O CRF-SP realizou, no dia 22 de maio, o seminário “Papel do Farmacêutico na Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica”. Cerca de 180 farmacêuticos e acadêmicos lotaram o auditório da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo (SP).

A presidente dra Raquel Rizzi abriu o evento e elogiou o lançamento do fascículo IV da publicação Farmácia Estabelecimento de Saúde - Manejo do Tratamento de Pacientes com Hipertensão. “A hipertensão é uma doença silenciosa e preocupante. O farmacêutico deve auxiliar na prevenção e identificação do problema para que o tratamento médico possa ser iniciado o mais rápido possível. O fascículo IV é uma publicação inédita e que visa contribuir com o aprimoramento das técnicas farmacêuticas de cuidado ao paciente”, afirmou dra. Raquel.

Durante a manhã o dr. Décio Mion, chefe da unidade de hipertensão do Hospital das Clínicas e professor livre docente da faculdade de medicina da USP, enfatizou a importância do farmacêutico na composição das equipes multidisciplinares. “O farmacêutico tem papel fundamental no acompanhamento, pois o paciente que está em fase de adequação da medicação precisa aferir a pressão ao menos três vezes por semana, para que o médico possa identificar se o medicamento está fazendo o efeito desejado. É um momento histórico, em que o farmacêutico assume definitivamente esse papel”.

Dr. Marcos Machado, vice-coordenador da Comissão Assessora de Análises Clínicas e diretor regional da seccional de Santo André, abordou o tema “Insuficiência Renal e Hipertensão”. A palestra abordou aspectos do funcionamento renal e explicou como a hipertensão influencia no seu funcionamento e acaba por comprometer as funções do órgão.

No período da tarde, o público acompanhou o palestrante dr. José Artur da Silva Emim apresentar o tema “Abordagens Terapêuticas em Hipertensão Arterial Sistêmica”. A palestra foi iniciada com dados sobre a tendência ao envelhecimento da população mundial, fator que intensifica a importância da atenção farmacêutica voltada para hipertensos, já que a doença tem forte prevalência entre idosos.

Hoje, no Brasil, são mais de 30 milhões de hipertensos, dos quais apenas 10% seguem corretamente o tratamento. Muitos sequer têm acesso a consultas médicas e medicamentos”, enfatizou o dr. José Artur. “Por isso, ao regulamentar os serviços farmacêuticos, a RDC 44/09 nos atribuir mais responsabilidades frente à saúde da população”.

Por último houve a apresentação dos “Princípios do Manejo do Paciente Hipertenso”, feita pelo Prof. Dr. Divaldo Lyra Junior, professor da Universidade Federal do Sergipe (UFS) e especialista em Assistência Farmacêutica. Ele destacou vários trabalhos de assistência farmacêutica realizados no país.

É inquestionável o avanço das ciências farmacêuticas nos últimos anos”, avaliou o especialista. Para ele, é fundamental que o profissional tenha total entrosamento com o paciente, certificando-se de que todas as orientações foram bem compreendidas. “Dizer ao paciente o que ele tem de fazer é diferente de explicar por que ele tem de ter certos cuidados com a saúde”, resumiu o Prof. Dr. Divaldo.

A diretoria do CRF-SP esteve representada por sua presidente, dra. Raquel Rizzi, seu diretor-tesoureiro, dr. Pedro Menegasso e pela secretária-geral, dra. Margarete Kishi. Estiveram presentes os conselheiros dr. Rodinei Veloso, dra. Priscila Dejuste e dra. Maria Fernanda Carvalho.

 

Luana Frasca e Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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