Extensão Universitária foi o tema de debate realizado pela Comissão Assessora de Educação do CRF-SP
São Paulo, 19 de agosto de 2019.
Professores, coordenadores e alunos do curso de Farmácia estiveram reunidos no sábado, 17/08, para debater sobre o tema “Extensão universitária”, que integrou o evento Café com Educação, organizado pela Comissão Assessora de Educação Farmacêutica do CRF-SP.
A Profa. Ana Inês Sousa, professora titular do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresentou a sua experiência de mais de 20 anos na assessoria especial da pró-reitoria de extensão na UFRJ, tirou dúvidas participantes e enfatizou a importância da extensão não apenas no preparo do aluno para o mercado de trabalho, mas mostrou os impactos na diminuição da evasão na graduação. “Nenhum outro país tem ensino e pesquisa na universidade previsto na legislação. A inclusão da extensão universitária nos currículos é prevista desde do Plano Nacional de Educação de 2001, o Plano Nacional de 2014 repetiu essa meta e, em dezembro 2018, o Conselho Nacional de Educação, ao definir as diretrizes da extensão também repetiu a meta que é a inclusão da extensão nos currículos com o mínimo de 10%”.
Durante o evento, alguns professores e coordenadores de curso mostraram suas experiências com a inclusão da extensão universitária nos cursos de em diversas instituições do Estado. “A extensão é uma atividade acadêmica como é o ensino e a pesquisa, então deve fazer parte da formação do estudante, a maioria não fazia. Com essa obrigatoriedade todos os alunos vão ter de fazer a extensão, o que pode dar um retorno muito maior do que a universidade produz para a sociedade, no caso das universidades públicas, é importante que se dê esse retorno. A extensão compartilha/divulga o conhecimento que a universidade produz, através da pesquisa”, ressaltou a professora Ana Inês.
Diferencial da extensão
A professora Ana Inês destacou que o aluno que faz extensão se forma com um perfil totalmente diferente de que não faz. “É um profissional mais comprometido com a realidade em que está inserido e mesmo em termos de entrevista para emprego, se destaca em relação a outros alunos”.
O aluno de Saúde passa a ter conhecimento do que é a realidade do SUS, por exemplo, onde ele vai atuar, ele não pode ter só uma formação técnica, tem de ter também, uma formação cidadã. Na UFRJ, desde o primeiro período a extensão está inserida e com essa inserção precoce conseguimos diminuir a evasão do curso de Psicologia. O aluno se sente muito mais comprometido, vê como será a atuação dele lá fora. A universidade só tem a ganhar, os estudantes mais ainda e, consequentemente, a população porque haverá muito mais ações de extensão acontecendo em torno da universidade”, finalizou.
Saiba mais sobre a Comissão Assessora de Educação Farmacêutica do CRF-SP https://bit.ly/2Z92z9t
Thais Noronha
Departamento de Comunicação CRF-SP
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