São Paulo, 1º de março de 2011.

 

Pesquisa esclarece sobre os mitos no tratamento da febre em criançasPesquisa esclarece sobre os mitos no tratamento da febre em crianças

Quem tem filho pequeno sabe o quanto é preocupante as eventuais ocorrências de febre por algum problema de saúde. No entanto, muitas vezes, o aumento da temperatura infantil é causado por viroses que tendem a ceder naturalmente, derrotadas pelo sistema imunológico, sem o uso de medicamentos e sem prejuízos à criança.

Devido à desinformação e na tentaria de resolver o problema, os pais exageram no uso descontrolado dos antitérmicos. 

Para desvendar os mitos relativos ao tratamento dos diversos tipos de febre e alertar para o risco da automedicação, a Academia Americana de Pediatria acaba de publicar uma pesquisa, no periódico médico Pedriatrics, com informações esclarecedoras sobre o tema.

De acordo com Henry Farrar, coautor do estudo, os pais tendem a exagerar no tratamento e fazem uso da sobredose de medicação. Em sua avaliação, há muita ansiedade quando a criança está com febre.

O estudo alerta que temperaturas inferiores a 38° C não caracterizam estado febril. Somente a partir dessa marca deve-se considerar mecanismos para controle da temperatura da criança.

Entre as drogas disponíveis no mercado, a preferência recai sobre dois medicamentos: ibuprofeno e acetaminofeno (mais conhecido como paracetamol). No entanto, as evidências apontam que o uso combinado desses e outros medicamentos podem trazer riscos à saúde.

O pediatra dr. José Gabel, membro do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que só é necessário procurar ajuda médica se a febre não ceder no prazo de 48 horas, nos casos de temperaturas muito elevadas ou ainda quando a criança apresenta um problema prévio de saúde.

O papel do farmacêutico

A Organização Mundial da Saúde em seu documento sobre o papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde preconiza como uma das atribuições do farmacêutico o aconselhamento de pacientes no tratamento de problemas de saúde menores, que não requeiram consulta médica ou medicamentos sujeitos à prescrição.

O farmacêutico encontra-se numa posição estratégica na orientação sobre o uso de medicamentos sem prescrição (MIPs), dada sua acessibilidade e formação.

Com o objetivo de disponibilizar aos profissionais atuantes em farmácias e drogarias manuais de consulta de fácil acesso, o CRF-SP, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, desenvolveu os fascículos Farmácia Estabelecimento de Saúde. A publicação destaca a importância desses estabelecimentos de saúde como referência em orientação e assistência à população e não como um simples comércio.

Divididos em cinco exemplares, os fascículos oferecem informações sobre diversos assuntos da área farmacêutica.  O segundo caderno esclarece sobre a definição e legislação de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), apresentando exemplos práticos da utilização dos mesmos, além de disponibilizar nove manuais para dispensação de MIPs, desenvolvidos a partir das doenças ou sintomas mais comuns no país.

Clique aqui para ter acesso ao fascículo.

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP (Com informações do portal Veja)

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