De acordo com levantamento feito pelo Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba (PR), só no ano passado, um total de 113 crianças e adolescentes foram atendidos na unidade com quadro de intoxicação por medicamentos. Boa parte havia ingerido calmantes. Houve também casos de ingestão acidental ou abusiva de paracetamol, antitérmicos, anticoncepcionais e até descongestionantes nasais.

Outro estudo feito pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fiocruz, aponta que os medicamentos lideram a lista de principais agentes de intoxicação entre crianças com menos de 5 anos, com 36,1% dos casos. Em segundo lugar estão os artigos de higiene e desinfecção, que provocaram intoxicação em 21,6% dos casos analisados.

Descuido

Na maioria das vezes, a ocorrência de intoxicação infantil por medicamentos se dá em função do descuido dos pais ou responsáveis pelas crianças, onde ainda quando as crianças encontram embalagens que ainda continham o produto no lixo, segundo informações do Hospital Pequeno Príncipe.

As intoxicações por medicamentos foram consideradas um “problema de saúde pública” pelo Centro de Assistência e Informação Toxicológica de Campina Grande (PB), que recentemente apresentou um estudo durante uma reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Na pesquisa feita pelo órgão paraibano, ao longo de três anos, a ingestão acidental de medicamentos é mais frequente entre crianças e adolescentes do sexo masculino (55,1%), na faixa etária de zero a 12 anos (65,4%).

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