Dr. Marcelo Polacow Bisson, vice-presidente do CRF-SP, apresentou aos participantes da reunião, o projeto elaborado pelo Comitê de Educação Permanente com um panorama do uso destes medicamentos no Brasil e no mundo, os índices de resistência das bactérias aos antibióticos e as ações propostas para que, de forma multidisciplinar, o problema seja controlado. “Nosso projeto é educativo, de conscientização dos profissionais e da população. Hoje, por causa do uso incorreto, em dois ou três anos, um antibiótico está obsoleto no mercado”.

Algumas interações medicamentosas também foram ressaltadas pelo farmacêutico, como a combinação de antibiótico e anticoncepcional, que pode diminuir o efeito do contraceptivo. Além disso, outro dado preocupante é de 2007 do Sinitox: 30% dos casos de intoxicação são por uso incorreto de medicamentos, mais um motivo para o CRF-SP trabalhar efetivamente para combater o problema.

Dra. Raquel Rizzi, presidente do CRF-SP, e dra. Margarete A. Kishi, secretária-geral, também participaram das discussões. “A responsabilidade nasce da capacitação do profissional e é por isso que o CRF-SP constantemente realiza palestras, cursos, eventos, além de munir o farmacêutico com informações atualizadas sobre a área”, destacou dra. Raquel.  

Apoio multidisciplinar

Representante da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), Solange Nappo agradeceu pelo convite para integrar a campanha e ressaltou a preocupação em valorizar o trabalho do farmacêutico que atua em farmácias e drogarias para que o profissional se conscientize da necessidade de uma atuação com responsabilidade. “Sugiro que a campanha seja realizada de forma piloto, em uma área que possa ser monitorada, para que possamos mensurar os resultados”.

A conselheira do CRF-SP e membro do Comitê de Educação Permanente, dra. Priscila Camacho Dejuste, destaca: “Sabemos que o projeto é audacioso e vamos dar continuidade a terceira etapa que consiste em levar essa discussão para o interior do Estado e também nos aproximar das universidades”.

A importância desse processo educativo foi um dos pontos abordados por Luciano Lobo, da Pró genéricos. “Muitos medicamentos quando entram no mercado não desempenham a mesma performance dos testes. O uso inadequado está tão disseminado que está atingindo a eficiência dos medicamentos”.

Entre os participantes da reunião e apoiadores da Campanha também estavam José Correia, da Associação Brasileira das Indústrias Farmoquímicas (Abiquif); Rosana Mastelaro, do Sindusfarma (Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de São Paulo); Vagner Miguel, da Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais) e Flavio Demarco, da Abrifar (Associação Brasileira dos Distribuidores de Insumos Farmacêuticos).

Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana. Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana.