Brasil poderia ser a melhor fonte de dados no mundo para salvar vidas e evitar doenças
São Paulo, 10 de outubro de 2019.
Segundo o escocês Dr. Thomas MacDonald, professor de farmacologia clínica e farmacoepidemiologia e diretor da Unidade de Monitoramento de Medicamentos (MEMO) e do Centro de Pesquisa de Hipertensão (HRC) da Faculdade de Medicina da Universidade de Dundee, Escócia, Reino Unido, há grandes dificuldades no mundo para a obtenção de dados sobre segurança e eficácia dos medicamentos. Para o especialista, o Brasil, como país de dimensões continentais, pode ajudar a detectar possíveis eventos adversos graves raros e produzir uma boa ciência regulatória em benefício da saúde pública.
“Informação salva vidas e melhora o sistema público de saúde. Assim como a gente precisa de água e comida, também precisamos de medicamentos seguros. Mas para ter medicamentos seguros precisamos saber quem tomou esses medicamentos e o que aconteceu a eles, numa larga escala. Esses detalhes precisam ser usados para informar a regulação desses medicamentos. O Brasil tem a seu dispor 211 milhões de pessoas que podem fornecer informações e essa poderia ser a melhor fonte de dados no mundo para salvar vidas e evitar doenças”, afirmou MacDonald em sua participação do primeiro dia de Congresso durante o painel “Uso de dados de farmacoepidemiologia para tomada de decisão - Experiência internacional”.
O escocês ainda participará da oficina “Como aproveitar ao máximo os dados secundários disponíveis para pesquisa em farmacoepidemiologia no Brasil - Métodos para avaliar a validade e confiabilidade de dados secundários em Farmacoepidemiologia”, amanhã (11).
O Congresso Farmacêutico de São Paulo promove tradicionalmente no mesmo evento o Seminário Internacional de Ciências Farmacêuticas. Em 2019, a 12ª edição conta com ministrantes dos Estados Unidos, Bélgica, Escócia, Romênia, Índia, Portugal, Argentina e Colômbia.
Carlos Nascimento
Departamento de Comunicação CRF-SP
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