1/12 – Dia Mundial de Luta contra a Aids. 30 anos após a descoberta, Brasil tem média de 35 mil novos casos de Aids por ano


1/12 – Dia Mundial de Luta contra a Aids1/12 – Dia Mundial de Luta contra a AidsSão Paulo, 29 de novembro de 2011.

Na década de 80, o diagnóstico de Aids era associado diretamente à morte. Após ícones como Cazuza, Fred Mercury e Renato Russo terem morrido com a doença, muitos especialistas afirmam que hoje o quadro da doença está controlado e que, muitos que foram a óbito, provavelmente, estariam vivendo bem com o tratamento. A campanha do Ministério da Saúde, lançada em 1/12, Dia Mundial de Luta contra a Aids, com o slogan “A aids não tem preconceito. Previna-se” tem foco nos jovens, em especial homossexuais e mulheres de 15 a 24 anos, faixa etária que registra aumento da incidência de casos.

De acordo com o Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta semana, a prevalência (estimativa de pessoas infectadas pelo HIV) da doença permanece estável em cerca de 0,6% da população, enquanto a incidência (novos casos notificados) teve leve redução de 18,8 a cada 100 mil habitantes em 2009 para 17,9/100 mil habitantes em 2010.

Atualmente no Brasil a média é de 35 mil novos casos de Aids por ano, sendo que os óbitos chegam a 11 mil. Uma média de seis a cada 100 mil habitantes por ano. Especialmente no Estado de São Paulo, em 2010, a Aids matou 8,6 pessoas por dia. Em relação a 1995, quando houve 7.739 óbitos pela doença, a taxa de mortalidade caiu 67% no estado.

O boletim aponta também que, apesar da redução no número absoluto de casos desde a segunda metade da década de 1990, a proporção de infecções em homens que fazem sexo com homens cresceu 52,4% entre 2000 e 2010. Entre os heterossexuais esse crescimento foi de 30,5%, enquanto entre os usuários de drogas injetáveis houve queda de 73,2%.

A incidência de Aids no estado caiu pela metade na última década. A razão de casos vem se mantendo em dois masculinos para cada um feminino. A faixa etária predominante dos casos da doença é a de 30 a 39 anos, com incidência de 32 por 100 mil habitantes.

Novo medicamento poderá impedir transmissão da Aids

Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram um composto químico que seria capaz de destruir a capacidade de infecção do vírus HIV. Chamada de PD 404,182, a nova substância tem potencial para se tornar um medicamento tópico capaz de desativar o HIV antes que ele provoque a aids.

O composto age abrindo o vírus, o que faz com que ele perca seu material genético, e, logo, sua capacidade de infecção.  Como o material genético do vírus, o RNA, é altamente instável, logo que é exposto ele se degrada, e o vírus perde sua capacidade de infecção. Apesar da descoberta, os pesquisadores dizem que o composto não é uma cura para a aids, mas tem grande potencial para ser utilizado na prevenção. A intenção é fabricar um gel tópico que possa ser aplicado no canal vaginal para, caso o parceiro esteja infectado, o vírus seja dissolvido antes de ser transmitido ao outro.

 

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Assessoria de Comunicação CRF-SP (com informações Agência Saúde)

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