Última atividade de 2018 aborda Cuidado Farmacêutico em pacientes em uso de antirretrovirais
São Paulo, 20 de dezembro de 2018.
A última atividade do CRF-SP voltada para a capacitação profissional em 2018 ocorreu na última quarta-feira (19), na capital, com a realização do Ciclo de Palestras – Farmacêutico Clínico Especialista, cujo tema foi Cuidado Farmacêutico em pacientes em uso de antirretrovirais. O evento é uma iniciativa da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP.
O assunto foi ministrado pelo Dr. Sandro Jorge Januário, docente de diversas instituições de ensino superior e doutorando em Infectologia em Saúde Pública pelo Instituto Adolfo Lutz/Coordenadoria de Controle de Doenças.
O especialista deu início à apresentação com um panorama da Aids, que atualmente afeta cerca de 36,7 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 25,6 milhões vivem no continente africano. No Brasil, a estimativa é de que no período entre 1980 e 2016 foram registrados 842.710 casos de infecção por HIV, sendo 52,1% na Região Sudeste.
Ao longo da palestra foram abordadas informações referentes à morfologia do HIV-1 e seus receptores no sistema imunológico, replicação viral, histórico da terapia antirretroviral, diagnóstico laboratorial e os casos em que são necessários testes de genotipagem diante da possibilidade de mutação genética, além da farmacoterapia administrada, esta última um trabalho que necessita fortemente da contribuição do farmacêutico.
“Há grande demanda pelo farmacêutico no sentido de monitorar as reações adversas aos medicamentos e as interações medicamentosas, que neste caso em específico são muitas, bem como promover a correta adesão ao tratamento. São muitos os motivos que reforçam a grande contribuição do farmacêutico que atua em terapia antirretroviral para promover uma farmacoterapia racional, efetiva e segura”, afirmou o farmacêutico, que também é membro da Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas do CRF-SP.
“Sabemos que é uma doença sem cura, mas que tem controle, e que demanda grande ação educativa com o objetivo de promover seu controle preventivo, sendo este muito viável e menos oneroso aos cofres públicos do que a terapia contínua do paciente infectado”, concluiu o Dr. Sandro.
Renata Gonçalez
Departamento de Comunicação CRF-SP