Anvisa pretende proibir os anorexígenos no Brasil. Saiba o posicionamento do CRF-SP


Prescrição de medicamentos para emagrecer é defendida por diversas entidades médicasPrescrição de medicamentos para emagrecer é defendida por diversas entidades médicasSão Paulo, 16 de fevereiro de 2011.

O futuro do uso dos inibidores de apetite no Brasil será discutido na próxima quarta-feira (23 de fevereiro), durante audiência pública realizada pela Anvisa, em Brasília. A Agência já se manifestou favorável pela proibição no Brasil dos medicamentos à base de sibutramina e dos anorexígenos anfetamínicos (anfepramona, femproporex e mazindol). Em nota publicada em seu site, a Agência manifestou que o banimento desses emagrecedores do mercado brasileiro se justifica pela alegação de que seus benefícios não superam os riscos à saúde.

De acordo com a Anvisa, o assunto vem sendo discutido desde 2010, quando a União Europeia proibiu o uso da sibutramina, com base em estudos que apontam que o medicamento aumenta o risco de problemas cardíacos. A substância não chegou a ser banida no Brasil e nos Estados Unidos, mas um dos laboratórios que produz o medicamento decidiu retirá-lo espontaneamente do mercado dos dois países.

O posicionamento da Anvisa traz à luz um intenso debate, já que a prescrição desses medicamentos é defendida por diversas entidades médicas. Em entrevista concedida ao jornal Estado de S. Paulo (edição de 16 de fevereiro), o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, dr. Ricardo Meirelles, disse considerar “extrema” a medida da Agência, caso venha de fato a banir os inibidores de apetite.

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Posicionamento do CRF-SP

A diretoria do CRF-SP preliminarmente se manifesta contrária à proibição desses medicamentos pela Anvisa por considerá-la uma medida radical, uma vez que o uso dessas substâncias é uma alternativa para pacientes obesos que não respondem bem ao tratamento convencional (apenas com dietas e a prática de exercícios físicos). Em breve o CRF-SP emitirá um parecer técnico e jurídico a respeito do assunto.

Como entidade defensora do uso racional de medicamentos, o CRF-SP reforça a necessidade de maior engajamento de todas as partes envolvidas na fiscalização do comércio de medicamentos controlados (como é o caso dos anorexígenos) e, sobretudo, na adoção de critérios rígidos para prescrição dessas substâncias, cujo uso deve ser restrito a indivíduos submetidos à rigorosa avaliação e acompanhamento médicos, conforme diretrizes formais de tratamento estabelecidas por entidades médicas.

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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