Doença atinge cerca de 6,5 milhões de mulheres no Brasil

 

São Paulo, 21 de março de 2019

Em todo o mundo, março também é considerado o mês para Conscientização sobre a Endometriose – o mês também traz atenção à tuberculose. A campanha ganha a cor amarela como identificação e alerta para uma doença que é mais comum do que parece, atingindo cerca de 176 milhões de mulheres no mundo e 6,5 milhões no Brasil. A Endometriose é uma inflamação aguda no sistema reprodutor feminino. O endométrio, tecido que reveste o útero para receber o embrião. Quando a fecundação não acontece, placas de tecido endometrial são eliminadas na menstruação. Caso isso não ocorra, essas placas podem se instalar fora do útero e migrarem através da corrente sanguínea para outros órgãos, como ovários, intestino, vagina e bexiga, dando origem a endometriose.

No Rio de Janeiro, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) conta com um ambulatório destinado a doença, coordenado pelo Dr. Marco Aurélio Pinho de Oliveira. Em entrevista à Agência Brasil, ele explica que a doença, embora seja comum, é pouco conhecida e costuma demorar a ser diagnosticada.

Sintomas

A doença se manifesta através de dores como, cólicas fortes e progressivas, durante a relação sexual, desconforto ao evacuar e urinar e até mesmo dores na região lombar e pernas, muitas vezes confundidas com outras doenças. Em alguns casos, a doença não causa dores e nem incômodo, mas fazem com que a mulher tenha dificuldades para engravidar e até mesmo, se torne infértil.

“A mulher, às vezes, vai ao ortopedista achando que tem algum problema na coluna. Ou vai ao gastroenterologista achando que tem síndrome do cólon irritável. Mas é a endometriose”, ressalta o Dr. Marco Aurélio para a Agência Brasil.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado através da detecção dos sintomas e a realização de exames específicos, como exame de toque, ressonância magnética e/ou laparoscopia, dependendo do caso.

Tratamento

O tratamento pode ser administrado com controle hormonal através de pílulas anticoncepcionais, que age no foco da dor, mas não elimina a doença, ou em casos mais avançados, com cirurgia para eliminação dos focos da doença.

 

Alícia Alves (com supervisão de Renata Gonçalez)

Departamento de Comunicação CRF-SP (Entrevista: Agência Brasil)

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