Instituto Homeopático François Lamasson completa 30 anos com mais de 2 mil profissionais especialistas em homeopatia
São Paulo, 24 de novembro de 2011.
Na quinta-feira, 18 de novembro, um dos maiores centros formadores de especialistas em homeopatia, o Instituto Homeopático François Lamasson, completou 30 anos de existência. Fundado em 1981 e com sede em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o Instituto é hoje referência em se tratando de homeopatia e orgulha-se de ter formado mais de dois mil profissionais entre farmacêuticos, médicos, odontólogos e médicos veterinários.
O VI Congresso do Museu Abrahão Brickmann, reuniu uma série de profissionais que fizeram parte, de alguma forma, do Instituto, seja na idealização, no apoio para a disseminação da homeopatia ou no trabalho no dia a dia. O evento, realizado de 18 a 20/11, contou com as presenças dos fundadores dr. Izao Carneiro Soares, dr. Gilberto Luiz Pozetti e dra. Maria Lucia Batoni Soares, responsáveis pelos primeiros passos do Instituto que passaria a ser referência internacional anos após a sua inauguração. O diretor-tesoureiro do CRF-SP prestigiou o Congresso em Ribeirão Preto.
O Instituto surgiu com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico da homeopatia, estimular a pesquisa, integrar as sociedades científicas de todo o país, além de lutar pelo ensino integrado da homeopatia. Hoje, o curso funciona como uma pós-graduação e tem a duração de três anos, incluindo a parte prática com início no começo ou no meio do ano.
Outra característica foi a de zelar pelo patrimônio histórico e cultural da homeopatia, o que culminou na fundação do Museu Abrahão Brickmann em 1985. Para o presidente e um dos fundadores do Instituto dr. Izao Carneiro Soares, hoje o museu é um dos grandes diferenciais do curso de pós-graduação. “As aulas de história, por exemplo, são teóricas e práticas porque parte delas é dentro do museu em meio aos documentos e acervos históricos do mundo todo. Também temos a maior biblioteca do país relacionada à homeopatia”. Também faz parte das atividades do museu a participação em exposições periódicas, palestras e debates em escolas, estágio para estudantes universitários, além de ter se tornado um centro de pesquisa para os alunos do curso de especialização de instituições homeopáticas.
Atual vice-presidente e coordenadora do curso de pós-graduação em homeopatia, dra. Silvana Bezerra Mantovani tem orgulho de ter feito parte desta história. “Entrei no Instituto como aluna, depois passei a docente e hoje sou coordenadora. Sou apaixonada pela homeopatia, pela educação e pela oportunidade de formar profissionais com um perfil voltado à saúde”.
Como tudo começou
O Instituto Lamasson é fruto do idealismo de um médico (dr. Izao Carneiro Soares) e dois farmacêuticos (dr. Gilberto Luiz Pozetti e dra. Maria Lucia Batoni Soares) que perceberam a carência de profissionais especializados em homeopatia. A escolha do nome foi em homenagem a um homeopata francês que incentivou a pesquisa experimental homeopática na França. Segundo dr. Pozetti, após a Segunda Guerra Mundial, as farmácias homeopáticas desapareceram e consequentemente o farmacêutico . “O Instituto foi fundamental porque os farmacêuticos voltaram para as farmácias não apenas como empregados, mas a maioria como proprietários”.
Dr. Pozetti, que foi professor do curso, destaca o trabalho ao longo dos 30 anos. “O Lamasson foi uma semente que se esparramou pelo país e até fora dele, virou uma árvore e hoje colhemos os frutos”. Ele chama a atenção pela mudança que o incentivo à homeopatia provocou nas universidades, já que, na época, não havia disciplinas teóricas e práticas. “Com o tempo despertamos a necessidade de incluir a manipulação e a farmacotécnica de medicamentos homeopáticas, o que difere muito dos alopáticos”.
Profissionais de norte a sul do país que faziam o curso no Instituto tinham passagem obrigatória pela farmácia homeopática da dra. Maria Lúcia Batoni Soares. “Farmacêuticos de Belém, Salvador, Fortaleza, Manaus e diversas regiões acompanhavam na prática o que aprendiam no Instituto. Era a volta do farmacêutico homeopata para a farmácia”. Ela, que também foi professora do que na época era o primeiro curso de homeopatia para farmacêuticos conta que deu aulas para muitos professores da Usp que buscavam o Instituto para a especialização.
Trabalho em Cuba
Em 1993 após a aproximação com o governo de Cuba, o Instituto Lamasson foi convidado pelo Ministério da Saúde para promover o curso de homeopatia no país. O cenário foi tão propício, tendo em vista a formação universitária com visão generalista, que o curso foi um sucesso e hoje é ministrado por conta própria. Após o primeiro momento em Cuba, a segunda etapa foi para consolidar a área e abordar a homeopatia não como algo alternativo, mas uma especialidade médica, farmacêutica, odontológica e veterinária.
Tamanha interação resultou na escolha de Cuba para ser a sede do 55º congresso Panamericano de Homeopatia, realizado em Havana, em 1995. Em 1997, o ministro da Saúde inaugurou a primeira farmácia homeopática de Cuba, que até hoje serve para treinamento de farmacêuticos. O governo também passou a reconhecer os especialistas formados pelo Instituto.
Instituto Homeopático François Lamasson
Rua Américo Brasiliense, 1451 – Centro
CEP: 14015-050 – Ribeirão Preto/SP
Fone: (16) 3636-8889
Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP