Ciclo de palestras com especialistas reúne farmacêuticos na sede do CRF-SP
São Paulo, 11 de julho de 2019.
Os farmacêuticos que estiveram na sede do CRF-SP na noite de quarta-feira, 10/07, participaram da palestra "O Farmacêutico e a Prática esportiva - Suplementação Alimentar", ministrada pelo farmacêutico Dr. Dr. José Henrique Bomfim, doutor em Farmacologia Clínica e mestre em Toxicologia.
O tema faz parte do ciclo de palestras com especialistas, que acontece na sede do CRF-SP e é organizado pelas Comissões Assessoras. Desta vez, a organização foi da Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos que trouxe o Dr. José Henrique para mostrar aos participantes as diferenças, benefícios e riscos dos diversos tipos de suplementos disponíveis no mercado. Mercado aliás, que segundo ele, está amplamente aberto ao farmacêutico. “A área é extremamente nova, poucos farmacêuticos lidam com isso e os que estão atuam são na área magistral porque já trabalham com suplementação personalizada, alguns já atendem atletas e a parte de estética”.
Dr. José Henrique destacou que é fundamental que o farmacêutico entre no mundo do atleta, já que há linguagem e jargões específicos. Para que seja feito um bom trabalho de seguimento farmacoterapêutico, é fundamental que o profissional tenha bom conhecimento em fitoterápicos, além da parte farmacologógica e vá além dos medicamentos que os atletas usam.
Com a publicação da resolução 661/18, que trata sobre cuidado farmacêutico nos suplementos alimentares, as oportunidades se abriram ainda mais. Dr. José Henrique destacou que atualmente existem mais de 600 marcas de suplementos no mercado e não para de abrir lojas nesse segmento, no entanto, o que falta é profissional e orientação adequada. A oferta desses produtos em farmácias e drogarias também se mostra cada dia maior, e torna o Brasil o segundo maior mercado consumidor de suplementos do mundo.
“O suplemento é um complemento à dieta, antes de tudo é preciso perguntar, eu preciso usar? São produtos auxiliares que devem ter o uso ser acompanhado por um profissional, readequar a questão nutricional e aliar com atividade física, essa pode ser um caminho para o famoso ‘seca barriga, que muitos buscam’”.
O farmacêutico também ressaltou que há uma proposta no Conselho Federal de Farmácia para a criação da área de Farmácia esportiva, um mercado totalmente aberto a ser explorado. “Se o farmacêutico trabalhar com doping ou com segmento, tem de estudar muito, saber do que está tratando. Foi difícil para mim, são anos que estou nessa área para aprender a lidar com atleta, atleta não é um paciente, mas usa medicamento. É uma área completa em que pode unir consultório, atendimento e o trabalho com uma equipe multidisciplinar”.
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Thais Noronha
Departamento de Comunicação CRF-SP