Aumenta número de casos de Dengue, Zika e Chikungunya no país e farmacêuticos podem contribuir para atender demanda de saúde
Aumenta número de casos de Dengue no país e farmacêuticos podem contribuir para atender demanda de saúdeSão Paulo, 3 de fevereiro de 2022
Devido à pandemia de covid-19, a população brasileira tem uma falsa sensação de que as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti não estão ocorrendo. Mas os boletins epidemiológicos dos Estados mostram que os casos continuam acontecendo, estão aumentando e, portanto, é preciso manter as medidas preventivas.
Nesta época do ano, a combinação de chuva e calor promove o cenário perfeito para a proliferação do mosquito transmissor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya. Diante deste cenário, os especialistas preveem que 2022, já marcado pelos recordes do coronavírus por causa da variante Ômicron, será um ano de maior incidência de dengue no país.
Em ao menos cinco Estados, os casos de dengue têm aumentado no rastro do recente avanço da covid-19. Em Minas Gerais, as infecções por dengue cresceram 94% em uma semana. Alagoas, Rio Grande do Sul e Tocantins também relatam alta. No Estado de São Paulo, embora o pico da dengue seja normalmente em abril, foram registrados 2.028 casos e um óbito em janeiro, além de cinco casos de chikungunya.
No interior, as prefeituras de Araçatuba, Andradina e Birigui manifestaram preocupação com o possível impacto da dengue nos hospitais e postos de saúde, já lotados de pacientes de covid e da gripe.
Dos 11 municípios da região de Andradina, dez estão com índice de infestação do Aedes entre os mais elevados do País. Com cerca de 200 mil habitantes, a região registrou mais de 6,6 mil casos em 2021. A taxa de incidência está seis vezes acima da média estadual.
Outras cidades com rede hospitalar pressionada pelo coronavírus, São José do Rio Preto, Tatuí e Campinas reforçaram ações contra a dengue. Rio Preto viu cresceu em 187% os casos de dengue de 2020 para 2021 (de 7.252 para 20.803), a maior incidência no interior. Em dezembro, agentes da saúde encontraram larvas do mosquito em 5% dos imóveis visitados na cidade. Em Tatuí, 20.521 tiveram dengue em 2021, um salto em relação ao ano anterior (342).
Segundo Cláudia Codeço, pesquisadora da Fiocruz, a covid-19 afetou a prevenção e o controle da Dengue nos dois últimos anos, pois exigiu que toda a estrutura de saúde fosse direcionada para fazer frente à crise sanitária. "Houve grande impacto e, agora, é necessário recuperar as estruturas e os recursos que estavam alocados para o monitoramento e controle das arboviroses, e que foram redirecionados para a pandemia”, disse.
Ações para farmacêuticos
Para se preparar para atender a essa demanda, o CRF-SP disponibiliza aos farmacêuticos do Estado de São Paulo a campanha de saúde “Farmacêuticos contra a Dengue, Zika ou Chikungunya”, por meio da Academia Virtual de Farmácia, que pode ser acessada pelo portal www.crfsp.org.br. (Confira o tutorial para acessar).
A campanha contém 10 módulos com informações variadas sobre as doenças, além de uma série de materiais de apoio para orientar o paciente como:
Manejo do paciente - Dengue, Zika ou Chikungunya
Manual de Orientação ao Farmacêutico Dengue, Zika e Chikungunya - 2ª Edição
Ficha de atendimento farmacêutico
Orientações para utilizar o manejo do paciente e da ficha de atendimento e do glossário
Folder da campanha do CRF-SP
Clique para acessar a Academia Virtual de Farmácia
Departamento de Comunicação CRF-SP
(Com informações do jornal O Estado de São Paulo)
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