Logística Reversa, Resíduos e Gestão Ambiental

 

 

O acúmulo de resíduos industriais e residenciais chama a atenção da sociedade, de governos, das agências reguladoras e da mídia, devido ao grande volume gerado e crescente, e aos impactos danosos causados ao meio ambiente e saúde da população.

O gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde deve ser uma preocupação constante do profissional da saúde. A falta de informação adequada tem como resultado a forma incorreta de gerenciar os resíduos, ocasionando problemas de ordem ambiental e de saúde pública.

O Grupo Técnico de Trabalho de Logística Reversa, Resíduos e Gestão Ambiental foi criado em maio de 2004, ainda como Comissão Assessora de Resíduos e Gestão Ambiental, com o objetivo de discutir assuntos relacionados à área de atuação e garantir o âmbito do farmacêutico.

No início, as atividades eram realizadas por um Grupo de Trabalho da Comissão Assessora de Indústria, tendo em vista a adesão de profissionais aos seus trabalhos, a necessidade de, efetivamente, apontar soluções e debater com a categoria e com a sociedade a questão de resíduos e gestão ambiental, proteção a se o papel do farmacêutico frente a este novo desafio.

O objetivo do grupo é discutir e propor ações focadas em:

- gestão de Resíduos de Saúde com o propósito de proteger a saúde da população;

- preservação do meio ambiente e diminuição de desperdícios;

- apresentação de propostas de medidas de não geração de RSS ( Resíduos de Serviços de Saúde);

- atuação do farmacêutico nesta área;

- capacitação de profissionais para compreensão, implantação de gestão ambiental adequada diminuindo os custos para a sociedade, e de planos de gerenciamento de resíduos, observando-se a legislação vigente;

- análise de novas normas regulatórias, emissão de parecer e proposta de soluções;

- participação na elaboração de normas para o setor;

- conscientização do farmacêutico e da sociedade sobre a importância dos resíduos;

- capacitação da sociedade quanto ao descarte adequado dos resíduos, minimização dos problemas, destinação adequada e gerenciamento;

- quebra de paradigmas, tendo em vista que a consciência de cada um é o que determina a gestão de resíduos e sua valorização, bem como o desenvolvimento de normas, critérios e procedimentos para o alcance de objetivos e metas relacionadas ao meio ambiente.

 

Os interessadas em participar devem entrar em contato com o Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Conheça o Regulamento dos Grupos Técnicos de Trabalho e o que é necessário para atuar como membro: http://www.crfsp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&layout=edit&id=12096

 “O meio ambiente exerce várias interações sobre o homem e, por conseguinte, sobre sua saúde. O desenvolvimento industrial, apesar de proporcionar avanços que possibilitam meios para zelar pela saúde, também ocasiona inúmeras alterações ambientais, tais como degradação da água, do ar e do solo, que refletem negativamente sobre a saúde da população”.

Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), que incluem todos os resíduos sólidos gerados em estabelecimentos prestadores de serviços de saúde (ES), são particularmente importantes pelo risco potencial que apresentam (fonte e proliferação de microorganismos patogênicos, contaminação química por medicamentos, entre outros), onde a poluição e contaminação ambiental podem ocorrer por meio da água superficial ou subterrânea, ar e solo.

A heterogeneidade que caracteriza sua composição, como a presença frequente de materiais perfurantes e cortantes, existência de substâncias químicas tóxicas e/ou inflamáveis e radioativas, contribui para o incremento dos riscos e problemas que podem acarretar, tanto intra como extra-estabelecimento de saúde.

Além dos aspectos sociais e de saúde pública, incluindo-se os riscos à saúde do trabalhador, devido ao manuseio dos resíduos sem critérios técnicos, os RSS podem acarretar danos ao ambiente decorrentes de disposição inadequada.

Em um país como o Brasil, em que a maioria das cidades dispõem seus resíduos sólidos em lixões, em vez de utilizar aterros sanitários, incineração e coprocessamento, trazendo diversos problemas/riscos ao meio ambiente e à saúde, é fundamental que o farmacêutico assuma novas atitudes, visando gerenciar de modo mais adequado a grande quantidade e diversidade de resíduos que são produzidos diariamente. Com isso, os resíduos farmacêuticos gerados pelo consumo, pela medicina humana e veterinária, e pelos medicamentos que não são consumidos, se eliminados incorretamente, promovem poluição no meio ambiente, seja pelo lançamento nos esgotos ou pelo descarte no lixo comum.

A discussão sobre saúde e qualidade de vida está presente em todos os aspectos de nossas vidas, seja como profissionais de saúde, como pessoas ou cidadãos. Se como preconiza a OMS, "saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença, o farmacêutico não pode deixar de se preocupar com a influência do meio ambiente na saúde humana". Neste sentido o farmacêutico, profissional que tem como princípio fundamental de sua profissão a saúde humana, está comprometido para com o meio ambiente, quer seja pela responsabilidade de zelar pela saúde, quer pelo dever de cumprir a legislação e a ética.

Clique aqui e confira a agenda de reuniões.

 

 

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