. As versões 16 e 18 do vírus são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Já os HPV 6 e 11 respondem por 90% das verrugas genitais.
Com o objetivo de prevenir a infecção e, dessa forma, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver câncer de colo de útero, foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos mais presentes e que podem ser encontradas na rede privada de saúde.
Uma delas é a quadrivalente, que previne contra os tipos 16 e 18 do HPV, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é a bivalente, também chamada de vacina contra HPV oncogênico, que combate também os tipos 16 e 18
Dados sobre o HPV
O HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente. Cerca de 50% da população sexualmente ativa vai entrar em contato com o HPV em algum momento da vida.
No mundo todo acredita-se que aproximadamente 30 milhões de pessoas tenham verrugas ocasionadas por HPV, cerca de 10 milhões de mulheres tenham lesões intra epiteliais de alto grau no colo uterino e 500 mil casos de câncer do colo uterino.
O INCA (Instituto Nacional do Câncer) informa a ocorrência de 18 mil casos novos de câncer do colo uterino no Brasil a cada ano, e que aproximadamente 4 mil mulheres morem de câncer do colo uterino no Brasil.
Assessoria de Comunicação CRF-SP
Fonte: Agência Brasil e portal virushpv.com.br
