Em Ribeirão Preto, profissionais discutem homeopatia como estabelecimento de saúde
Ribeirão Preto, 11 de abril de 2016.
O seminário: A Farmácia Homeopática como Estabelecimento de Saúde reuniu profissionais do segmento de todo Estado de São Paulo no sábado (09/04), na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), para discutir e construir novos caminhos para a homeopatia a partir da Lei 13.021/14, que estabelece a farmácia como estabelecimento de saúde.
O evento, organizado pela Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SP, levou pela primeira vez ao interior o debate sobre os conceitos de acolhimento, plano estratégico de atendimento ao paciente, novas perspectivas para que o farmacêutico desenvolva os serviços farmacêuticos, prestação de assistência farmacêutica consistente, ética, profissional e ampliação de acesso da homeopatia aos pacientes.
Em sua apresentação, a dra. Virgínia Cegalla, vice-coordenadora da comissão de homeopatia, interpretou a Lei 13.021/14 na visão da área. Para ela, os profissionais devem estar capacitados para estabelecerem padrões de atendimento homeopático, com definição de protocolos de prescrição homeopática para o atendimento de distúrbios menores e “para atender a demanda de uma população que cada vez mais procura alternativas de tratamentos”.
A palestra sobre serviços farmacêuticos na farmácia homeopática foi apresentada pela dra. Márcia Borges, coordenadora da comissão assessora. Segundo a especialista, os serviços farmacêuticos precisam se aproximar do universo da farmácia homeopática, citando como exemplo a dispensação, educação em saúde, rastreamento em saúde, acompanhamento farmacoterapeutico, conciliação, prescrição farmacêutica dentre outros. “Nossa força não está na venda do medicamento, mas na contribuição que a gente pode oferecer para a saúde do paciente”.
Dra. Rosa Malena Doretto falou sobre a prescrição farmacêutica e a importância da consulta, com local apropriado para que este importante serviço seja realizado de maneira adequada. “Muitas farmácias já estão implantando o consultório num local separado, fora do balcão, em que o paciente se sente à vontade para conversar”.
O painel “Experiências de sucesso da farmácia homeopática como estabelecimento de saúde”, apresentou o depoimento de três farmacêuticas com práticas bem sucedidas, como os casos da dra. Priscila Iracema Correa, dra. Yone Vuolo Pinheiro e dra. Mafalda Biagini, que relataram suas trajetórias e suas experiências com os serviços farmacêuticos e sua contribuição no tratamento oferecido para as comunidades onde atuam.
Para encerrar o encontro, uma mesa de debates abriu espaço para a interação do público com os palestrantes. A mediação foi feita pela dra. Márcia Gutierrez, representando a Associação Brasileira de Farmácia Homeopatica (ABFH).
Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP