Farmacêutico conta sua experiência com medicina diagnóstica veterinária
 
 
São Paulo, 15 de agosto de 2023

Em 2024, Dr. Adilson Kleber Ferreira completará 25 anos de atuação na área de medicina diagnóstica laboratorial. Neste período, o farmacêutico participou da evolução dos processos laboratoriais até migrar para análises clínicas veterinária.
 
“Quando iniciei minha carreira profissional, o processo de automação não era conhecido, mesmo algumas metodologias não eram utilizadas e pouco desenvolvidas. Tive o prazer de trabalhar com os primeiros equipamentos de química seca no Brasil”, conta o Dr. Kleber.
 
Ele destaca que a formação de um analista de laboratório deve ter como princípio o conhecimento de conceitos básicos em fisiologia e patologia, mas que é importante também habilidades em gestão de processos, organização e flexibilidade.
 
O caminho de Dr. Kleber nas análises clínicas teve uma transformação há cinco anos, quando migrou para a medicina diagnóstica veterinária. "A mudança ocorreu quando 2018, após um estudo de viabilidade de mercado e identificação da oportunidade de empreender no setor", diz.
 
Nesse sentido, a dica do Dr. Kleber para quem quer atuar com análises clínicas veterinária é a educação continuada deve ser um dos motes do profissional. “Um dos principais motivos de estar sempre atualizado é que os processos em um laboratório de análises clínicas veterinária seguem fluxos de trabalho muito mais complexo quando comparado à medicina humana”, explica.
 
Para se ter uma ideia da diferença entre os dois tipos de pacientes (humano e animal) pode-se observar que os valores de referência do hemograma para cães, por exemplo, são divididos em cinco idades, além disso, algumas raças apresentam naturalmente elevações em alguns parâmetros bioquímicos, tais como ureia, entre outras complexidades a serem levadas em conta. 
 
Outra necessidade no laboratório veterinário é o contato direto com profissionais de outras áreas da saúde e até de tecnologia, já que a abordagem integralizada dos profissionais contribuem para o melhoramento dos processos com foco na saúde do animal. 
 
Segundo ele, a necessidade de integração de profissionais de várias formações ficou em evidência no século XX. “O avanço rápido de processos tecnológicos na área da saúde foi possível pela interação de profissionais com distintas formações. A articulação multidisciplinar deve ser estimulada, e o farmacêutico analista clínico veterinário deve buscar esse avanço integrativo”, aponta o farmacêutico.
 
Dr. Kleber iniciou sua preparação para atuar na área laboratorial desde cedo. “Iniciei meus estudos em uma escola militar, onde fiquei até os 17 anos de idade. No final da formação educacional, fui encaminhado para trabalhar em uma instituição de saúde, exercendo funções administrativas”, relembra. O amor pelo curso de Farmácia começou quando trabalhou como auxiliar administrativo em um laboratório na região de Osasco.
 
O farmacêutico é fisiopatologista e farmacologista clínico com ênfase em saúde e bem-estar humano e animal e em genética humana e animal aplicada à longevidade. Possui doutorado pelo programa de Fisiopatologia Experimental da FMUSP e um outro doutorado e pós-doutorado na University Medical Center Groningen, Netherlands - Research Institute for Drug Exploration of Department of Oncology (Holanda). Também fez pós-doutorado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e foi pesquisador no mesmo instituto. 
 
É ainda acadêmico titular da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil/Academia Nacional de Farmácia; membro da Academia Europeia de Imunologia de Tumores, e recentemente foi eleito como membro titular da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society, a maior sociedade de honra à pesquisa geral do mundo, fundada em 1886, na Universidade de Cornell, Estados Unidos. Atua como Scientific Advisory Board de revistas internacionais, consultor Ad Hoc do Ministerio Da Agricultura Pecuaria e Abastecimento (MAPA), Fundação Amparo de Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
 
Na empresa Alchemypet em que é Sócio-diretor participa do desenvolvimento de testes de diagnóstico e de novas moléculas candidatas a fármacos na linha oncológica humana e veterinária.
 

Monica Neri

Departamento de Comunicação CRF-SP

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