Grupo Técnico de Trabalho de Farmácia Veterinária

Desde a publicação do Decreto 5053/2004, que aprovou a regulamentação de fiscalização de produtos de uso veterinário e dos estabelecimentos que os fabricam ou comercializam, a Farmácia Veterinária passou a ser um setor atrativo e em franco crescimento que recebeu normativas específicas.

Para se ter uma ideia do potencial que o segmento veterinário representa, em 2020 o mercado pet obteve crescimento estimado de 13,5% em relação a 2019, com faturamento acima dos R$ 40 bilhões, de acordo com o Instituto Pet Brasil. Esse crescimento tende a se refletir na área farmacêutica, afinal, o Brasil é detentor de uma população cada vez maior de animais de estimação, cuja longevidade aumentou nos últimos anos, como consequência de maiores cuidados, alimentação, entre outros fatores.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que os brasileiros possuem mais de 132 milhões de pets, entre cães (52 milhões), aves (38 milhões), felinos (22 milhões), peixes (18 milhões), entre outros.

Ao farmacêutico é permitido atuar nos seguintes segmentos veterinários:

  • Indústria farmacêutica, cosmética e alimentícia;
  • Farmácia hospitalar veterinária;
  • Distribuidora de produtos e medicamentos veterinários;
  • Manipulação e dispensação de medicamentos veterinários alopáticos e homeopáticos, nutracêuticos e fitoterápicos bem como orientação aos tutores;
  • Manipulação de medicamentos oncológicos para uso animal;
  • Execução de exames nas análises clínicas para a área veterinária, sob responsabilidade do médico veterinário

Com muitos desafios pela frente a fim de acompanhar a ampliação desse mercado, o CRF-SP criou em 2021 o Grupo Técnico de Trabalho (GTT) de Farmácia Veterinária, sob coordenação do Dr. Anderson Carniel, profissional com sólida experiência voltada para a indústria farmacêutica, cosmética e acadêmica, além de veterinária.

É importante ressaltar que a área magistral veterinária é um ramo diferente da magistral humana. Os medicamentos e as substâncias têm peculiaridades de acordo com especificidades de espécies e raças de cada um desses animais. Além disso, a legislação veterinária tem circunstâncias específicas e várias diferenças relacionadas a estabelecimentos de saúde que atendem esta área. Os animais têm necessidades específicas e determinados medicamentos humanos podem não ser os mais adequados aos seus organismos, seja pela dosagem, palatabilidade ou devido aos excipientes que não são exatamente os mesmos dos humanos. Alguns tipos de conservantes, flavorizantes e antioxidantes inclusive, podem intoxicar rins e fígado de várias espécies de animais, então há a necessidade de doses ajustadas e também formas farmacêuticas para facilitar a administração como biscoitos veterinários, pastas orais, géis transdérmicos, além de medicamentos específicos para aves e animais silvestres em geral.

De modo geral, a farmácia veterinária é um setor que demanda muito aprimoramento técnico do farmacêutico. A demanda é de farmacêuticos com postura diligente em relação à pesquisa científica para melhor atender e entender as necessidades desses pacientes. A farmácia magistral deve formar uma tríade entre farmácia, veterinário e o tutor juntamente com o paciente pois, uma vez que este não externa sintomatologia, isso depende bastante de uma boa avaliação médico-veterinária e de uma boa relação com o tutor que esteja observando o dia a dia desses animais.

Clique aqui e confira a agenda de reuniões.

Os Grupos Técnicos de Trabalho Regionais são espaços reservados aos farmacêuticos para expor e debater temas de interesse comum e propor ações ao CRF-SP nas diversas áreas de atuação profissional, de acordo com as demandas de sua região.

Clique e conheça o Grupo Técnico de Trabalho Regional de Farmácia Veterinária da Seccional de Campinas.

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