Estudo europeu indica que uso da substância pode aumentar risco de câncer de pele


Hidroclorotiazida pode aumentar risco de câncerHidroclorotiazida pode aumentar risco de câncerSão Paulo, 18 de dezembro de 2018.

Uma recente nota publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou profissionais da saúde sobre a possibilidade de aumento de risco de pacientes que utilizam o medicamento hidroclorotiazida desenvolverem câncer de pele. O comunicado é baseado em outra nota informativa da agência reguladora europeia (European Medicines Agency - EMA), em estudos epidemiológicos e em dados de farmacovigilância europeus e brasileiros, que apontaram que pacientes em uso contínuo e prolongado de hidroclorotiazida poderiam ter risco aumentado de câncer cutâneo não-melanocítico.

Além disso, outras autoridades reguladoras, tais como a agência do Reino Unido (The MedicinesHealthcare products Regulatory Agency - MHRA) e a agência espanhola (Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios - AEMSP) já haviam se manifestado sobre o tema com publicação de alertas sanitários e inclusão de notas sobre segurança nas bulas dos medicamentos contendo este fármaco.

A recomendação para o farmacêutico é a de que oriente o paciente a não interromper o tratamento e revisitar o médico para avaliação, especialmente na ocorrência de qualquer lesão de pele ou mancha, informado o uso do produto. Além disso, deve informar sobre as precauções a serem observadas tais como limitar a exposição excessiva ao sol e/ou aos raios ultravioleta e a usar fotoproteção adequada.

A Anvisa já emitiu um Alerta Sanitário com vistas a informar aos profissionais da saúde e aos pacientes sobre o aumento do risco de câncer, e solicitou aos fabricantes da inclusão imediata de informações adicionais sobre segurança nas bulas de todos os medicamentos que contêm hidroclorotiazida, tanto os de marca quanto os genéricos e similares.

A hidroclorotiazida é um diurético indicado para o tratamento de hipertensão arterial sistêmica, edema associado à insuficiência cardíaca, renal ou hepática, entre outras doenças. Esse medicamento faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), consta do esquema de tratamento da hipertensão arterial recomendado pelo Ministério da Saúde (Caderno de Atenção Básica nº 37) e é disponibilizado gratuitamente para pacientes atendidos pelo SUS. No Brasil, é encontrado sob inúmeros nomes comerciais, além do nome genérico, e é utilizado amplamente pela população brasileira.

Clique aqui e leia nota da Gerência de Farmacovigilância (Anvisa)

Clique aqui e veja o estudo efetuado pela agência europeia (EMA), páginas 19 e 20


Departamento de Comunicação CRF-SP

 

 

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